Já que no primeiro dia apresentei nossa ‘atriz principal’, creio que seja pertinente mostrar o resto do elenco. O CENAP é um centro de pesquisa do ICMBio, responsável pela produção de inúmeras expedições científicas, monitoramento e estratégias para conservação dos carnívoros brasileiros. Tarefa nada fácil para os biólogos e veterinários que trabalham no Centro, cuja trajetória profissional ultrapassa duas décadas de dedicação à ciência. Afinal, se conservar ‘animais dóceis’ como tartarugas, macacos e um sem numero de aves já não é fácil num país que de um modo geral visa desenvolvimento econômico e progresso a qualquer custo, imagine conservar onças malfadadas por alguns pecuaristas, ou raposas e lobos odiados por sitiantes com suas galinhas. Nem preciso dizer o quanto estes pesquisadores batalham por esclarecer que o problema da pecuária extensiva está longe de ser uma onça que eventualmente se alimenta do gado, ou então as galinhas que desaparecem na boca de um cachorro domestico qualquer, onde as raposas e lobos levam a culpa.
Enfim, o fato é que o trabalho que estou agora documentando está sendo realizado por pesquisadores que estão na estrada da conservação há duas décadas ou mais, e que eu tenho a honra de conhecer e documentar suas pesquisas durante todo este tempo, e posso dizer com conhecimento de causa que o trabalho é realmente sério. Ou então, jamais usaria a fotografia, algo tão sagrado pra mim, como ferramenta para divulgar o que não acredito.
Como ainda não conseguimos satisfazer nossa ansiedade cada vez maior (e espero que vocês estejam tão ansiosos quanto nós) compartilho agora um pouco deste maravilhoso cenário ‘cenográfico’, enquanto me preparo para uma nova checagem que acontecerá daqui uns minutos.
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Leia dos relatos dos dias 01 e 02 da expedição a Taiamã, a terra das onças
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Vitória-régias flutuam nas águas do Rio Paraguai.
Um imponente Tachã sempre avisa a todos, sobre todos.
Camalotes imperam nas águas das baías.
Jacaré do Pantanal e seu velho olhar de soslaio…
Frango d’agua pequeno.
Nem mesmo as capivaras escapam da ‘sem-vergonhice’ das mutucas.
O exótico Arapapa impõe seu penacho num curioso display.
Uma tranqüila ariranha pesca durante vários minutos à nossa frente.
