Visão da sardinha

E imaginar que Altemir Gregolim, o secretário da pesca federal, vive dizendo que no Brasil pesca-se pouco. A sardinha discorda. Da sua perspectiva pelo menos, a pesca aqui é selvagem.

Por Salada Verde
3 de outubro de 2008

SP divulga espécies ameaçadas

A nova lista de espécies ameaçadas de São Paulo foi divulgada esta semana, depois de dez anos sem atualizações. Pelo documento, o estado possui 436 vertebrados em algum grau de vulnerabilidade, o que corresponde a 17% das espécies conhecidas por lá. O mico-leão-preto, que na lista anterior era classificado como “Criticamente ameaçado” e passou para “em perigo”, foi eleito o símbolo da nova relação. Outras espécies famosas também estão presentes, como a onça-pintada, o papagaio-de-cara-roxa e a tartaruga-verde, também chamada de tartaruga-marinha. Além da relação de ameaçadas, a lista também traz 161 espécies com dados insuficientes para classificação, entre elas o beija-flor-vermelho, cachorro-vinagre e baleia-jubarte. As informações devem fazer parte de um livro, com lançamento previsto para início de 2009. Para acessar a lista, clique aqui.

Por Salada Verde
3 de outubro de 2008

Responsabilidades ao governo paulista

Além da divulgação da lista de fauna em perigo, o governo paulista assinou uma resolução que transfere para sua responsabilidade o licenciamento ambiental de atividades de manejo e fauna, antes atribuições do Ibama. Criação em cativeiro e pesquisas científicas, por exemplo, são algumas das atividades que passam a ser autorizadas pelo estado.

Por Salada Verde
3 de outubro de 2008

Cem mais, nem menos

O Incra até pode contestar os seis assentamentos no topo da suspeita lista dos cem maiores desmatadores da Amazônia, mas como já divulgou O Eco, o órgão costuma fazer poucas e boas com a floresta. Ano passado, só em Santarém (PA), o instituto criou 97 assentamentos. O modus operandi foi tão ruim, sem localização exata, sem licenciamento, que o Ministério Público Federal acionou a Justiça pedindo o cancelamento de tudo.Nas estimativas acumuladas entre janeiro e agosto pelo Deter, sistema do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) que vê desmatamentos com mais de 25 hectares, a Amazônia perdeu 5.676 quilômetros quadrados (Km2). A área tem quase o tamanho de Brasília.O governamental Deter, no entanto, não avalia a incidência de desmatamento sobre assentamentos da reforma agrária. Já o Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) avalia a degradação nessas e outras áreas, desde abril deste ano. Nos dados já avalidos, os assentamentos vêm respondendo por entre 10% e 18% das perdas florestais na Amazônia, onde cada propriedade pode desmatar até 20% de sua área. O Incra diz ter 2.257 projetos na região. 

Por Salada Verde
3 de outubro de 2008

Em nome de Deus e da natureza

Depois de 26 anos vendo seu bairro se deteriorar pela ação humana, um padre da zona leste de São Paulo arregaçou as mangas em prol do meio ambiente. No comando de uma paróquia no Bairro de Itaquera, onde há grandes focos de favelização em meio a remanescentes de Mata Atlântica, o padre Paulo Sérgio Bezerra percebeu que poderia conscientizar alguns fiéis. O trabalho começou em julho do ano passado, durante a novena para a santa padroeira da igreja, quando, ao invés de orações,  esta ganhou palestras sobre temas ambientais. Depois disso, padre Paulo ainda criou uma pastoral só para tratar do assunto. Entre as ações realizadas pelo grupo, estão debates comunitários sobre os problemas do bairro e a inserção de mensagens ambientais nos folhetos da missa dominical. Todos os domingos, são distribuídos 2 mil exemplares do folheto, em 11 igrejas da região. No final das missas, o assunto está na boca de muitas pessoas.

Por Salada Verde
2 de outubro de 2008

Pampa exposto

Mais esquecido que o Cerrado e a Caaatinga, o Pampa tem algumas de suas belezas expostas pelo fotógrafo e ambientalista Adriano Becker na agência central do Banrisul, em Porto Alegre (RS). As 30 fotografias da mostra Nosso Pampa Desconhecido poderão ser conferidas até o dia 10 de outubro. Quem sabe as imagens inspiram os governos federal e estadual a criar mais áreas protegidas no menor bioma brasileiro. Único que não tem sequer um parque nacional.

Por Salada Verde
2 de outubro de 2008

Empresas limparão solos paulistas

A 6ª edição do Seminário de Políticas de Gestão da Qualidade do Solo e das Águas Subterrâneas, que aconteceu em São Paulo no fim de setembro, trouxe uma boa notícia para o meio ambiente: há empresas interessadas em recuperar áreas degradadas por antigas indústrias. Como não há santo na história, vale uma explicação. Com o boom imobiliário na capital, sobraram apenas regiões contaminadas. Agora, as companhias que desejam erguer empreendimentos nesses locais aceitaram corrigir esses passivos antes de oferece-los aos futuros usuários.

Por Salada Verde
2 de outubro de 2008

Minc estica prazo para cumprir a lei

O Decreto 6.514/2008, que altera e regulamenta a Lei de Crimes Ambientais, teve um início promissor. Uma das principais propostas, por exemplo, determinava que os proprietários rurais do Brasil tinham 180 dias (a partir do final de julho) para registrarem suas reservas legais em cartórios e órgãos ambientais. Esta semana, no entanto, Minc tratou de jogar um balde de água fria no entusiasmo dos defensores da natureza. Em comunicado que será enviado para análise do presidente Lula, o ministro pede que os donos de terras tenham um ano para se adequarem à determinação. Melhor que isso, só dois disso.

Por Salada Verde
2 de outubro de 2008

Prêmio para quem investiga finanças e sustentabilidade

Se voce é jornalista ou aluno de pós-graduação e fez reportagem ou tese sobre o tema finaciamento e negócios suntentáveis, pintou uma oportunidade de transformar seu trabalho em um dinheirinho razoável, 10 mil reais. Esse é o valor do Prêmio Itaú de Finanças Sustentáveis, que será dado a melhor reportagem de jornal e revista e tese acadêmica sobre esse assunto. O prazo de inscrições termina no dia 17 de outubro e elas podem ser feitas pela internet.

Por Salada Verde
2 de outubro de 2008

Uma gota no oceano

Desde quando começaram os monitoramentos do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), em 1988, a Amazônia perdeu quase 360 mil quilômetros quadrados de florestas. Os cem maiores desmatadores de Carlos Minc seriam responsáveis por 5.200 quilômetros quadrados nos últimos três anos. Mas agora, com a contestação do Incra sobre a época em que realmente teriam ocorrido as derrubadas, a lista balança.

Por Salada Verde
1 de outubro de 2008