Análises

De quase herói a quase bandido: como não salvar um filhote de harpia

Decisão emocional expõe biólogo a martírio pela Amazônia e pela burocracia ambiental, dos quais ele só preserva os seus ideais

Everton Miranda ·
26 de março de 2018 · 7 anos atrás
Filhote de harpia no ninho em Cotriguaçu, MT. Foto: Acervo pessoal.

Cotriguaçu, março de 2018 — Durante os últimos anos, eu tive muitos encontros com a harpia – a maior águia do mundo. Encontros com jovens harpias buscando incertas o controle sobre suas asas no dossel da Amazônia, com o perfil majestoso de uma harpia adulta numa árvore gigante. Com as sombras assustadoras de harpias preocupadas com o biólogo que escala seu ninho, ou com filhotes brancos, frágeis, cobertos de penugem em ninhos gigantescos e inacessíveis. Pois em um dia comum, um desses pequenos filhotes nasceu no alto de uma árvore gigante da Amazônia. Três meses depois, ele estava morto na mesa metálica de um veterinário. Essa crônica é sobre o que aconteceu entre esses dois eventos.

Entre as harpias

“Quando superei ligeiramente a altura do ninho, ainda girando, vi de relance aquela criatura enorme despencar do galho em que estava e abrir suas asas – de até 2,2 metros de envergadura. Estava sendo atacado”.

Ver um desses pequenos filhotes brancos na natureza é privilégio de poucos. Exige sorte, um pendor por altura, licenças oficiais e uma boa dose de coragem. A vista dos ninhos descortina o horizonte amazônico de maneira a entrar para a lista das “melhores coisas do mundo” de qualquer biólogo. Os adultos, contudo, não ficam felizes em receber visitantes em seus ninhos, pelo contrário. Ninhos de harpia costumam estar localizados em árvores gigantes, na primeira forquilha, ampla o suficiente para acomodar o ninho, que pode chegar a 2,7 metros de diâmetro. Essas árvores têm entre 40 e 50 metros de altura. Os ninhos ficam por volta de 30 metros – um prédio de dez andares. Subi-los faz parte da minha rotina de pesquisador.

Certa vez, subindo um desses ninhos uma mãe harpia estava vocalizando insistentemente (ouça e arrepie-se, por sua conta e risco). As harpias fêmeas sempre são maiores do que os machos. O procedimento padrão nessas ocasiões, em que não sabemos em qual fase do ciclo reprodutivo as harpias estão, é escalar uma árvore paralela ao ninho e checá-lo. Faz-se assim para evitar estresse desnecessário aos animais em fases delicadas de suas vidas, como quando estão aquecendo e protegendo os ovos e o filhote pequeno. Infelizmente, nessa ocasião, não havia nenhuma árvore tão alta quanto a castanheira que abrigava o ninho. Subindo a árvore gigante, percebi que a fêmea, irritada pela minha presença, não parava de me fitar.

Subi até dois terços da altura do ninho, cerca de 20 metros do chão, quando rompi o dossel da floresta. Em meio a claridade ofuscante, vi a harpia voar da árvore do ninho e pousar outra próxima. Nessa altura, sem nada em que pudesse me apoiar por ter superado todos os galhos do dossel, comecei a girar pendurado pela corda. Continuei subindo, notando que a harpia continuava atenta a minha presença. Quando superei ligeiramente a altura do ninho, ainda girando, vi de relance aquela criatura enorme despencar do galho em que estava e abrir suas asas – de até 2,2 metros de envergadura. Estava sendo atacado. Durante um milésimo de clareza, enrosquei os pés no outro lado da corda e girei na direção da águia. Como previsto, a harpia mudou de direção nos últimos metros, lançando um sopro de seu desagradável odor de carniça na minha direção. Só então percebi que já estava alto o bastante para ver o filhote, frágil e desengonçado, do tamanho de uma galinha. Pequeno, mas grande o suficiente para tolerar a instalação das câmeras e nosso (necessário) distúrbio desse lugar sagrado que é um ninho de harpia.

Uma mensagem fatídica

“Partindo da sede do meu projeto (…) me dirijo ao resgate de uma harpia. Para perder a cabeça e encontrar a alma”

Num dia normal de trabalho no escritório, recebo uma mensagem no celular. Um Secretário de Meio Ambiente informa que um filhote de harpia caiu do ninho, em um município que fica a 200 km da sede do nosso projeto. Após breve ponderação, explico que não posso ajudar e recomendo procurar a SEMA, o IBAMA, o diabo. Um filhote de harpia leva 30-36 meses para se tornar independente, não quero uma treta dessas no meu colo. Os custos de construir um recinto de soltura são altos, e eu não ia enfiar o bicho num banheiro, como certos biólogos famigerados. Para não falar das licenças, do custo de alimentar a fera, e da experiência necessária no processo de reintrodução (que eu não tenho). Outras mensagens continuam a chegar ao celular, afinal trabalho com harpias na região há dois anos e meu celular está disponível em inúmeros cartazes com foto de harpia por aí. Abafo o coração de biólogo, lembrando que conservação se faz na escala populacional, de preferência prevenindo a perda de habitat. O indivíduo importa menos.

