O visual, até meses atrás

O Salto das Andorinhas transbordando de água em fotografia feita no último período de chuvas na Amazônia. Nunca mais ele será visto assim.

Por Salada Verde
16 de setembro de 2008

Desmatamento, onde?

Tentar impor a lei ambiental numa região como a de Aripuanã é tarefa difícil. Recentemente, o Ministério Público solicitou à Secretaria Estadual de Meio Ambiente uma cópia dos autos de infração lavrados nos últimos dois anos. Não chegou nenhunzinho de corte ilegal ou de queimada. Aripuanã é um dos municípios com as mais altas taxas de desmatamento de Mato Grosso.

Por Salada Verde
16 de setembro de 2008

Ilegalidade sem corrupção

Caminhões de madeira são muito comuns pelas estradas do noroeste mato-grossense. Mas fiscalizar essa frota não faz parte da agenda das autoridades locais. Sem polícia ambiental e sem polícia rodoviária estadual, Mato Grosso conta com a boa vontade da Polícia Militar para verificar a legalidade desses veículos. Mas de acordo com o Ministério Público em Aripuanã, o comando da PM deu ordem para que os policiais no interior nem pensem em parar os caminhões de madeira. “É para evitar corrupção”, diz o promotor Luciano Martins.

Por Salada Verde
16 de setembro de 2008

Propostas climáticas ao governo

Já está nas mãos do governo federal o documento do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas com sugestões para o Plano Nacional sobre o tema, previsto para ser lançado antes da COP14 (Polônia), em dezembro. As recomendações são divididas em temas, assim como está previsto no plano governista. Em mitigação são sugeridas 54 ações, como agilizar projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo e fomentar fontes mais limpas de energia. Adaptação e vulnerabilidade trazem 30 sugestões, como priorizar a recuperação da Mata Atlântica e colocar na ponta do lápis as emissões nacionais evitadas. Em Pesquisa há 25 medidas, como racionalizar a produção da indústria. O documento prevê, ainda, 21 instrumentos para estimular, com incentivos fiscais, a criação de fundos de participação em empresas especializadas em projetos de redução de emissões e políticas de financiamento.

Por Redação ((o))eco
16 de setembro de 2008

Metas sem consenso

O documento é fruto de nove reuniões promovidas ao longo de dois meses com indústria, mercado financeiro, setor energético, ongs e outros setores. O trabalho envolveu mais de cem instituições, 150 empresas e gestores públicos de vários municípios. Em linhas gerais, o texto apresenta pelo menos três propostas de compromissos, como definição de metas internas para redução das taxas de desmatamento e queimadas, o fim do desmatamento ilegal e a definição de cortes na emissão de gases que ampliam o efeito estufa. Sobre esse último ponto, o Fórum não chegou a um consenso. Setores industriais e elétrico se posicionaram claramente contra este caminho. Enquanto isso, o setor financeiro sugeriu a adoção de metas voluntárias, e as ongs reafirmaram a necessidade de estabelecer algum compromisso no plano, o que não aconteceu. Para conferir a íntegra do documento, clique aqui.

Por Salada Verde
16 de setembro de 2008

Colonos cariocas em livro

A experiência do colonato (trabalhadores que substituíram os escravos) com o uso da terra nas fazendas de café do Rio de Janeiro vai virar livro. A obra Vida de colono – como viviam e trabalhavam os antigos colonos da cafeicultura trajanense é fruto de um projeto de resgate e de preservação da memória dos ex-colonos, desenvolvido no assentamento rural Santo Inácio, em Trajano de Moraes, região serrana do estado. Escrito em parte pelos próprios colonos, a obra revela como se dava seu relacionamento com a natureza, em seus aspectos climáticos e ambientais, além de trazer outros dados culturais. O livro será lançado em outubro e distribuído gratuitamente em escolas e bibliotecas públicas cariocas. Também está prevista uma exposição de mais de mil fotografias, muitas feitas pelos próprios colonos, e a produção de um inventário etnobotânico que identificará mais de 140 plantas usadas tradicionalmente por eles.

