Proteção privada

Durante o evento, em Petrópolis, será assinada, ainda, uma instrução normativa para melhorar a condução de turistas pelas unidades de conservação de proteção integral do país. Para completar o fim de semana, a Mata Atlântica ganha cerca de sete mil hectares de áreas protegidas com a criação de sete Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs): Bom Sossego; Nossa Senhora Aparecida; Tanguá e Rogério Marinho (RJ); Cachoeira Alta (ES); Conjunto Outeiros do Córrego Grande (BA) e Emílio Einsfeld Filho (SC).

Por Salada Verde
12 de setembro de 2008

De costas ao Cerrado

Ontem foi Dia do Cerrado, mas o governo conseguiu apenas repetir que esse e outros biomas terão monitoramento por satélite nos próximos anos. Se ainda houver o que monitorar, além de boi e soja. O Cerrado, conforme várias entidades civis, amarga taxas anuais de desmatamento que fazem inveja à vedete Amazônia, única já monitorada. A cegueira eletrônica contribui para o problema, bem como a inércia governista em elevar sua minguada área protegida. Das unidades de conservação que dormitam na Casa Civil, pouco se espera para o bioma. A última unidade de conservação foi criada na região em 2005. Coisa rara, como mostrou O Eco.

Por Salada Verde
12 de setembro de 2008

Injeção de orçamento

Diante de uma platéia de pesquisadores, jornalistas, militantes de ONGs e lideranças locais de Mato Grosso preocupadas com a contribuição do estado para o aquecimento global, Luis Henrique Daldegan, secretário de meio ambiente de Blairo Maggi, afirmou ontem que, de 2005 a 2008, o orçamento da pasta aumentou 198%. O estado diminuiu em números absolutos o desmatamento nesse período, mas os índices de ilegalidade nas derrubadas ainda mora na casa dos 80%.

Por Salada Verde
12 de setembro de 2008

Mais um órgão

Frente à falta de vontade política e de capacidade do Incra para regularizar terras na Amazônia, o governo anuncia agora que criará mais um órgão para tentar dar um fim a esse problema histórico. O acerto aconteceu ontem, durante reunião entre Lula e os ministros Dilma Roussef (Casa Civil), Carlos Minc (Meio Ambiente), Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos), Guido Mantega (Fazenda) e Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário), além de dirigentes dos nove estados da Amazônia Legal. Também devem ser publicadas leis e normativas para desatar o vergonhoso nó.

Por Salada Verde
12 de setembro de 2008

Encanto sustentável

Quem quiser partir da teoria para práticas mais sustentáveis deve visitar o Parque Nacional de Brasília (Água Mineral) nesse fim de semana. A Associação Novo Encanto de Desenvolvimento Ecológico e parceiros organizaram um evento para difundir temas como agroflorestas, permacultura, atitudes familiares, artesanato, roupas e afins. Mais informações e inscrições aqui.

Por Salada Verde
12 de setembro de 2008

Aí tem

Ministérios do Meio Ambiente, da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e Casa Civil estão revisando o texto recém lançado da nova Lei de Crimes Ambientais. A pressão ruralista para abrandar as sanções e prazos para regularização de terras é enorme. O meio ambiente vai perder mais uma?

Por Salada Verde
12 de setembro de 2008

Plano climático adiado

O plano nacional sobre mudanças do clima não será mais lançado dia 22. Nessa data o documento será apenas colocado em consulta pública, por pelo menos trinta dias. A idéia é de que o arrazoado seja finalmente apresentado por Lula antes da COP-14, que acontecerá na Polônia, em dezembro. O presidente, aliás, não deu as caras no encontro de hoje, no Palácio do Planalto.

Por Salada Verde
11 de setembro de 2008

Atropelo à moda mineira

Presidente do Ibama Roberto Messias Franco admitiu que licença de instalação para a Usina de Santo Antônio (RO) contrariou parecer de sua própria equipe, que foi negativo em relação ao licenciamento.

Por Salada Verde
11 de setembro de 2008

Desrespeito técnico

Conforme a consultora Telma Monteiro, a serviço da Associação Kanindé, a nota dos técnicos do Ibama é mais do que clara ao apontar uma série de problemas sociais e ambientais com a continuidade do empreendimento nos parâmetros governistas. Grandes dificuldades com sedimentação, malária, mercúrio e impactos em populações ribeirinhas ou indígenas (inclusive isoladas) fazem parte do coquetel do chamado Complexo do Madeira. Além disso, as condicionantes para a licença prévia não foram cumpridas, acabaram jogadas para a licença de instalação.

Por Salada Verde
11 de setembro de 2008

Estudos precários

Aos órgãos federais de Saúde faltam gente e dinheiro para combater os mosquitos transmissores da malária. Audiências públicas só ocorreram na capital Porto Velho, enquanto as ONGs apontam impactos a centenas de quilômetros, adentrando terras bolivianas. Aliás, o governo de lá enviou carta a Roberto Messias questionando esse problema. O Ibama prometeu responder, em conjunto com o Ministério das Relações Exteriores. O desmatamento, as linhas de transmissão e as migrações humanas provocadas pelas obras no Madeira também não foram contempladas em qualquer estudo. “E outras questões técnicas foram abordadas de forma rasa”, reclama Roberto Smeraldi, da Amigos da Terra.

Por Salada Verde
11 de setembro de 2008