Duas centenas de canários foram apreendidos pelo governo na manhã de hoje no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP). Por volta de 50 já estavam mortos. Os animais estavam com passageiro peruano, que tentava embarcar para Portugal. Ele foi preso em flagrante e, os animais que sobreviveram, voltarão ao Peru. →
Na última segunda (22), o Ibama e Comissão Nacional de Energia Nuclear autorizam a estatal Eletronuclear a preparar o canteiro de obras de Angra 3, no litoral carioca. A construção está prevista para começar em abril de 2009. →
O Brasil consumiu 340 mil toneladas de borracha em 2007, sendo 230 mil toneladas importadas a um custo de US$ 484 milhões. Uma vergonha para a pátria das seringueiras, árvore que produz látex natural, matéria-prima da borracha. Além disso, das 110 mil toneladas produzidas aqui, apenas quatro mil vieram de comunidades extrativistas. A explicação, segundo o Ministério do Meio Ambiente, se deveem parte ao baixo preço pago pelo quilo do produto - R$ 2,70, em média. Agora, ainda conforme o governo, serão pagos R$ 3,50 pelo quilo, dentro da política de preços mínimos lançada em um pacote de incentivos do Conselho Monetário Nacional. →
Na coletiva de hoje, Carlos Minc (Meio Ambiente) comentou que posseiros e grileiros de terras na região da BR-163 estão tacando fogo na mata para tentar consolidar propriedades. Reflexos da Medida Provisória 422, publicada pelo governo em 26 de março. O texto abriu a possibilidade de “regularização”, sem licitação pública, de terras invadidas na Amazônia com até 1,5 mil hectares. Como por lá ninguém presta muita atenção em lei quando o assunto é detonar com a floresta, queimar é a forma encontrada por aqueles brasileiros para tentar ampliar suas “posses”. Como a prática é mais do que proibida e inútil, já que a ocupação da terra não pode ser recente, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, deverá fazer um pronunciamento para conter o ímpeto destruidor na região. →
Outro alerta de Minc envolveu ilegalidades em planos de manejo na Amazônia, ainda chamados de sustentáveis. Ele informou que o governo identificou um mercado paralelo de autorizações e madeiras e prometeu que os sistemas federal e estaduais para controle da circulação de produtos florestais serão integrados. →
O fogo na Serra do Amolar recrudesceu e já consumiu mais de 20 mil hectares da belíssima morraria que se ergue no Pantanal. Cerca de 35 combatentes ainda estão na linha de enfrentamento das chamas, mas a chegada de um helicóptero do Ibama, prevista para ontem, ainda não aconteceu. →
Um projeto de lei complementar formulado pela Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo (SMA) está deixando ambientalistas de cabelo em pé. Isso porque o texto propõe a criação de um Instituto Paulista de Águas para gerenciar o que hoje está nas mãos das Agências de Bacias, instâncias executivas dos Comitês de Bacias Hidrográficas, com formação tripartite. Se aprovado, o projeto excluirá a sociedade civil das decisões, que ficarão concentradas nas mãos do poder estadual, argumentam os ambientalistas. Várias cidades já discutem o assunto e começam a pipocar ações contra o projeto de lei, como um abaixo-assinado criado por entidades ambientalistas e que será enviado ao governador José Serra. Atualmente, possuem agências tripartites as bacias das regiões hidrográficas do Médio-Tietê/Sorocaba, do Alto Tietê, Paraíba do Sul e Piracicaba, Capivari e Jundiaí. →
A primeira reunião para se discutir a criação do Instituto Paulista das Águas aconteceu na última sexta (19), entre SMA e Secretaria Estadual de Saneamento e Energia. Segundo notícia da SMA, o órgão visa “aprimorar” a gestão das águas no estado. “A nova instituição, que ficará vinculada a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, não executará obras ou outras intervenções estruturais, devendo se concentrar no processo de emissão de outorgas, de regulação, inclusive fiscalização e monitoramento, e da cobrança pelo uso da água". Até o final de outubro a minuta do projeto deve estar pronta. →
Bioma perdeu 18,9 mil Km2 entre 2003 e 2007. Governo, ongs e universidade fecharão acordo para o seu monitoramento. Sistema começa a ser implementado daqui a três meses. →
A época da seca no Pantanal encaminha-se para o fim e até agora analistas do Ibama de Mato Grosso não foram liberados para realizar o censo de aves aquáticas, que acontece há pelo menos dois anos. No início e no meio do ano, equipes da Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Mato Grosso e do Ibama costumam passar uma semana no Pantanal para fazer a contagem, que nasceu em caráter voluntário e permite estudar não apenas a migração das aves que freqüentam o bioma, como a saúde das espécies e áreas cotadas como prioritárias para conservação. Este ano, todavia, o trabalho não foi levado tão a sério. As chuvas estão vindo aí e até agora os servidores não receberam diárias para irem a campo na estiagem. →
