Chapa quente

O clima só faz esquentar quando o assunto são as usinas no Rio Madeira, maior afluente do Amazonas. Enquanto as obras estão a um passo de serem “judicializadas” pelo Ministério Público Federal, outros órgãos de governo vêm dando sinal verde ao curioso processo. A batata só faz esquentar na mão do Ibama, principalmente para suas chefias. Já a equipe técnica do órgão ambiental não recomenda a emissão da Licença de Instalação para a Usina de Santo Antônio. Isso tupo pode melar o PAC – Programa de Aceleração do Crescimento e outros planos políticos governistas.

Por Salada Verde
3 de setembro de 2008

Geoglifos

A última edição da revista Science traz bela reportagem sobre “geoglifos” na Amazônia – marcas irrefutáveis da ocupação humana ancestral na região. A descoberta não é exatamente nova, mas os estudos foram aprofundados e revelam complexas estruturas culturais e construções usadas, por exemplo, para enfrentar as cheias de cada ano. Algumas linhas são tão impressionantes quanto as de Nazca, no litoral peruano. Para ler a matéria (em inglês), clique aqui

Por Salada Verde
3 de setembro de 2008

Fontes renováveis em estudo

Enquanto o próximo grande relatório de avaliação da crise ambiental não chega - o último saiu no primeiro semestre do ano passado - o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) direciona seus esforços para outras áreas. De acordo com Roberto Schaeffer, engenheiro da Coppe-UFRJ e membro do IPCC, há poucos meses ficou decidido que um novo documento especial será elaborado: Fontes Alternativas de Energia. A previsão é de que o estudo fique pronto em três anos. Antes disso, porém, será necessário escolher os cientistas que irão participar de seu desenvolvimento. Os países já enviaram os nomes propostos. “Provavelmente do Brasil serão uns cinco ou seis”, diz Schaeffer.

Por Salada Verde
2 de setembro de 2008

Tecnologia para salvar o planeta

A Sociedade Real de Londres está realista: os esforços para combater o aquecimento global assumidos pelos países não são suficientes. Assumindo o possível fracasso da humanidade em reduzir as emissões de gases estufa, a instituição científica lança no final deste ano um documento que traz as possibilidades de salvar o planeta com uma re-engenharia. No texto, há propostas de fertilizar os oceanos com ferro para seqüestrar maior quantidade de carbono ou produzir nuvens com amplo potencial de reflexão da energia proveninente do sol. Mas, como escreve Steve Connor, editor de ciência do The Independent, a alternativa mais radical será injetar partículas de sulfato no ar para simular explosões vulcânicas. Com isso, a luz solar seria cortada e a temperatura da Terra diminuiria.

Por Salada Verde
2 de setembro de 2008

A maior reserva marinha do planeta

Por incrível que pareça, o presidente George W. Bush declarou em público que pretende criar a maior reserva marinha do planeta. O lugar escolhido para receber o status de monumento natural é um arquipélago norte-americano com cerca de 15 ilhas conhecido como Mariana. A área total do espaço a ser conservado é do tamanho dos estados do Texas e Alasca (o maior dos Estados Unidos) juntos e abriga territórios conhecidos, como o Recife de Kingman e o Atol Palmyra. Mas, dizem os ambientalistas, a proteção do santuário só estará completa se for proibida a pesca e outras atividades econômicas. Clique aqui para ver fotos no site da National Geographic.

Por Salada Verde
2 de setembro de 2008

Novas bases para as mudanças climáticas

Os projetos de lei que tramitam no congresso e que sustentarão a política brasileira de mudanças climáticas são muito “generalistas”. Esta é a opinião da Fundação Getúlio Vargas e mais oito organizações não-governamentais e entidades ambientalistas que há alguns meses elaboram um documento mais detalhado sobre o assunto. O texto preliminar do trabalho foi lançado oficialmente na tarde da segunda-feira, em São Paulo.

Por Salada Verde
2 de setembro de 2008

Participação popular

Entre as sugestões feitas está a determinação de prazos para fixação das obrigações de cada setor, separados – segundo critérios das entidades formuladoras do texto – em energia, transporte, doméstico, industrial, setor público, agropecuária, florestas e uso do solo, resíduos, construção civil e saúde. A idéia das entidades é abrir espaço para a participação do público através do Observatório do Clima, onde há espaço para fórum de debates e sugestão de modificações no trabalho.

Por Salada Verde
2 de setembro de 2008

Documento ainda precisa de revisões

Segundo representantes de organizações presentes na consulta pública, o documento ainda está longe do ideal e ainda há muita coisa a ser revista. Entre os pontos questionados está a ausência de ações de mitigação e adaptação para os ecossistemas costeiros. O primeiro prazo para recebimento das sugestões é 22 de setembro. Em outubro serão realizadas novas consultas públicas no Rio de Janeiro e em Brasília e o documento será novamente aberto para recebimento de sugestões de mudanças. Segundo Rachel Biderman, do Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV, o texto final deverá ser levado ao Congresso Nacional no dia 26 de novembro.

Por Salada Verde
2 de setembro de 2008

A conservação fica para depois

Brasília continua sendo mais importante que as unidades de conservação. O governo remanejou 52 pessoas do Ibama para o MMA. A passagem de gente para o ICMBio segue na gaveta.

Por Salada Verde
2 de setembro de 2008

Fato consumado

Cerca de 180 índios de cinco etnias estão reunidos em Juína (MT) para discutir os valores e a aplicação dos recursos financeiros de compensação ambiental referentes a oito pequenas centrais hidrelétricas (PCH) com obras autorizadas no alto rio Juruena. O complexo de usinas, cujo processo de licenciamento ambiental foi duramente questionado pelo Ministério Público Federal, prevê ainda a construção de duas usinas hidrelétricas e uma PCH com lago de quase 300 hectares, mas a compensação destas está fora de discussão por enquanto.

Por Salada Verde
2 de setembro de 2008