Novos absurdos sobre a Usina de Jirau
Governo promove reunião para “informar” sobre mudanças em projeto da usina de Jirau, no Rio Madeira (RO). Legislação ambiental está sendo desrespeitada. Minc concorda. →
Governo promove reunião para “informar” sobre mudanças em projeto da usina de Jirau, no Rio Madeira (RO). Legislação ambiental está sendo desrespeitada. Minc concorda. →
Pesquisadores ligados à conservação de grandes mamíferos aquáticos, reunidos no IV Congresso Mundial de Conservação, realizado desde o último dia 5 em Barcelona, colocaram hoje (13/10) um ponto final no impasse sobre o papel das baleias no declínio dos estoques pesqueiros mundiais. Em resolução, a União Mundial para a Conservação (IUCN) determinou que “as grandes baleias não têm um papel significativo na crise global da pesca”, decisão que bate de frente com o argumento utilizado por certos países, como o Japão, para justificar a pesca predatória. Para José Truda Palazzo, do Projeto Baleia Franca, a destruição dos estoques pesqueiros “é culpa justamente da ação das frotas predatórias dos países asiáticos no plano global, somada à má gestão da pesca costeira em águas nacionais”. A decisão da IUCN será agora comunicada aos organismos internacionais pertinentes. →
A polícia ambiental de São Paulo apreendeu, no último sábado (11/10), 450 cardeais e 34 filhotes de papagaio que eram transportados no porta-malas de um Vectra, em rodovia perto do município de Assis, no interior do estado. O motorista do veículo disse que havia comprado os animais em Presidente Prudente e que os comercializaria em seu pet-shop em Guarulhos. No entanto, a Polícia acredita que os pássaros foram capturados em Ivinhema (MS), cidade já conhecida por ser o berço de várias das espécies apreendidas em estradas paulistas nas últimas semanas. Os 450 cardeais foram levados a Mato Grosso do Sul e soltos em Anaurilândia, município próximo ao local da captura. “Quando soltamos os bichos percebemos que não eram de gaiola, como tinha dito o proprietário do veículo, porque logo eles foram em busca de insetos”, diz Eliseu Ribeiro, chefe do escritório regional do IBAMA em Assis. Os filhotes de papagaio ainda aguardam destinação na sede do órgão. O dono do veículo foi multado em 242 mil reais e responderá por crime ambiental. →
A captura de aves no interior de paulista está cada vez mais freqüente. No dia 26 de setembro, outros 250 filhotes de papagaio também vindos de Ivinhema foram apreendidos pela Polícia Ambiental. O infrator informou que o destino era a feira do rolo de São Paulo. Após apreensão, os animais foram levados a um centro de reabilitação em Campo Grande (MS) e o dono do veículo que os transportava ilegalmente ganhou multa de 125 mil reais. Segundo Ribeiro, grande parte dos filhotes tinha menos de uma semana de vida. Para o professor Luis Fábio Silveira, da Universidade de São Paulo (USP), os casos suscitam duas dúvidas principais sobre a venda ilegal: por que filhotes estão sendo capturados cada vez mais cedo e se eles estão sendo bem tratados pelas equipes do IBAMA após a apreensão. Os pesquisadores ainda não encontraram respostas. Nesta primeira apreensão, onze animais morreram. →
Quem abrir a página do setor de monitoramento de queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) de hoje vai ver no mapa do Brasil um bolo de pontinhos coloridos no lugar de onde deveria estar o Tocantins. A concentração de focos de calor abrange ainda o leste do Pará, o sul do Maranhão, norte de Goiás e Oeste da Bahia e do Piauí. Apesar disso, Mato Grosso ainda é numericamente o estado campeão de incêndios, com 2.319 focos, seguido por Tocantins (1941) e Pará (1882). No total, o país ainda amarga mais de oito mil queimadas em seu território. →
Os planos para a tardia regularização fundiária na Floresta Nacional do Bom Futuro (RO) devem sair do papel a partir de novembro, com a colocação de barreiras nas estradas clandestinas para impedir a circulação dos invasores. É o que prevê o Instituto Chico Mendes. Só que esses projetos podem estar novamente ameaçados pelas pressões políticas sobre o governo federal. Na semana passada, o senador Expedito Junior (PR-RO) comentou o quão satisfeito estava com as declarações do ministro Carlos Minc sobre a elaboração de um zoneamento agroecológico “para consolidação da área sul da Floresta Bom Futuro”. O parlamentar, junto com outros figurões de Rondônia, entendeu que o Ministério do Meio Ambiente vai mesmo ser benevolente com 20 anos de invasões na Floresta Nacional, onde servidores do órgão federal mal podem transitar por causa de ameaças de morte. →
Deputado federal apresenta projeto de lei para desconstituir um parque nacional e outras duas florestas nacionais em Rondônia. E usa promessa de Carlos Minc para justificar sua demanda. →
O deputado, que tem dezenas de crimes ambientais nas costas, alega que a criação de unidades de conservação federais tem causado “enormes transtornos econômicos e sociais às populações atingidas, fazendo com que cidadãos trabalhadores passem a depender de programas sociais do governo federal para a sua sobrevivência de de sua família”. O parlamentar diz ainda que as unidades de conservação são decretadas sem previsão orçamentária para sua desapropriação, e que estudos técnicos que as embasam são falhos. →
De acordo com a Agência Internacional de Meio Ambiente (EIA, na sigla em inglês), não-governamental situada no Reino Unido, o contrabando de marfim e peles de animais ameaçados de extinção, como o tigre, rende cerca de dez bilhões de dólares ao ano para os cofres privadosO inidiano Sansar Chand, por exemplo, é acusado de vender 12 mil peles de bichos em perigo para um mercado negro no Nepal. O jornal The Guardian pôs no ar um vídeo feito com uma câmera escondida, na China pela EIA que mostra um sujeito tentando vender a pele de um tigre para um funcionário da Ong disfarçado. →
No último sábado, cinco automóveis saíram de Berkeley, cidade da Califórnia (EUA), rumo a Las Vegas. O evento seria apenas mais um rally clássico, de regularidade, se não fosse por um pequeno detalhe: nenhuma gota de petróleo pode ser usada. Ou seja, nada de gasolina para reabastecer o tanque e vencer os cerca de mil quilômetros do percurso. Cada um, no entanto, tem o direito de usar o seu combustível preferido. As escolhas são inteligentes, e variam desde o famoso etanol, passam pela energia elétrica e chegam ao óleo de cozinha usado em restaurantes. Mas não foi fácil conseguir os participantes. Dos doze inicialmente inscritos, sete desistiram antes da partida. A notícia é do New York Times. →