Eu aposto

Os membros da ong Real Climate, curiosos com o resultado do teste, resolveram fazer uma inusitada proposta para os autores da pesquisa. Caso a projeção de resfriamento global se confirme até 2010, eles pagam 2500 euros ao grupo; mas, se o oposto acontecer, o devem receber a mesma quantia. A aposta, é claro, só seria decidida no final da década, quando outra nos mesmos valores começaria até 2015 (sempre de acordo com o período de 1994 até 2004). Mas, para que nenhuma injustiça seja feita, não vale contabilizar os efeitos da erupção de um grande vulcão ou da queda de um imenso meteoro. Agora, resta saber se os alemães vão aceitar.

Por Redação ((o))eco
14 de maio de 2008

Aquecimento?

Na contramão dos estudos realizados pelos principais cientistas dos cinco continentes, um grupo de pesquisadores alemães publicou na última semana um artigo que chega a uma novíssima conclusão sobre as mudanças climáticas: na verdade, tudo leva a crer que estamos na iminência de um resfriamento global. Para embasar a afirmação, foram montados dois cenários. Enquanto o primeiro analisa o intervalo entre 2000 e 2010, o segundo faz referência aos anos que vão de 2005 a 2015. O resultado? Em ambos os intervalos, a mesma surpresa – a temperatura média do planeta vai diminuir em comparação ao período 1994 e 2004.

Por Redação ((o))eco
14 de maio de 2008

Minc na cabeça

Agora é oficial: Carlos Minc, ex-secretário de Ambiente do Rio de Janeiro, é o novo Ministro do Meio Ambiente do Brasil. A confirmação aconteceu depois que o ex-governador do Acre, Jorge Viana, recusou o convite do governo para assumir a pasta comandada durante cinco anos por Marina Silva.

Por Redação ((o))eco
14 de maio de 2008

Ecos de Marina

Lula tanto quis, que seu Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e sua política desenvolvimentista ganharam manchetes internacionais. Mas não exatamente pela pompa que levam, e sim por terem empurrado a ministra do Meio Ambiente para as margens do governo. Nesta terça-feira, quando a carta de demissão de Marina Silva chegou aos ouvidos da imprensa, os diários estrangeiros logo acionaram seus repórteres. Afinal, saía de cena a mulher que já teve o nome entre os políticos considerados mais verdes do mundo e num ranking que listava as 50 pessoas que poderiam salvar o planeta. A notícia rodou o mundo como mais um golpe na combalida Amazônia. Aqui ao lado, os vizinhos Chile e Argentina destacaram em seus principais jornais os desentendimentos políticos que levaram Marina a cair. O argentino Página 12 diz que o Brasil acaba de perder uma ministra de biografia que “poucos políticos são capazes de se igualar”, e relaciona a renúncia à fome por terra dos grandes produtores de soja: “É um duro revés para os defensores da Amazônia”. O conterrâneo Clarín frisa que as divergências dentro do governo já “se arrastavam desde o ano passado”, e o chileno El Mercurio põe a ex-ministra como uma das vozes mais fortes na proteção da floresta tropical. O New York Times também citou o caso dando ênfase no currículo ambiental de Marina. A reportagem a coloca como “renomada defensora da floresta tropical” e uma “estrela ambiental universalmente conhecida”. O diário, assim como o International Herald Tribune, comenta o fato de ela não ter acusado o presidente Lula como culpado direto pela demissão. No Reino Unido, o influente The Guardian deu a notícia como manchete na seção de meio ambiente. O texto começa em tom de lamentação, prevendo tempos difíceis para o maior bioma brasileiro: “O medo sobre o futuro da maior floresta tropical do mundo aumentou ontem”. Na Europa, o pedido de demissão também chamou atenção. O fato de Marina Silva ter entrado no governo como uma das pessoas de maior confiança de Lula e ter saído por desavenças foi ressaltado pelo diário espanhol El País: “A relação de ambos foi se desgastando devido ao claro apoio do presidente a outros ministérios voltados a fomentar o desenvolvimento na Amazônia”. Já o francês Le Monde afirma que a ex-ministra deixou a pasta após cinco anos tentando proteger o Brasil de “interesses econômicos predatórios”. Não era bem essa imagem que Lula queria lá fora. Com tantos confetes sobre a figura de Marina Silva, o presidente pode ficar em maus lençóis, como lembra nosso colunista Sergio Abranches.