Mas, mas e se… Faço uma, duas, três, quatro ligações para amigos, parceiros, e outros contatos da conservação. Mudo de ideia. Estou a caminho. Partindo da sede do meu projeto, a ONF Brasil – braço da estatal francesa que trabalha com sequestro de carbono no Arco do Desmatamento – me dirijo ao resgate de uma harpia. Para perder a cabeça e encontrar a alma.

A viagem

“A harpia, um filhote macho de cerca de três meses de idade, está nas condições mais abjetas. O filhote estava sendo alimentado com vísceras de galinha, bebendo água contaminada pelas próprias fezes”.

Contrato um motorista para me acompanhar no volante. É o seu Esmeraldo, ou Aldo para os amigos. Fora um derrame que deixou metade do seu corpo semiparalisada, ele é um motorista normal. Outros compromissos nos fazem ir parando pelo caminho: coloco pôsteres e distribuo panfletos em cooperativas de castanheiros, anunciando recompensa a qualquer pessoa que possa indicar a localização de um ninho. Ato contínuo, checo rumores de supostos novos ninhos de harpia. Um em cada cinco é real. Chegando na cidade onde o filhote supostamente havia caído do ninho, vou procurar quem possa me informar a localização exata do lugar. Chego ao seu Guiomar, um guia turístico de língua solta. De cara, descubro o tamanho da treta: o ninho não fica nas imediações da cidade, como me foi informado, e sim num dos locais mais isolados do estado de Mato Grosso: a Serra do Cachimbo.  Próximo ao Parque Estadual do Cristalino e da famosa base militar de mesmo nome. Em seguida, pomos o pé na estrada. Após quatro cansativas horas, algumas balsas e crateras insuspeitas, chegamos a sede do município onde está o filhote de harpia que caiu do ninho. Decido que é melhor dormirmos lá e sairmos de manhã na direção do distrito onde está o animal. Nenhum hotel na cidade tem vagas. Felizmente, nosso bem-relacionado guia, Guiomar, é amigo pessoal do Secretário de Cultura do município, que tem uma casa grande e pode nos receber. Acordamos com as primeiras luzes e saímos para mais 200 km até chegar ao filhote. São 200 km de Amazônia incinerada. Décadas depois de escritas, as palavras de Drummond sobre a Mata Atlântica ecoam verdadeiras na Amazônia: “De cada cem árvores antigas, restam cinco testemunhas acusando o inflexível carrasco secular. Restam cinco, não mais. Resta o fantasma da orgulhosa floresta primitiva”.

Floresta carbonizada, filhote enjaulado

Após mais quatro horas de viagem sobre as terríveis estradas pela qual passa a assombrosa produção agropecuária do Mato Grosso, chegamos ao local. A harpia, um filhote macho de cerca de três meses de idade, está nas condições mais abjetas. O filhote estava sendo alimentado com vísceras de galinha, bebendo água contaminada pelas próprias fezes, na casinha de cachorro que ficava dentro de um galinheiro. Sabendo das diversas doenças que galinhas podem transmitir a aves selvagens, temo pelo futuro do filhote.

Harpia trazendo alimento para o filhote no ninho em Cotriguaçu, MT. Foto : Acervo pessoal.

Me dirijo até a floresta onde estava o ninho, de forma que eu possa colher a coordenada geográfica. Também pretendo avaliar a possibilidade de devolver o filhote ao ninho, escalando a árvore. Por fim, quero conversar com os locais, explicar que as harpias nidificam na mesma árvore durante muitas décadas, e que eles precisam cuidar desse lugar para que elas voltem.