Por Salada Verde
16 de setembro de 2008

Buracão na Camada de Ozônio

Quase ninguém lembra, mas hoje é Dia Internacional de Proteção da Camada de Ozônio. No entanto, pouco se tem a comemorar. Segundo a Organização Mundial de Metereologia (OMM), o buraco da camada sobre a Antártida – que costuma alcançar sua abertura máxima entre o fim de setembro e o início de outubro - já é maior do que o registrado em 2007. No último sábado (13), ele se espalhava por 27 milhões de quilômetros quadrados (Km²), enquanto a mesma abertura não tinha superado 25 milhões de Km² no ano anterior. A boa notícia é que os especialistas não acreditam que ela atingirá este ano os níveis de 2006, com 29,5 milhões de Km² e perda de Ozônio avaliada em 40 bilhões de toneladas. Segundo a OMM, se os países tomare todas as medidas de proteção à Camada de Ozônio, o rombo deve desaparecer por volta de 2075. No site da Nasa é possível conferir a mudança diária no tamanho do buraco.

Por Salada Verde
16 de setembro de 2008

Pampa patrimônio mundial

Parte do Pampa, menor bioma brasileiro e restrito ao Rio Grande do Sul, pode ser reconhecida como patrimônio mundial. A possibilidade foi aberta em reunião recente do Comitê Brasileiro para o Programa O Homem e a Biosfera, da Unesco, realizada em Brasília. Na ocasião, foi decidida a ampliação da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. Assim, parte do Pampa deve ganhar status especial, como já tem a Estação Ecológica do Taim. Ele é ameaçado pelo avanço da agropecuária, pela chegada das lavouras de eucaliptos e pela inércia dos governos em elevar sua área oficialmente protegida. O Brasil tem hoje sete reservas da biosfera, no Pantanal, Caatinga, Cerrado, Amazônia Central, Serra do Espinhaço e Mata Atlântica. As informações são do Movimento Ambiental Os Verdes, de Tapes (RS).

Por Salada Verde
16 de setembro de 2008

Sumiço de árvores em SP

A Prefeitura de São Paulo está às voltas com um “mistério” que envolve as duas principais praças do centro cidade. Desde o início do ano passado, 71 árvores das praças da Sé e da República desapareceram. A principal suspeita pelo sumiço é a subprefeitura da Sé, que, em 2005, assumiu a reforma das áreas com a obrigação de preservar e/ou transplantar árvores do local, entre elas amoreiras e jacarandás. Mais do que inusitado, o fato é um exemplo da falta de preparo das empresas responsáveis pela manutenção dos espaços públicos – não só da capital paulista – para o manejo adequado da vegetação. Caso a subprefeitura da Sé não consiga comprovar para onde transferiu as árvores, ela ficará sujeita a multa de 1 mil reais para cada exemplar sumido, além da doação de outras mudas. A assessoria da Subprefeitura da Sé disse que investigará o desaparecimento para formular sua defesa.

Por Salada Verde
15 de setembro de 2008

Muralha biológica

O muro construído pelos norte-americanos na fronteira com o México não é só uma barreira para imigrantes ilegais, mas também a várias espécies endêmicas e ameaçadas que vivem nas regiões cortadas pela divisória. Este é o resumo de um vídeo veiculado pela Sierra Club. O muro separa vários corredores por onde transitavam mamíferos, répteis e aves. Com o material, a ONG pretende chamar a atenção dos americanos para os equívocos da política de fronteira dos Estados Unidos. Além de não evitar a entrada de estrangeiros, ela é superior a todas as leis ambientais dos estados cortados pela muralha, o que facilita os crimes contra a natureza, diz a organização.

Por Salada Verde
15 de setembro de 2008