Planos para Madagascar
Para mensurar a importância da biodiversidade de Madagascar, basta apresentar um dado: 80% das mais de 30 mil espécies conhecidas por ali são endêmicas. Com o objetivo de evitar o sumiço dessa vida selvagem, 22 pesquisadores de seis países carregaram uma parafernália para lá de moderna até a região. Com imagens de satélites e softwares especiais, um mapa foi traçado apontando as áreas mais ameaçadas por atividades econômicas – sim, as árvores de lá caem como aqui – e analisando minuciosamente a distribuição dos bichos e plantas. Os resultados vão indicar ao governo os pontos chaves onde devem ser criadas unidades de conservação. O site The Guardian reuniu 16 fotos de fauna e flora um tanto exóticas que foram encontradas durante as expedições. →
Vem confusão por aí
Mas quem acha que a CNI saiu perdendo nessa pode estar muito enganado. Basta ler o voto completo do STF. A maioria votou pela exclusão da frase “não pode ser inferior a meio por cento dos custos totais previstos na implantação de empreendimento” no 1º artigo do artigo 36. O que isso significa? Que o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade que, desde os tempos em que ainda se chamava Ibama, está lutando para se capitalizar com compensações ambientais, poderá minguar sem dinheiro, ou no mínimo demorará anos para receber compensações questionadas pela justiça. Quem vai financiar as unidades de conservação? →
O planejador de áreas protegidas – com Kenton Miller
O americano Kenton Miller é considerado o pai do planejamento de áreas protegidas. Para conservar a biodiversidade, recomenda treinamento e criatividade aos chefes de parques. →
Garimpo na Amazônia
Teve início no último dia 18 uma grande operação de desocupação do rio Puruí, afluente do Japurá, situado no estado do Amazonas. Fiscais do Ibama e membros do Exército Brasileiro uniram forças para prender garimpeiros da região que usam dragas e máquinas fixas em suas atividades ilegais. Esses equipamentos ajudam a destruir um dos maiores refúgios da biodiversidade brasileira. →
Todo mundo na Amazônia
Na fronteira de desmatamento, hotel de selva Cristalino (MT) ensina que investir na riqueza da biodiversidade faz bem à cultura e à economia. Falta só cativar mais brasileiros. →
Verdes e brancos
Liderando uma das mais ricas ONGs ambientalistas dos Estados Unidos (a The Nature Conservancy), o cientista Sanjayan está preocupado com outras questões além da biodiversidade. O especialista de pele mulata afirmou ao site da Time que a liderança do movimento ambientalista está muito restrita à elite branca. Para Sanjayan, se houvesse mais rostos negros falando sobre meio ambiente, mais jovens de pele escura iriam se identificar e abraçar a causa. Professor universitário e autor de diversos artigos escritos para publicações como New York Times e revista Nature, ele acredita que sua cor ajudou a difundir as idéias da The Nature Conservancy em regiões mais pobres, como a África, e diz que a “diversidade de vozes” é fundamental para que o discurso ambientalista não caia na irrelevância. →
Bom pastor
A pintura ao lado decora a capela do Instituto Israel Pinheiro, em Brasília (DF). À esquerda, uma floresta tingida de negro, com sinistros lobos, onças e morcegos; à direita, árvores enfileiradas coroam um campo desmatado onde pastam singelas ovelhinhas. Não se pode afirmar das intenções, mas pega mal à qualquer igreja atacar a biodiversidade e a realidade natural em troca de supostos paraísos extra-terrenos. →
Sem defesa
Os cerca de 700 gorilas-da-montanha que ainda restam na República Democrática do Congo não têm a quem recorrer. A investigação sobre o caso da morte de dez destes animais no Parque Nacional Virunga, no ano passado, resultou na prisão, nesta terça, de um guarda-florestal que teria organizado a matança. Segundo funcionários da unidade ouvidos pela BBC, a ação do rapaz que deveria proteger a biodiversidade local revela a politicagem que tem regido a segurança do parque. De acordo com peritos, existe uma fabricação de carvão ilegal dentro da UC, e alguns trabalhadores estariam envolvidos com a atividade. Os investigadores suspeitam que a morte dos gorilas tenha sido calculada, como forma de desviar as atenções sobre a fábrica. →