Junto à empresa de ecoturismo SouthWild estamos desenvolvendo uma estratégia de conservação que envolve levar turistas aos ninhos de harpia, com pagamento de uma contrapartida direta ao dono da área, adicionando um valor concreto e palpável à conservação da floresta amazônica. Pretendemos, com isso, copiar o estrondoso sucesso econômico e ambiental do turismo de onça no pantanal. Chegando ao lugar, percebo que a floresta é uma mentira que meu coração esfomeado engoliu. A área foi carbonizada há semanas para dar espaço ao pasto que vai alimentar os bois da Amazônia. Os “donos” da área grilada sabiam do ninho, o que não mudou em nada a sanha piromaníaca que acompanha a civilização brasileira há 500 anos. Picaram o sub-bosque, esperaram secar e atearam fogo. A esposa do “dono” me acompanha até a árvore onde o ninho estava, reclamando, no caminho, que uma anta está comendo todas as mudas de melancia que ela plantou. Minha educação não é um primor: “Minha senhora, a anta não vai comer carvão. Você queimou a mata, quer que a anta coma o quê?”.  Meio destemperada, a senhora tenta me agradar. Explica que vai tentar amansar a tal anta e prender ela no chiqueiro com os porcos, por que é um animal muito lindo e ela não permite que o marido mate, tal qual era o caso da harpia. A árvore do ninho não foi derrubada antes do incêndio pelo ímpeto conservacionista da nobre senhora.

A volta

Retornamos à casinha de cachorro para pegar o filhote. Alguns segundos antes, me dou conta de que nunca fiz isso na vida. Embora já tenha capturado algumas dezenas de sucuris e uma dúzia de felinos, de jaguatiricas a onças, nunca encostei a mão numa ave de rapina antes. Não parece uma boa ideia começar pela maior do mundo. Peço uma toalha e uma vassoura emprestadas. Ao abrir a porta da casinha de cachorro, procuro por Aldo e Guiomar para obter algum apoio moral, afinal os dois têm até agora estado sobre os meus ombros como papagaios de pirata. Mas, nem sinal dos companheiros.

Consigo transferir o bicho para caixa transportadora sem ser trespassado pelas garras de 10 cm de comprimento. Colocamos a harpia no carro e se inicia a viagem de volta para a ONF Brasil. Recebo, durante o caminho, a notícia de que o recinto onde o animal seria reabilitado ainda não foi construído. Os motivos são uma pilha de desculpas indesculpáveis. A lei de Murphy me vem à mente: se alguma coisa pode dar errado, vai dar errado.

Harpia resgatada logo após ser colocada na caixa de transporte. Foto: acervo pessoal.

Algo apressados, precisamos pegar a última balsa sobre o Rio Juruena para chegar a sede da ONF Brasil, a Fazenda São Nicolau. Não obstante, fura um pneu. Qualquer chance de chegarmos a tempo escorre pelo ralo. Ligo para colegas na ONF Brasil e verifico a possibilidade de me pegarem do lado de lá da balsa. Chegando no porto, me despeço de seu Aldo, e com a harpia dentro da caixa, me dirijo a uma pequena festa de pescadores. Naturalmente, ninguém está sóbrio. Pergunto se algum deles se interessaria em me levar ao outro lado do rio, o que não é uma tarefa trivial durante a noite. Acerto os valores com o menos bêbado entre eles, que mesmo assim abasteceu o barco com gasolina, segurando um cigarro aceso. Durante os quatro quilômetros de travessia sobre o poderoso rio Juruena, o pescador tira o cigarro da boca e calmamente me explica: você não quer me contar, mas eu sei que tem uma jaguatirica nessa caixa. O céu sem nuvens é puro e vital. Chegando a outra margem, começo a longa espera pela chegada do resgate. Três horas e quinze minutos de espera, o único acontecimento é o princípio de uma leve chuva. Ponho a caixa de transporte no ombro e começo a caminhada de 3.5 km até a sede da ONF Brasil. Caminhando na chuva com uma harpia no ombro, me pergunto se Murphy não elaborou, na verdade, um mantra.

Sem autorização para fazer o bem

Chegando em casa, novos problemas afloram: primeiro, onde colocar a harpia? Já que o recinto não foi construído, coloco a harpia no banheiro, como jurei que não faria.  Lembro que tenho uma irara no congelador, que vira a primeira refeição decente da harpia em três semanas, consumida com avidez (Não me pergunte por que eu tenho uma irara no congelador. Acontece com qualquer biólogo.) No dia seguinte, pela manhã, faço ligações enfurecidas para os pedreiros, e entrego na mão deles a planta baixa do recinto usado pelo The Peregrine Fund para um projeto de reintrodução na América Central. O recinto para reabilitação e soltura fica pronto no final do mesmo dia.

Harpia resgatada logo após a soltura no recinto de aclimatação. Foto : Thiago Kasseny.

Aí começa uma parte excelente de ser biólogo no Brasil: os mesmos órgãos que inicialmente procuravam colaboração para salvar o animal, agora querem saber se tenho licença para manter harpias em cativeiro. No país onde alimentar passarinhos é crime, sou instruído a encaminhar o animal para um veterinário, a não menos que 500 km de distância, sob pena de cassação da minha licença, caso insista no contrário. Subitamente, eu passo a ter algo a perder.

