Europeus reavaliam corte de poluentes

Não pegou muito bem a notícia da última semana sobre os desentendimentos ocorridos entre os 27 países da União Européia quanto à política para cortes de emissões de carbono. Durante uma reunião de cúpula dominada pelos efeitos da crise financeira, a proposta de redução de 20% nas emissões de carbono até 2020 foi rechaçada por vários países, que negaram-se a implantá-la a menos que ela se torne mais baratas. Segundo notícia do Herald Tribune, é preciso que os países cheguem a um acordo até dezembro. Se isso não acontecer, a tarefa de alcançar uma meta passa para a República Tcheca, que assume a presidência da União Européia em janeiro e cuja coalizão de governo está dividida em relação à questão da mudança climática. Ministros do Meio Ambiente europeus reúnem-se hoje para tentar aparar essas arestas. No entanto, mesmo com a credibilidade em jogo, parece que certos países não pretendem arredar o pé. A Polônia, que lidera o bloco dos descontentes do Leste Europeu, chegou a afirmar publicamente que não pretende sacrificar a economia já abalada pela crise global para manter o compromisso  ambiental, diz notícia da BBC Brasil.

Por Salada Verde
20 de outubro de 2008

Lago glacial pode destruir cidades suíças

Os suíços já começam a sentir os efeitos diretos do aquecimento global. Desde a ocorrência de derretimentos acelerados verificadas no último Verão europeu, pesquisadores especializados em riscos ambientais alertam a população de Berna para o aumento do volume de um lago formado em 2006 pela queda de uma geleira, que agora ameaça transbordar. O perigo iminente foi avisado ao governo no final de setembro, mas as autoridades da capital suíça só divulgaram o problema à população na última sexta-feira. Atualmente, as águas são impedidas de escoar devido a uma barragem natural que se formou em seu entorno. Este ano, o Verão e as chuvas se foram sem causar problemas. No entanto, os pesquisadores esperam uma catástrofe já para 2009, se nada for feito para conter a vazão, diz notícia do francês Le Monde Diplomatic.

Por Salada Verde
20 de outubro de 2008

Casa de ferreiro, espeto de pau

Ibama manda para o chão angicos com 30 anos de idade na sua sede em Brasília. Servidores manifestaram-se contra, mas árvores foram cortadas com machado e motosserra.

Por Salada Verde
20 de outubro de 2008

Super analistas

O Ministério do Meio Ambiente lançou na semana passada um edital para contratar temporariamente 200 técnicos de nível superior denominados “super analistas”. Ao contrário da maioria dos analistas ambientais federais, que recebem salário na faixa dos 2.950 reais, os super analistas terão remunerações entre 3.800 e 8.300 reais. Ao todo, o governo federal resolveu desembolsar mais de três milhões de reais por ano só em salários para esses super contratos temporários.

Por Salada Verde
20 de outubro de 2008

Penúria ambiental

Enquanto isso, no mundo real da gestão ambiental federal, dezenas de escritórios do Ibama têm telefones e luz cortados por falta de pagamento, unidades de conservação sem veículos ou orçamento, sem falar na inoperante política de recursos humanos. O governo está há mais de um ano cozinhando 250 servidores do Ibama que trabalhavam com unidades de conservação na época em que o Instituto Chico Mendes foi criado, que ainda não foram redistribuídos. Também não realizou concurso concurso interno para remoção de analistas ambientais ou concurso público para 400 novas contratações, conforme havia prometido. Todos os anos o serviço público federal perde servidores ambientais para outras áreas por frustrações e falta de condições de trabalho.

Por Salada Verde
20 de outubro de 2008

Seleção simplificada

A Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso finalmente resolveu ocupar as gerências regionais que mantém no interior do estado. Abriu 103 vagas para analistas ambientais num processo de seleção simplificado, com apenas análise de currículo e entrevista. Noventa e uma vagas serão para Cuiabá. O órgão quer equipar os municípios com altos índices de desmatamento como Aripuanã, Guarantã do Norte, Juína, Juara, Vila Rica e Tangará da Serra com dois servidores em cada cidade.

Por Salada Verde
20 de outubro de 2008

Chuva salva áreas protegidas

A chuva deste fim de semana em Mato Grosso afastou as ameaças de grandes queimadas às unidades de conservação federais do estado. Mas não evitou estragos no entorno. Segundo informações do Prevfogo, o incêndio que consumia a Chapada dos Guimarães desde 11 de outubro foi extinto com três mil hectares destruídos, na divisa do parque nacional. Não muito longe dali, fogo consumiu oito mil hectares de vegetação a apenas um quilômetro do limite da Estação Ecológica da Serra das Araras, mas não entrou na unidade de conservação. No Pantanal, a Estação Ecológica Taiamã escapou ilesa de outro incêndio que destruiu cem mil hectares em fazendas próximas.

Por Salada Verde
20 de outubro de 2008

Protesto contra fiscalização

Se na semana passada políticos de Mato Grosso se manifestaram contra a Operação Três Fronteiras, que desde 8 de outubro combate crimes ambientais nas divisas dos estados de Mato Grosso, Rondônia e Amazonas, agora é a vez de lideranças locais de Colniza. A cidade, famosa por enquadrar-se no topo do ranking entre as mais violentas do país, é também campeã de desmatamento na Amazônia. Circula na cidade uma carta convocatória para que a população proteste na próxima quinta (23). “Vamos dar um grito de liberdade, somos gente que trabalha em busca do pão nosso de cada dia, cada um do seu modo, mas somos seres humanos, estamos sendo tratados como animais irracionais”, diz um trecho da carta, que pode ser lida na íntegra aqui.

Por Salada Verde
20 de outubro de 2008

Reação dos desmatadores

Nunca é demais lembrar como as cidades campeãs de desmatamento na Amazônia costumam reagir a operações de fiscalização. Em 2007, fiscais foram presos dentro da câmara de vereadores de Parnaíta (MT) por causa de ações de embargo de madeireiras ilegais. No início deste ano, ato semelhante ocorreu em Tailândia (PA),  quando começava a Operação Arco de Fogo, sem contar outros vergonhosos episódios que intimidaram ambientalistas e servidores públicos em Novo Progresso (PA) nos últimos anos.

Por Salada Verde
20 de outubro de 2008

Prazo para legalizar comércio de madeira

Empresas e pessoas físicas que comercializam produtos florestais no estado do Rio de Janeiro, mas estão com pendências no Sistema DOF (Documento de Origem Florestal), têm um prazo de mais 90 dias para regularizar a situação junto ao Instituto Estadual de Florestas (IEF). A medida, publicada no Diário Oficial Fluminense em 16 de outubro, pretende tornar transparente o transporte e armazenamento de recursos extraídos da vegetação.

Por Salada Verde
20 de outubro de 2008