Por Redação ((o))eco
14 de maio de 2008

Tempo quente

Já para o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), quem vai ter de “explicar muito bem” ao exterior a saída de Marina do ministério é o próprio governo, “principalmente agora, quando o aquecimento do planeta está na mente de quase todo mundo”, argumentou o senador.

Por Redação ((o))eco
14 de maio de 2008

Retorno à casa

A volta de Marina Silva ao Senado provocou manifestações quase que concomitantes ao anúncio do pedido de demissão por parte de vários dos senadores, que se disseram “perplexos” com a notícia e adiantaram-se em dar as boas vindas à ex-ministra. As considerações vieram de todos os lados: dos colegas de legenda aos adversários políticos, como foi o caso do senador José Agripino (DEM-R), que reconheceu os méritos políticos de Marina como ministra e aplaudiu seu desempenho à frente do ministério.

Por Redação ((o))eco
14 de maio de 2008

Patrimônio histórico

Até o senador Tião Viana (PT-AC), irmão de Jorge Viana, ex-governador do Acre cotado para assumir a pasta do Meio Ambiente, distribuiu elogios à ex-ministra. “A senadora é hoje patrimônio da história do Acre e sai de cabeça erguida”, disse Tião Viana, no plenário do Senado.

Por Redação ((o))eco
14 de maio de 2008

Explica

Será no mínimo constrangedor o encontro na manhã de hoje entre Lula e a chanceler alemã Angela Merkel. O presidente deverá dar alguma explicação sobre a saída de Marina Silva de sua pasta ambiental. Em sua passagem pelo Brasil, Merkel terá cinco encontros extra-governo, incluindo conversas com a Contag – Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura e com a ex-ministra Marina Silva.

Por Gustavo Faleiros
14 de maio de 2008

Cartinha

A página do Instituto Chico Mendes estampa hoje uma carta da ex-ministra Marina Silva aos funcionários da área verde do governo. Em menos de duas páginas, confirma a entrega da carta demissionária ao presidente Lula, enumera realizações, como os 24 milhões de hectares decretados em unidades de conservação e a aprovação da Lei de Gestão de Florestas Públicas. No fim, avisa que, em sua volta ao Congresso, seguirá “na busca da sustentabilidade política fundamental para consolidação da agenda de desenvolvimento sustentável.” A vidraça do Planalto que se cuide.

Por Gustavo Faleiros
14 de maio de 2008

Por meia dúzia

Até ontem à noite o nome de Carlos Minc, secretário de Meio Ambiente do Rio de Janeiro, despontava na corrida à sucessão de Marina Silva no trono do Ministério do Meio Ambiente. Hoje, Jorge Viana se reúne pela manhã no Palácio do Planalto. Seu nome é sonho antigo de Lula. A estratégia palaciana é mostrar para a comunidade internacional que Viana no lugar de Marina é trocar “seis por meia dúzia”. Ambos são da mesma região, aliados políticos e do estado de Chico Mendes. A prática do ex-governador como ministro, no entanto, ainda é uma incógnita.

Por Gustavo Faleiros
14 de maio de 2008

Lambendo

O retorno de Marina Silva ao Senado, no entanto, tem uma coisa de certa: fez ruralistas e desmatadores lamberem os beiços por mais destruição na Amazônia. Sua saída não poderia ter ocorrido em hora pior. Afinal, números preliminares do próprio governo apontam a retomada de índices alarmantes de desmatamento, sem falar no ano eleitoral, quando toda sorte de conchavos políticos turbina a ação dos machados e motosserras sobre a floresta tropical. O governo, realmente, age como há séculos passados, sem o menor apreço pela área ambiental.

Por Gustavo Faleiros
14 de maio de 2008

Programa do bilhão

No dia 30 de maio, o governo do Pará lança um programa com meta ambiciosa. Prevê plantar 1 bilhão de árvores nativas em cinco anos no Leste do estado. É o mesmo número de árvores que o Pnuma, programa da ONU, quer plantar no mundo inteiro.

Por Gustavo Faleiros
14 de maio de 2008