Após ligações calorosas para diversos burocratas, movo a logística necessária para o transporte do filhote até um veterinário, a toque de caixa. Os parceiros se convertem em adversários e falham em reconhecer o mais básico – de qual lado está o gol. O filhote de harpia para de comer, e morre após três dias de alimentação forçada.

O fim

Minha primeira tentativa de resgatar uma harpia foi malsucedida. Como conservacionista, eu faço parte de um campo de trabalho onde a pressão pelo sucesso é constante. Mas a falha, por mais frustrante que seja, sempre te deixa um pouco mais próximo da solução. Nesse resgate malsucedido, aprendi que não existem soluções simples para problemas complexos. Como cientista, aprendi que colocar o coração na frente das coisas nem sempre é a melhor estratégia. Mantenho a coragem de pensar que existe um futuro para as harpias no Arco do Desmatamento. Regulo essa coragem com a fome de ser um dos executores desse futuro.  De um futuro onde as pessoas sejam reconhecidas não só pelo que construíram, mas pelo que se recusaram a destruir.

 

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  • Everton Miranda

    Biólogo e doutorando, admirador das feras soberbas da natureza, que acredita em cadeia alimentar de poder e glória.

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Comentários 26

  1. Guilher diz:

    Por que a Harpia não é o Símbolo do Brasil? Por que será ein?


  2. Milano diz:

    Excelente texto, história emocionante, tragédia real! De arrepiar o som da harpia e o relato como um todo – real, já vivi dessas experiências várias vezes, possivelmente muitas mesmo nos 40 anos de vida profissional conservacionista, mas poucas vezes com relatos possíveis tão dramáticos.
    Christine, não é piegas chorar pelo que chorou! Fabio, não é pouco se indignar como se indignou. Erick, também é procedente a sua a crítica aos acadêmicos que só geram currículo e pouca ou nenhuma conservação. Mas, o que interessa mesmo, aqui é "até quando deixaremos o rabo abanar o cachorro?" como tem sido o padrão no nosso país. Não que simplesmente os fins justifiquem os meios, mas quando os meios só inviabilizam os fins, a gente tem de agir e reagir!
    Então, nada de desistir! Everton, deixe seu coração agir sim! Sem esquecer a razão e o que deu errado desta vez, inclusive a burocracia maldita e seus operadores, se for necessário de novo, vá em frente, mas então não deixe que eles te atrapalhem! Como se diz popularmente, não dê chance para o azar! E siga relatando como relatou aqui. No mínimo você ajuda a fazer nascer novos conservacionistas, ajuda a forjar o caráter de outros, assim como pode ajudar a mudar regras idiotas …
    De minha parte, tendo sido um dos criadores anônimos de O Eco, tendo sido um dos financiadores (institucionais) mais constantes e longevos, tendo sido conselheiro e sendo eventual colunista, fico muito feliz e realizado com textos como o seu – eles fazem a diferença e fazem ter valido a pena todos os percalços que já passamos no Eco para tê-lo em pé fazendo a diferença. Inclusive com as polêmicas e o contraditório! Mas O Eco é O Eco e existe para defender a conservação; O Eco tem lado, como disse seu criador e eterno inspirador Marcos Sá Correa, e o seu lado é lado da natureza (o que é bem claro no seu relato Everton).


  3. Fabio diz:

    Entre a Southwild e quem mata uma harpia por ter fetiches por carimbos e formulários é fácil descobrir quem realmente está preocupado em conservar os bichos.


  4. Francisco Mendes diz:

    Causa Mortis: Burocratite causada por alguém que acha que carimbos e formulários são mais importantes que a vida de uma harpia.
    E não pagará por isso


  5. Mara Silva diz:

    Excelente texto, Everton! Mesmo com um final triste, é um relato sincero e por vezes cômico de todo o processo de como é ser um conservacionista no Brasil. Desde onde você tem que residir para conseguir trabalhar, os percalços, limitações, ameaças, inconsistências burocráticas e políticas… todas as dificuldades que estão longe de ser aquela história bonita que a gente vê na TV. Continue firme na sua luta pelas harpias!


  6. Emily diz:

    Como diz um grande biólogo que conheço, totalmente excelente!! Importantíssimo que alcance o maior número de pessoas possível, espero contribuir.


  7. Alvarenga diz:

    Talvez se tivesse levado a solução para o local teria salvado-a e ficaria longe desse final triste. Sugiro o filme Brothers in the win….com Jean Remo.


