Sis o quê?

Foi criado ontem, em Curitiba, o SisPP. A sigla identifica o Sistema Nacional de Parcelas Permanentes, que vai monitorar e acompanhar o desenvolvimento de parcelas de florestas em biomas brasileiros. Trocando em miúdos, seus membros vão levantar, do Oiapoque ao Chuí, dados sobre crescimento e presença de espécies vegetais em parcelas florestais. Os dados servirão para alimentar modelos de análise sobre o estado de florestas no país.

Por Redação ((o))eco
24 de junho de 2008

Consulta pública

Hoje, no mais tardar amanhã, o Serviço Florestal Brasileiro colocará em consulta pública na sua página na Internet o texto do Plano Anual de Outorga Florestal para 2008. Ele servirá de base para as concorrências para explorar florestas nacionais em regime de concessão. Sua versão definitiva deverá estar concluída em 31 de julho.

Por Redação ((o))eco
24 de junho de 2008

Leopardos na intimidade

Quando não estão fugindo de caçadores que cobiçam sua pele pintada, os 3500 leopardos-das-neves que sobraram pela natureza conseguem levar uma vida pacata em regiões remotas da Ásia Central. Para documentar o dia-a-dia dessa espécie, a National Geographic enviou uma equipe ao seu habitat, e o resultado foi uma impressionante galeria de fotos e textos sobre os felinos. O fotógrafo Steve Winter passou pela Índia, Mongólia e Paquistão e instalou câmeras de disparo automático para captar de perto os hábitos dos leopardos. Veja.

Por Redação ((o))eco
24 de junho de 2008

Veto ao atum

Aperitivos como o patê de atum podem estar com os dias contados, se depender de grupos ambientalistas internacionais, reunidos desde a última segunda-feira na Cidade do Panamá para o encontro anual da Comissão Interamericana do Atum Tropical. Preocupados com o rápido declínio de várias espécies de atum no Pacífico, os grupos solicitaram à Comissão que sigam os conselhos de seus próprios cientistas e adotem medidas enérgicas de conservação, como o encerramento da pesca. A medida foi sugerida porque, a cada dia, a procura pelo pescado se eleva, o que promove queda nas populações e no tamanho médio do peixe capturado. Tudo isso agravado pelo fato de que, atualmente, só existe uma associação que promove a pesca “sustentável” no mundo, diz notícia do jornal britânico The Independent.

Por Redação ((o))eco
24 de junho de 2008

Reflexo negativo

O comércio asiático de barbatanas de tubarões tem crescido a todo vapor. E o que isso tem a ver com o Brasil? Tudo, se considerado que o crescimento da demanda oriental tem refletido em águas brasileiras. Segundo números oficiais, somente em 2007, o Brasil exportou cerca de 131 toneladas de barbatanas, o equivalente a dois milhões de dólares. O resultado desse comércio é o declínio em até 95% na população do cação listrado, queda de 80% da população de cação-anjo e cação-viola no litoral sul do país e declínio anual de 18,4% na população de cação-quati, espécie do litoral norte do país ameaçada em extinção, por exemplo. A pesca indiscriminada é favorecida pela falta de legislação restritiva brasileira, já que, por aqui, não é crime caçar tubarões. A única proibição é a prática do “finning” – a retirada da barbatana em alto-mar com descarte do animal –, que não é mais realizado no Brasil em grande escala, diz notícia da Folha Online.

Por Redação ((o))eco
24 de junho de 2008

Carro emprestado

Depois de espalhar bicicletas públicas por Paris, o prefeito da cidade francesa, Bertrand Delanoë, pretende ir mais longe. O próximo passo é botar nas ruas da capital uma comitiva de quatro mil veículos elétricos para servir aos moradores. O sistema é semelhante ao das magrelas, bastando pegar o veículo, pagar uma taxa pelo uso e deixá-lo em um dos 700 pontos pré-determinados. A novidade só começaria a funcionar a partir do ano que vem, mas tem gente que já desaprovou a idéia, mostra a Grist. O argumento é que com a facilidade de se pegar um automóvel, as pessoas deixariam de lado a pedalada, inchando o tráfego de veículos.

Por Redação ((o))eco
24 de junho de 2008

Contra o carvão

Responsável por difundir oficialmente o conceito de aquecimento global, o cientista James Hansen, da NASA, avisou a quem quisesse ouvir no Congresso americano que o mundo tem a última chance de tentar reverter a crise ambiental planetária. E para tal, o especialista propôs que as usinas termelétricas a carvão que não filtram seus gases emitidos devem ser banidas do mundo até 2030. Como a tecnologia ainda é muito incipiente, a enorme maioria deveria mesmo fechar as portas. Hansen ainda sublinhou que as usinas alimentadas com o carburante sujo sequer devem ser cogitadas como opção daqui para frente. A notícia é do New York Times.

Por Redação ((o))eco
24 de junho de 2008

Boiadeiro

Hoje, em Brasília, o governo divulga os resultados preliminares de sua operação Boi Pirata, criada para apreender gado que pasta sobre terra pública na Amazônia. A primeira incursão foi na Estação Ecológica da Terra do Meio, no Pará, e a apreensão de gado fez com que muita gente que tinha boi pastando lá dentro tangesse suas cabeças para outro lugar. Ao todo foram apreendidos 3,1 mil bois na área protegida.

Por Gustavo Faleiros
24 de junho de 2008

Impraticável

O resultado não é ruim, mas vai ser muito difícil levar essa operação adiante. Afinal, a logísitca para apreender bois é um pesadelo, custa caro, e por tudo isso é muito difícil mantê-la no longo prazo. Há, dentro do governo, quem defenda uma saída alternativa para mantê-la funcionando: ao invés de apreender, marcar o gado para impedir sua comercialização.

Por Gustavo Faleiros
24 de junho de 2008

Maio na Amazônia

Vêm aí os números de maio sobre o desmatamento na Amazônia. O Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Imazon, sai na quarta-feira. Quem viu os números diz que o desmatamento na região, ao contrário do que se esperava, recuou no cômputo geral. A maior queda aconteceu no Mato Grosso de Blairo Maggi. Mas calma. Fora isso, o SAD vai mostrar que ainda não há razões para aplausos. Pelo contrário.

Por Gustavo Faleiros
24 de junho de 2008

Situação ruim

A queda de maio é insuficiente para anular a tendência de alta que vinha se registrando desde agosto. Mais grave, ela não é fruto de ação governamental. Longe disso. Sessenta por cento do desmatamento ocorrido no mês passado deu-se justamente nos 36 municípios da região considerados críticos pelo governo federal e para onde, desde fevereiro, ele deslocou centenas de fiscais e policiais federais. É mais uma prova de que Brasília continua sem saber como se impor na Amazônia.

Por Gustavo Faleiros
24 de junho de 2008

Barril santo

A redução no ritmo do corte deve-se, sobretudo, a um inusitado aliado: a alta do barril de petróleo. O preço das commodities agrícolas está alto, mas não tão alto quanto o preço de insumos como fertilizantes, fundamentais para quem desmata pensando em plantar grãos. Não é à toa que boa parte do desmatamento de maio foi flagrado em áreas de pecuária. Pasto usa como fertilizante as cinzas da floresta derrubada.

Por Gustavo Faleiros
24 de junho de 2008