Invasão no Parna de Brasília
Na última semana, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) botou abaixo, pela terceira vez, uma mesma construção ilegal dentro do Parque Nacional de Brasília, próxima ao bairro Colorado, no Distrito Federal. Algum responsável pelo crime, obviamente, não foi encontrado. Está sendo feito um levantamento sobre todas as casas construídas dentro e no entorno do parque. Conforme admite o ICMBio, "pela proximidade da área urbana, o parque sofre pressões de todo tipo, principalmente ocupações ilegais, o que exige vigilância constante dos fiscais". Problemas como esse serão resolvidos com mais fiscalização e infra-estrutura. Dinheiro para tais medidas pode vir da cobrança pelos serviços ambientais prestados pelo parque, como mostrou O Eco, mas uma decisão nesse sentido amarga nove anos de atraso. →
Renascimento coralino
Reportagem publicada esta semana pelo britânico The Guardian a conta sobre a espetacular recuperação de corais na Austrália após sofrerem um grande "branqueamento", há cerca de três anos, provocado pela elevação da temperatura da água. Conforme pesquisadores da Universidade de Queensland, a própria biodiversidade colarina local ajudou na recomposição das formações afetadas. Mas problemas como branqueamento podem ganhar força com o aquecimento do planeta. Um estudo lançado no ano passado mostrou que um quinto dos corais do mundo morreram ou foram destruídos, e os remanescentes estão na mira das mudanças do clima. →
Retratos da biodiversidade
Confira aqui as imagens que já foram capa de O Eco. Verdadeiros retratos da biodiversidade e das belezas naturais brasileiras captados pelas lentes de repórteres e colaboradores do site. →
As aves da Chapada dos Guimarães
Balanço aponta 393 aves na região daquele parque nacional, criado em 1989. Pelo menos 24 outras espécies podem ter sido extintas, inclusive com captura e degradação ambiental. →
O futuro da Mata Atlântica
Um projeto anunciado nesta terça-feira pela manhã pode ajudar, e como, na salvação de um dos biomas mais ameaçados do mundo. Ao todo, cerca de 50 organizações ambientalistas, empresas, membros do governo e pessoas físicas aderiram ao Pacto pela Restauração da Mata Atlântica durante o lançamento da campanha, em São Paulo. A ideia, basicamente, é recuperar cerca de 15 milhões de hectares identificados por especialistas como prioritários para a conservação até 2050. Durante a entrevista coletiva realizada hoje, o coordenador geral do Conselho de Coordenação do Pacto, Miguel Calmon, disse que “A perda de cobertura florestal e a fragmentação dos remanescentes compromete a biodiversidade e os serviços ambientais da Mata Atlântica. É necessário reverter o processo de degradação e começar um amplo programa de recuperação dessa floresta (...) Somente assim será possível manter vivo este bioma, que garante o abastecimento de água para quase 130 milhões de pessoas, além de ser um dos maiores repositórios de biodiversidade do planeta”. Mais informações aqui. →
Cores escondidas na savana
Antes que a agropecuária, que a mineração, que as hidrelétricas e outras façanhas promovidas contra a biodiversidade consigam acabar com o Cerrado, vale correr para registrar suas belezas mais delicadas. Semelhantes a pequenos pingentes multicoloridos, essas diminutas flores começavam a desabrochar quando foram captadas pelo repórter Aldem Bourscheit, em matas a cerca de 200 quilômetros da capital federal. Ele usou sua Canon Powershot S3IS, em velocidade 1/125 segundos e diafragma em 3,5. →
Dos animais aos humanos
Conhecido por suas experiências em macacos nos Estados Unidos, o pesquisador brasileiro Miguel Nicolelis voltou ao Brasil para seguir com seus estudos. Capa da revista Science do último mês, ele se instala em Natal (RN) a fim de analisar, nos próximos meses, as respostas de macacos e saguis aos sintomas do Mal de Parkinson e lesões na medula. A ideia é utilizar o tratamento em seres humanos. Pedro Ynterian, presidente do Projeto de Proteção aos Grandes Primatas (GAP), é totalmente contrário este tipo de medicina. Em artigo, diz que “se algum resultado sair dessas pesquisas que destruirão dezenas de vidas de nossa biodiversidade, talvez seja para melhorar os procedimentos dos que podem pagar pelo tratamento milionário, já que o benefício ao povo não chegará”. →
Ele foi escolhido