  8. Fanfic diz:

    O autor bem que poderia ser escritor, com essa capacidade criativa.


  9. paulo diz:

    Muito bom, seu relato. mostrar a realidade.


  10. Jessica Mudrek diz:

    Que texto fantástico! Viajei junto com você… Ri ao saber dos barqueiros bêbados, senti indignação por conta da burocracia e chorei com o desfecho. Mas acima de tudo fiquei feliz com tua decisão de ajudar esse filhote. Admiro seu trabalho e imagino quanto deve ser difícil. Parabéns Everton!


  11. Marcos J de Oliveira diz:

    Everton parabéns pela coragem de subir no ninho da aguia!!! Infelizmente o filhote, ao meu ver com idade aproximada de 30 dias, poderia ter levado diretamente a um veterinário com experiencia em animais silvestres, é claro, porque provavelmente este filhote deve ter sofrido traumas pela queda da árvore. Grande abraço,


  12. Saulo diz:

    Muito bem descrito, me fez estar junto na missão por alguns instantes. Parabéns por ter levantado da cadeira e enfrentado as adversidades sem calcular dificuldade, pela vida.
    Pra mim é uma honra aprender e trabalhar com você.


  13. Andrea Ferrari diz:

    Fator de impacto 1000 para este texto! Li e reli…parabéns!


  14. joao sergio diz:

    Excelente texto e parabéns pela dedicação em preservar nossas harpias!


    1. Carlos diz:

      Excelente parceiro. Neste país, as coisas são ou proibidas ou compulsórias; nada fica por conta do cidadão. A ONG cevou onças (fez muito bem; espero que continue) para atrair turistas estrangeiros. Mas no Brasil, até dar quirera pra passarinho pode ser proibido (veja link para o artigo de F. Olmos).

      Vamos ver até onde vai essa tentativa de turismo para observação de harpias… Espero que as autoridades governamentais não metam a pata novamente.


  15. Thaíssa diz:

    Texto de arrepiar! Apesar do triste desfecho, a falha também compõe um aprendizado e a esperança por resultados mais felizes para situações como esta. Parabéns pela iniciativa e pela luta incessante em prol da conservação!


  16. Fabio diz:

    Espetacular, Everton. Precisamos de mais artigos como esse.
    Os burrocratas dos órgãos ambientais podem se abraçar com os agro-pirômanos como os grandes inimigos do meio ambiente.
    E pagamos esses FDPs para isso


    1. Erick Road Estrada diz:

      Também pagamos pesquisadores que, do alto de suas cátedras universitárias ou de ONGs financiadas pelo governo, não fazem qualquer coisa de concreto para a conservação além de aumentar Curricula e vender conservação via greenwashing para empresas poluidoras. Generalização tosca, meu caro. Há gente ruim na academia e na pesquisa e há gente ruim no governo.


  17. Caroline Castro diz:

    Foi corajoso mesmo!!!!!!!! As vezes não é certo nem errado,apenas temos que fazer. Vamos em frente!


  18. Angela Kuczach diz:

    Soberbo! Um dos melhores artigos que li até hoje aqui no Eco e o que descreveu com mais precisão o que é ser um biólogo da conservação. Parabéns Everton! Sorte, resiliência, coragem e sucesso pra vc.


    1. Everardo diz:

      Não necessariamente precisa ser o Indiana Jones pra ser biólogo. Às vezes, a caneta faz mais pela conservação.


  19. Christine diz:

    Everton, excelente seu texto! Pode parecer piegas, mas chorei, ri e me indignei durante estes minutos de leitura. Realmente, a falha é tão importante quanto o sucesso. Que bom que a reportou, poucos tem a coragem de fazer isso. Que esta falha una todos os envolvidos para evitar os mesmos erros na próxima vez. Espero que todos os envolvidos tenham maturidade para tirar uma lição disso, e preencham cada vez mais as (muitas) lacunas que apontou. PS: Murphy também adora ser meu assistente de campo. Achei que era só comigo, mas pelo visto ele também capricha quando está na sua companhia.


  20. Sousa santos diz:

    Esse é o Brasil da inversão de valores . Grileiros de terra financiados e com apoio de políticos canalhas .
    Conservacionistas sem dinheiro , sem apoio , entulhados de papelada e perseguidos por políticos ruralistas .
    Triste Brasil sem futuro.


  21. Rafa F-Barbieri diz:

    Aprendemos que o importante é a população. Mas isso é teoria dos tempos em que a extinção não assombrava tanto. Indivíduos, hoje, importam sim. Obrigado pela tentativa.


  22. José diz:

    Muito bom! Nada se compara a estar vivo, né?