Crônica anunciada

Durante as últimas audiências públicas que trataram do licenciamento prévio da nova usina, membros da Ong já argumentavam contra a proposta do governo. Um dos pontos mais levantados foi a falta de destinação adequada para o lixo radiotivo, que agora entrou como condicionante para o andamento do projeto. Mas, quem esteve presente aos encontros entre governo e sociedade civil, garante: eles não passaram de meras formalidades. O interesse estatal em liberar a planta já era bem claro àquela altura.

Por Redação ((o))eco
24 de julho de 2008

Protesto

Depois de questionarem em Brasília a licença prévia concedida pelo Ibama à usina nuclear de Angra III, ativistas do Greenpeace desembarcaram nesta quinta-feira no Rio de Janeiro. A partir das 15 horas, eles se juntam a curiosos e ambientalistas em frente ao Palácio Tiradentes, no Centro da Cidade, para mais um protesto.

Por Redação ((o))eco
24 de julho de 2008

Ecodebate

Foi dia 6 que o físico e professor da Universidade Estadual de Campinas Rogério Cezar de Cerqueira Leite publicou artigo na Folha de S. Paulo, da qual é membro do Conselho Editorial, atacando duramente argumentos ambientalistas contra as lavouras para etanol. O texto foi repetido ad nauseam em veículos ligados à agropecuária. Mas uma resposta à altura foi publicada esta semana no esquerdista Correio da Cidadania. O autor do petardo é Rogério Grassetto Teixeira da Cunha, biólogo e doutor em Comportamento Animal pela Universidade de Saint Andrews (Escócia).

Por Redação ((o))eco
24 de julho de 2008

Ibama ideológico

O secretário de Meio Ambiente Carlos Brenner de Moraes respondeu ontem, em entrevista à Rádio Gaúcha, à manifestação do GT Pampa/IBAMA sobre a versão final do zoneamento das lavouras de eucaliptos. Moraes comentou que o “Ibama é refratário ao programa de silvicultura do Rio Grande do Sul”, que as propostas de técnicos ambientais engessariam a atividade e alfinetou o grupo questionando se a manifestação não teria interesses ideológicos.

Por Redação ((o))eco
24 de julho de 2008

À luz

A procuradora da República em Rio Grande (RS), Anelise Becker, enviou ofícios ao Ministério do Meio Ambiente, Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca – Seap, à Casa Civil e à 4ª Câmara do Ministério Público Federal (DF) que jogam pedras nas intenções da Seap de abocanhar a gestão nacional da pesca. Entre vários pontos, a procuradora avisa que “a sustentabilidade da pescaria depende especialmente do esforço de pesca, ou seja, do contingente de pescadores e embarcações, bem como de seu tamanho e modalidade”.

Por Redação ((o))eco
24 de julho de 2008

Efeito disseminado

Todo mundo já está careca de saber o que a poluição do ar provoca na saúde das pessoas. Para os que vivem perto dos corredores de trânsito, os efeitos são ainda piores, como o risco duplicado de ter câncer de pulmão e crianças com o pulmão menor do que a média. O problema é que, com o aumento da frota de veículos e do tempo que perdemos dentro de congestionamentos, verificou-se que esses efeitos antes restritos às populações do entorno de grandes avenidas está se espalhando para o resto da população. Para o professor Profº Paulo Saldiva, do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da Faculdade de Medicina da USP, algumas medidas simples podem ajudar a previnir tais efeitos, como a ingestão de vitamina E, C e Beta Caroteno. Além da mudança de comportamento, como diminuição do uso de carro, é claro. Para a TV Estadão, Saldiva comenta estas e outras medidas. Assista.

Por Redação ((o))eco
24 de julho de 2008

De plástico não!