As críticas à gestão de Rômulo Mello à frente do Instituto Chico Mendes se acumulam (veja aqui). Logo, não custa lembrar que ele foi escolhido a dedo por Carlos Minc entre outros quatro nomes: Ricardo Soavinski (então diretor-substituto de Unidades de Conservação de Proteção Integral/ICMBio); Bráulio Dias (diretor do Departamento de Conservação da Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente); Denise Marçal Rambaldi (secretária-geral da Associação Mico-Leão-Dourado); e Miriam Prochnow (ex-coordenadora da Rede de ONGs da Mata Atlântica). →
Biodiversidade no teclado
Começa hoje, e vai até amanhã, um encontro do Ministério do Meio Ambiente sobre o Globio, ferramenta que projeta cenários do passado, presente e futuro para a biodiversidade. Criado pela Agência Holandesa de Avaliação Ambiental (PBL) em parceria com a United Nations Environment Programme (Unep), o sistema é usado internacionalmente. Durante o workshop, que acontece no Jardim Botânico do Rio de Janeiro sob a coordenação da secretária de Biodiversidade e Floresta do MMA, Maria Cecília Way de Brito, será avaliada a efetividade da aplicação do Globio para a realidade brasileira a partir dos dados disponíveis no país.Saiba mais:A Amazônia na lente do computador →
Governo entrando no clima
O chamado Macrodiagnóstico da Zona Costeira e Marinha do Brasil foi lançado hoje pelo governo e mostra que o aumento do nível do mar e a ocupação desordenada já ameaçam populações e a biodiversidade em várias regiões da costa brasileira. Em elevado risco de inundações, erosões e outros problemas estão a Foz do Rio Parnaíba, no Piauí, a Grande Salvador e as cidades de Valença, Ilhéus e Porto Seguro, na Bahia, Macaé e Marambaia, no estado do Rio, a Baixada Santista, em São Paulo, e outras regiões. Conforme o estudo, todas as capitais litorâneas apresentam grau elevado de risco social devido à ausência de esgotamento sanitário e de coleta de resíduos sólidos. →
Nós e eles: Darwin e a conservação
O mundo natural que ele tanto amava vem sendo destruído em escala inédita, em grande parte devido ao sucesso da nossa recusa a engolir a revolucionária visão que ele nos mostrou. →
Aprenda a identificar uma árvore
O curso Identificação de Árvores Nativas do Cerrado será realizado entre os dias 21 e 28 de março na Universidade de Brasília. Organizada pela Rede de Sementes do Cerrado, a oficina é destinada às pessoas interessadas em conhecer a biodiversidade da região. Durante o encontro, que inclui atividades práticas e teóricas, os participantes farão coleta de material botânico, descrição de folhas e discussões sobre ecologia, conservação e recuperação da floresta. →
Desrespeito das papeleiras
O civil Movimento Nacional de Direitos Humanos acaba de lançar o Estudo e relatório de impacto em Direitos Humanos em Grandes Projetos: o caso do eucalipto. Segundo a entidade, grandes porções de Mata Atlântica foram e são derrubadas para empreendimentos industriais, em especial para extração de celulose e produção de papel. A justificativa usual é atender à grande demanda de mercado, mas os resultados quase sempre se traduzem em destruição da biodiversidade e ameaça a populações. “As estruturas do Estado, em prol do ‘desenvolvimento’, são omissas ou cúmplices dessa lógica de uso dos recursos naturais”, declara Gilsa Barcelos, coordenadora da publicação. Mais informações aqui. →
Belo Monte no front
O Ibama recebeu na última sexta (27) os estudos ambientais da polêmica Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. O órgão federal tem até seis meses para analisar a papelada e decidir sobre a concessão de licença prévia para a obra. O leilão para quem vai construir a usina que deve gerar 11 mil megawatts a partir de abril de 2014, a um custo estimado de R$ 7 bilhões, está marcado para até setembro deste ano. A estatal Eletrobrás elaborou os estudos, mas poderá participar do pleito. A barragem promete, no mínimo, afetar terras indígenas e trazer prejuízos à biodiversidade amazônica.Saiba mais:Só na AmazôniaÍndios X usinasBelo Monte sob suspeita →
Pela boca dos professores
Nesta terça (3), 120 professores dos municípios de Jaraguá do Sul, Guaramirim, Corupá, Schroeder e Massaranduba, todos em Santa Catarina, participarão de oficina na Recreativa Duas Rodas Industrial (empresa do setor alimentício) onde apresentarão trabalhos sobre as questões ambientais para garantir o desenvolvimento sustentável da região do Vale do Rio Itapocu. A iniciativa faz parte do projeto Serra do Mar: Água e Vida, patrocinado pela Petrobras e desenvolvido pelo Instituto Rã-bugio para Conservação da Biodiversidade. O evento será das 8h às 11h30min e é aberto à comunidade. Informações pelo fone (47) 3274-8613 ou www.ra-bugio.org.br. →
