Argumento válido?

Contrariando apelos de grupos ecologistas, o governo da Islândia liberou, na última segunda-feira, a caça a 40 baleias-minke, terminando, assim, com a suspensão temporária da prática. O argumento do governo é que hoje existem cerca de 50 mil baleias nas águas que rodeiam o país e que a caça de 40 delas “não fará uma diferença importante na quantidade”. Antes de 2006, a Islândia havia proibido a caça comercial de baleias durante 20 anos, mas, no mesmo ano, voltou atrás de sua decisão e aprovou a determinação de cotas para a matança. Segundo notícia da Reuters, a decisão certamente provocará um mal-estar nos grupos ambientalistas, que sustentam que a prática de observação dos animais pode ser até mais lucrativa que a caça comercial.

Por Redação ((o))eco
21 de maio de 2008

Coleção de árvores

Depois de um encontro com o governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, o ministro de Assuntos Estratégicos – e responsável pela coordenação do PAS –, Mangabeira Unger, amaciou ainda mais seu discurso sobre as ações a serem implantadas na Amazônia. Para desespero de conservacionistas, o ministro defendeu a criação de um “plano estratégico” para a floresta que incluiria a “intensificação da pecuária” em áreas já desmatadas da região. Segundo ele, as ações serão tomadas porque “a Amazônia não é apenas uma coleção de árvores, mas um grupo de pessoas”. Para não desagradar tanto os defensores da floresta, Unger também disse que o “plano” incluirá o uso de financiamentos internacionais para a preservação, mostra notícia da Folha Online.

Por Redação ((o))eco
21 de maio de 2008

Etanol manchado

Os biocombustíveis estão na ordem do dia internacionalmente, e o etanol brasileiro não fica de fora. Apesar de Lula insistir que o carburante originado da cana é feito cheio de zelo por aqui, os olhares estrangeiros desconfiam disso. Numa reportagem sobre o assunto, o Financial Times destaca que as más condições de trabalho e os impactos ambientais vêm “manchando” a indústria do etanol no Brasil. Segundo o jornal, a União Européia vê o país como “um ninho de práticas ruins” no setor, e apesar de a cana realmente não prejudicar tanto o ambiente, o diário frisa que a comunidade mundial está de olho para que o governo reduza qualquer arranhão ecológico.

Por Redação ((o))eco
21 de maio de 2008

Das alturas

No dia 15 de junho, um satélite franco-americano será lançado na Califórnia para que analise lá de cima as variações no nível dos mares. Conforme noticiou a Science Daily, o OSTM/Jason 2 vai tocar a missão durante uma década, e estará substituindo satélites que faziam esta análise desde 1992. Segundo os especialistas envolvidos, as informações obtidas até hoje ainda não são suficientes para avaliar o impacto das mudanças climáticas nos oceanos. Os cientistas esperam que o Jason 2 dê prosseguimento a estes estudos, a partir do envio de dados mais refinados.

Por Redação ((o))eco
21 de maio de 2008

Mais grana

Terça foi dia também de discutir os mecanismos financeiros para implementação da Convenção de Diversidade Biológica (CDB). Os países em desenvolvimento alinharam-se para reivindicar a criação de um fundo adicional, com linhas específicas para financiar manejo de áreas protegidas, além de mais facilidade de acesso aos recursos do GEF e priorização de projetos envolvendo pobreza. Para os países desenvolvidos, por sua vez, os investimentos deveriam ser priorizados à conservação da biodiversidade.

Por Redação ((o))eco
21 de maio de 2008

Tudo azul

Contrário ao clima de cautela das outras delegações, o Brasil defendeu a produção sustentável de biocombustíveis como uma das maneiras de se atingir as metas de desenvolvimento do milênio, demonstrando já estar fazendo seu dever de casa e não interessado em interferências externas. Criticou os incentivos à agricultura por parte de paises desenvolvidos, afetando o preço mundial de alimentos. O Greenpeace recomendou que sejam suspensas todas as medidas de incentivos aos agrocombustiveis até que a produção seja considerada segura para o meio ambiente. Já no primeiro dia de discussões este tema já mostrou que será um dos mais controversos da convenção. O Brasil foi vaiado quando defendeu sua posição.

Por Redação ((o))eco
21 de maio de 2008

Biocombustíveis

Nesta terça, as discussões sobre biocombustíveis esquentaram o clima na COP9, em Bonn. Diversas delegações pediram mais atenção a este tema, sugerindo a criação de uma conferencia internacional específica, grupos de trabalho para elaborar diretrizes para esta indústria em ascensão e o tratamento da questão como de segurança alimentar.

Por Redação ((o))eco
21 de maio de 2008

Mais para menos

Ao lamentar ontem a insuficiência de áreas protegidas no mundo, o ministro do meio ambiente alemão, Sigmar Gabriel, atribuiu a questão à inadequação entre países ricos com pouco a proteger, e pobres com muita biodiversidade. Por isso lembrou que a Life Web Initiative pretende criar um esquema de parceria global entre doadores e países que querem captar fundos para áreas protegidas. Sigmar Gabriel anunciou que a Alemanha já disponibilizou 40 milhões de euros e convidou outros países a fazerem o mesmo.

Por Redação ((o))eco
21 de maio de 2008

Transferência tecnológica

A necessidade de transferência de tecnologia entre os países para proteção da biodiversidade foi outro ponto discordante nas primeiras discussões. Noruega e Canadá defenderam uma opção voluntária nesse sentido. A posição brasileira foi por acordos de desenvolvimento tecnológico regionais. Enquanto a União Européia falou em parcerias de longo prazo com organizações internacionais para transferência de tecnologia. Muitos países em desenvolvimento disseram que a questão deveria ser balizada nas necessidades locais de cada nação.

Por Redação ((o))eco
21 de maio de 2008

Florestas pelo Clima

Foi mais ou menos na linha da proposta alemã que o Greenpeace apresentou ontem em Bonn o plano “Florestas pelo Clima”, com o diferencial de não só envolver áreas protegidas, mas missões nada triviais como acabar com o desmatamento, além de respeito a povos indígenas e populações tradicionais. Divulgado na Convenção do Clima, em Bali, em dezembro de 2007, a proposta quer arrecadar recursos na ordem de 14 bilhões de euros por ano para reduzir as emissões provenientes de desmatamento. Países como os africanos, Brasil e Indonésia teriam que, em contrapartida, apresentar dados que comprovassem a diminuição progressiva dos desmates.

Por Redação ((o))eco
21 de maio de 2008

Gastar melhor

O diretor do Departamento de Conservação da Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, Bráulio Dias, ressaltou a importância de fazer melhor uso dos mecanismos internacionais já existentes para captação e aplicação de recursos na conservação, antes de criar novos. O GEF, por exemplo, fundo criado para implementar os objetivos da Convenção de Diversidade Biológica (GEF) nasceu com o propósito de ter 77 bilhões de dólares. Hoje, trabalha com apenas 10% disso.

Por Redação ((o))eco
21 de maio de 2008

Reação

O comissário de meio ambiente da União Européia, Stavros Dimas, promete apresentar, até o final do mes, proposta para obrigar os varejistas a apresentar certificado de origem para qualquer produto de madeira tropical à venda no continente. A regulação precisará ser aprovada pelos governos dos países da União.

Por Redação ((o))eco
21 de maio de 2008