Chega pra lá

Os agricultores que espalham agrotóxicos livremente pelas lavouras que cercam o Parque Nacional das Emas, em Goiás, vão ter que guardar os produtos em casa. É que a Justiça Federal acaba de soltar uma liminar suspendendo o uso das substâncias num raio de dois quilômetros ao redor da unidade. Um estudo feito pela Universidade de São Paulo (USP) já indicara que a população de pelo menos uma ave local em risco de extinção acumulava altas quantidades de agrotóxico no organismo. Segundo a Folha Online, o juiz argumentou que há descaso na aplicação dos produtos pela região. Os agricultores já começaram a chiar, mas por enquanto a decisão está mantida.

Por Gustavo Faleiros
22 de julho de 2008

Nas árvores

Há cerca de 18 meses, jovens californianos travam uma luta acirrada com a Universidade de Berkeley e com a polícia local. Revezando-se no alto de carvalhos centenários existentes no campus, os jovens protestam contra a construção de um complexo esportivo no local, o que levaria à derrubada de 36 árvores. Chamado “Save the Memorial Oak Grove”, o movimento já promoveu diversas manifestações. Em algumas, o modo de chamar a atenção foi tirando as roupas, em outras, iniciando greves de fome. O grupo, que é apoiado por entidades ambientalistas, já entrou em confronto várias vezes com a polícia. é possível conferir a foto de um manifestante sobre a árvore, mas o movimento possui um site próprio e vários vídeos no Youtube.

Por Gustavo Faleiros
22 de julho de 2008

Mania de garrafa

Com a revista New Yorker e o jornal The New York Times no currículo, a jornalista americana Elizabeth Royte passou os últimos tempos se perguntando por que diabos o mundo bebe água engarrafada. Chegou à resposta escrevendo o livro Bottlemania, que critica e questiona o mundaréu de garrafinhas pet espalhadas pelo planeta. Numa entrevista para a Grist, Elizabeth diz que a água da torneira lhe faz muito bem, obrigada. E que o impulso das pessoas por H2O lacrado veio com uma publicidade que põe a água da pia e dos vasos sanitários no mesmo saco. Ela admite que os governos não têm dado conta de purificar os recursos hídricos degradados pela mão do homem, mas afirma que cabe aos cidadãos fazerem a cobrança. Quem sabe assim, enfiar a boca na torneira volte a ser normal algum dia.

Por Gustavo Faleiros
22 de julho de 2008

Vaivém dos lobos

Desde o último mês de março, os lobos que circulam pelos estados norte-americanos de Idaho, Montana e Wyoming voltaram a ter armas apontadas para seus focinhos. Foi nesta época que o governo dos Estados Unidos resolveu tirá-los da lista de espécies ameaçadas. De lá para cá, mais de cem animais morreram. Ambientalistas fizeram barulho, entraram na Justiça para que os bichos tivessem a proteção de volta e finalmente conseguiram aceno positivo. Conforme noticiou o Tree Hugger, um juiz federal acaba de incluir mais uma vez os lobos na lista vermelha, o que em tese impede os caçadores de caírem em cima dos dois mil indivíduos que ainda restam pelo país.

Por Gustavo Faleiros
22 de julho de 2008

Capacidade de adaptação

O Brasil é 42º país menos vulnerável ao impacto das mudanças climáticas. Esse é um dos resultados de uma pesquisa feita pela consultoria de riscos britânica Maplecrof, que analisou a capacidade de 168 países de suportar e se adaptar aos efeitos das alterações no clima. O país mais preparado para lidar com o problema, de acordo com o “Climate Change Vulnerability Index” (CCVI), é o Canadá, seguido pela Irlanda, Noruega, Dinamarca e Suécia. O levantamento, segundo notícia da BBC, se concentrou na capacidade dos países de mitigar os riscos dos possíveis fenômenos naturais, analisando fatores divididos em seis grupos, entre eles economia, recursos naturais e ecossistemas, pobreza, agricultura e instituições e governos. Pelo ranking, o país mais vulnerável é o Comores, precedido pela Somália, Burundi, Iêmen e Níger.

Por Gustavo Faleiros
22 de julho de 2008

Corte

A edição recente da revista PNAS - Proceedings of the National Academy of Sciences traz a estimativa que cortar 10% do desflorestamento tropical até 2030 custaria de US$ 400 milhões e US$ 1,7 bilhão anuais, reduzindo as emissões de CO2 (um gás do aquecimento global) entre 300 e 600 milhões de toneladas por ano. A derrubada de matas nos trópicos é a segunda maior fonte emissora de poluentes que ampliam o efeito estufa.

Por Gustavo Faleiros
22 de julho de 2008

Os notáveis

A escolha dos cinco nomes foi feita a pedido do ministro Carlos Minc a um comitê formado pelos ambientalistas Fabio Feldmann, Cláudio Pádua e Paulo Nogueira Neto, além da ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e seu secretário-executivo, João Paulo Capobianco. Eles receberam cerca de 80 candidaturas com propostas de administração do Instituto Chico Mendes. Minc decidiu formar o comitê após ter recebido diversas negativas de conservacionistas convidados a assumirem a presidência do órgão.

Por Gustavo Faleiros
21 de julho de 2008

O Quinteto

O Eco conseguiu em primeira-mão os cinco nomes de onde sairá o presidente do Instituto Chico Mendes - ICMBio. São eles: Ricardo Soavinski (diretor substituto de Unidades de Conservação de Proteção Integral, do próprio ICMBio); Rômulo Mello (diretor de Conservação da Biodiversidade, também do ICMBio); Bráulio Dias (diretor do Departamento de Conservação da Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente); Denise Marçal Rambaldi (secretária-geral da Associação Mico-Leão-Dourado); e Miriam Prochnow (ex-coordenadora da Rede de ONGs da Mata Atlântica). Quem sabe em breve o ICMBio terá um presidente para chamar de seu.

Por Gustavo Faleiros
21 de julho de 2008

Falhou de novo

Minc e seus bois piratas estão passando por maus bocados. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) acaba de divulgar que o segundo leilão, realizado nesta segunda com rebanhos apreendidos pelo Ibama em áreas protegidas, também fracassou. A estatal havia reduzido o preço e o total de cabeças à venda, mas mesmo assim não houve interessados.

Por Redação ((o))eco
21 de julho de 2008

Amanhã tem

E esta terça, dia 22 de julho, promete ser das mais ativas. Lula e Minc se encontram na Floresta Nacional de Brasília, às 15hs, para assinarem decretos de regulamentação da Lei de Crimes Ambientais, aumentando inclusive os meios para sanções penais aos condenados. Também na ocasião será criado o Corpo de Guarda-Parques e a Guarda Nacional Ambiental. É a agenda do comando e controle a todo vapor. “Tremei poluidores, tremei”, já dizia Minc em sua posse.

Por Redação ((o))eco
21 de julho de 2008

Terça insana

Não se sabe se é decisão deliberada do Ministério do Meio Ambiente, mas a terças-feira tornou-se o dia da coletiva, do lançamento, da declaração bombástica, enfim o dia do ministro Carlos Minc. Nas últimas cinco semanas, para quem estava acostumado com o jeito pacato de Marina Silva, foi um corre-corre para acompanhar as aparições e inaugurações na área ambiental.

Por Redação ((o))eco
21 de julho de 2008