A cidade de Los Angeles acaba de anunciar que irá proibir o uso de sacolas de plástico nos comércios a partir de julho de 2010. A medida parece estar na moda nos EUA: no Estado da Califórnia, já são duas as cidades a adotar a proibição. O objetivo de ambas, segundo notícia da agência EFE, é pressionar os legisladores do Estado para que aprovem uma lei que eliminaria de vez o uso de sacolas plásticas em seus territórios a partir de 2012. Quando a medida entrar em vigor, em 2010, os consumidores serão obrigados a utilizar suas próprias bolsas ou a pagar 0,25 centavos de dólar para adquiri-las nos estabelecimentos, em papel ou material biodegradável. Estima-se que, atualmente, Los Angeles consuma 2,3 bilhões de bolsas de plástico ao ano. Destas, só 5% são recicladas.

Por Redação ((o))eco
24 de julho de 2008

Biocombustível solar

Na última semana, cientistas noruegueses anunciaram que o resultado de um experimento com microalgas poderá ser a salvação para o problema do aquecimento global no planeta. O experimento baseia-se no uso das microalgas para a conversão básica de CO2 em oxigênio. O que eles fizeram foi injetar CO2 em grandes “tubos de ensaio” preenchidos com água e microalgas. Ao ser exposto no sol, o tubo apresenta as condições adequadas para uma fotossíntese maximizada e ainda possibilita a produção de um “biocombustível solar”. O resíduo deixado pelas microalgas ainda poderia ser usado como fertilizante, o que torna o processo ainda melhor que o feito com milho, por exemplo . Como o experimento parece muito bom para ser verdade, cientistas de todo o mundo estão investigando o que viria a ser realmente este “biocombustível solar”. A notícia é da revista Popular Science.

Por Redação ((o))eco
24 de julho de 2008

Indonésia em chamas

Assim como o Brasil, a Indonésia é um país com longa tradição em desmatamento de florestas tropicais. Nesta quarta-feira, o Greenpeace alertou que 85% das emissões de gases estufa vindas daquela nação originam-se da queima das matas nativas. Segundo notícia da agência EFE publicada na Folha de São Paulo O conselheiro de Assuntos Políticos do Greenpeace para o Sudeste Asiático, Arief Wicaksono, afirmou que os incêndios florestais na Indonésia são um método 'rápido' e 'barato' de expandir a área de plantio na selva e atribuiu a culpa ao 'mau Governo', citando a falta de coordenação entre os diferentes níveis da administração e o excesso de burocracia.

Por Redação ((o))eco
24 de julho de 2008

Angra no horizonte

A licença prévia para retomada das obras da usina nuclear de Angra 3 (RJ) joga 60 condicionantes no colo da estatal Eletronuclear. O anúncio foi feito há pouco pelo ministro Carlos Minc, em Brasília. As exigências incluem um destino para o lixo nuclear das três usinas, monitoramento independente dos níveis de radiação, obras de saneamento básico em Angra dos Reis e Paraty e a gestão do Parque Nacional da Serra da Bocaina, incluindo construir a Estrada Parque da Bocaina, no trecho Paraty-Cunha.

Por Gustavo Faleiros
23 de julho de 2008

Educação

Para garantir a licença, também será necessário realizar um projeto de educação ambiental voltado a acabar com a pesca de arrasto na região e informar a população sobre o valor ecológico e econômico de mangues, restingas e da Mata Atlântica. Segundo o governo, Angra 3 precisará de investimentos de R$ 7,3 bilhões para gerar 1.350 megawatts. As estimativas oficiais para a Usina de Jirau, no Rio Madeira (RO), são de R$ 8,7 bilhões e capacidade de 3.300 megawatts. Mas sua geração média seria de 1.900 megawatts.

Por Gustavo Faleiros
23 de julho de 2008

Contra

Uma das entidades que mais pressiona contra o uso da fonte nuclear de energia é o Greenpeace. Em sua página na Internet, desfia uma série de notícias, artigos e motivos para que o Brasil mude o rumo e invista mais em energias alternativas e sustentáveis, como solar, eólica e biomassa.

Por Gustavo Faleiros
23 de julho de 2008