Forte como um Rochedo
Visitar Gibraltar sempre esteve nos meus sonhos de pós-adolescente. Lá encontra-se um magnífico monumento natural e um dos locais mais ricos em biodiversidade no planeta. →
Bio Din-din
O Fundo Global para o Meio Ambiente anuncia nesta sexta (14) uma doação de US$ 22 milhões (cerca de R$ 37 milhões) para o Projeto Nacional de Ações Integradas Público-Privadas para Biodiversidade - Probio II, encabeçado por Ministério do Meio Ambiente, Fundo Brasileiro para a Biodiversidade - Funbio e Caixa Econômica Federal. Outros US$ 75 milhões (por volta de R$ 127 milhões) serão contrapartidas de fontes governamentais e setor privado. →
Sem choro nem vela
Em nota enviada no início da noite desta quarta-feira, o Ibama de São Paulo informou que o processo de licenciamento da UHE Tijuco Alto irá continuar. Segundo o órgão, ainda não foi emitida qualquer licença ambiental para o empreendimento, pois faltam as considerações do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) a respeito das cavidades subterrâneas nas proximidades do empreendimento e a autorização da Agência Nacional das Águas para a utilização dos recursos hídricos pelo empreendedor. Uma comissão formada por representantes do movimento contra a hidrelétrica se reunirá hoje em Brasília com o presidente do Ibama para discutir a questão. O objetivo deles é impedir a ida do empreendimento para o Vale do Ribeira. →
Riqueza confirmada
Em estudo inédito, cinco instituições de pesquisa e ensino do Rio de Janeiro fizeram um inventário da biodiversidade marinha da Baía da Ilha Grande. Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal Rural (UFRRJ) e Instituto de Pesquisas Jardim Botânico carimbaram o que já se esperava: a Baía é “extremamente rica”. →
Ao público
O inventário rendeu boas fotos e uma série de conclusões sobre a Ilha Grande, que podem direcionar as ações de preservação futuras no local. Tudo isso foi reunido no livro “Biodiversidade Marinha da Baía de Ilha Grande”, que será lançado nesta sexta-feira, às 19h, no Centro de Visitantes do Jardim Botânico carioca. As imagens captadas nas viagens ficarão em exposição no mesmo local, até o dia 17 de março. →
Educação ambiental
Na próxima segunda-feira dia 10, às 9h, a Escola Superior de Conservação Ambiental e Sustentabilidade (Escas) abre as portas para sua aula inaugural. Situada em Nazaré Paulista (SP), a instituição – nova em folha – está oferecendo o Mestrado Profissional em Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável. Mesmo quem não está matriculado no curso pode aparecer para assistir a palestra “Mudanças Climáticas Globais e Conservação de Florestas Tropicais”, com o Prof. Dr. Don Melnick, da Universidade de Columbia. A Escas nasceu de um projeto parceiro entre o IPÊ (Instituto de Pesquisas Ecológicas) e a Natura. →
Pelotas em debate
Com uma fila de barragens (projetadas ou construídas) em seu leito, o rio Pelotas vai ser assunto principal do III Fórum Sobre o Impacto das Hidrelétricas no Rio Grande do Sul. As discussões sobre a biodiversidade que resiste no entorno da bacia e os erros do passado, como a usina de Barra Grande, estarão em pauta no encontro, que vai contar com professores universitários e ONGs ambientalistas. O palco do debate será na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e os organizadores chamaram para a mesa toda a turma do governo, incluindo o Ministério de Minas e Energia e o Ibama, que está prestes a dar a licença prévia para mais uma hidrelétrica: de Pai Querê. Confira a programação no site do Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais. →
