Newsletter O Eco+ | Edição #174, Novembro/2023
19 de novembro de 2023
Encerrando as publicações produzidas no âmbito do projeto Intercâmbio de Biomas, divulgamos essa semana a última reportagem dos bolsistas: Seca piora situação dos botos na Amazônia, já ameaçados pela caça. Do uso de serrarias móveis no coração da floresta amazônica à caça de animais para extrair a pele, os jovens comunicadores produziram, no total, 6 reportagens sobre delitos ambientais, como resultado da troca entre os biomas da Mata Atlântica e da Amazônia. As matérias podem ser conferidas na tag do especial em ((o))eco.
Já em outro bioma, no Pantanal, o desmatamento é intensificado pelo consumo de carne no mercado europeu. As conclusões integram uma análise inédita da Fundação para a Justiça Ambiental (EJF, sigla em Inglês). Apoiada em informações do governo brasileiro e de bases como MapBiomas, a EJF estimou que, no período analisado, uma parcela de vegetação nativa análoga a 30 campos de futebol foi eliminada diariamente nas fazendas pantaneiras cuja carne chega à Europa.
Na última semana, anunciamos a estreia de uma nova colunista no time de ((o))eco: Mikaelle Farias é graduanda em Engenharia de Energias Renováveis pela UFPB, ativista e atua em movimentos nacionais e internacionais pela justiça climática como o movimento Fridays For Future e Fridays for Future MAPA - Pessoas e Áreas Mais Afetadas. Em seu primeiro texto para o site, ela mostra o que as juventudes vêm fazendo para construir possibilidades de futuro até a Conferência do Clima (COP 30) de 2025, que ocorrerá no Brasil.
Boa leitura!
Redação ((o))eco
· Destaques ·
Seca severa piora situação dos botos na Amazônia, já ameaçados pela caça
Consumo europeu de carne amplia desmate do Pantanal
Um chamado para ação na Amazônia
· Conservação no Mundo ·
Gigantes em apuros. De acordo com a Giraffe Conservation Foundation, existem cerca de 117.000 girafas na natureza. Pesquisadores na Namíbia pretendem melhorar sua proteção através da sensibilização para esta icônica espécie. [DW]
Floresta abaixo. Entre 2001 e 2022, o município de Tibú (Colômbia), perdeu 150 mil campos de futebol de cobertura arbórea, sendo o cultivo de coca um dos principais impulsionadores do desmatamento. Ano passado, a economia rural da região entrou em colapso devido a uma superprodução da colheita de coca. Em meio a crise, há apelos para aproveitar a oportunidade de fazer a transição dos agricultores da coca para economias mais sustentáveis – embora a realidade seja que muitos agricultores estejam recorrendo a atividades mais destrutivas, como a mineração ilegal. [Mongabay]
· Animal da Semana ·
O animal da semana é o tucano-toco!
Conhecido como o maior dos tucanos e habitando quase todo o Brasil, o tucano-toco (Ramphastos toco) é uma das aves mais características da América do Sul. Se alimenta de frutas, insetos, ovos e pode predar filhotes de outras aves.
Seus ninhos são construídos no alto dos troncos das árvores ocas ou em buracos, ou até mesmo em barrancos ou cupinzeiros. Casais dessa espécie costumam se revezar para chocar os ovos, e o macho se compromete a alimentar a fêmea neste período.
🎨 Gabriela Güllich (@fenggler)
· Dicas Culturais ·
• Pra ler •
O Mundo Sem Fim | Jean-Marc Jancovici e Christophe Blain
O encontro entre um aclamado quadrinista e um eminente especialista em questões energéticas e climáticas levou a este projeto, como uma necessidade clara de dar testemunho sobre assuntos que dizem respeito a todos nós. O livro explica as profundas mudanças que nosso planeta está atravessando atualmente e suas consequências.
• Pra ouvir •
Mais Mulheres e Meninas na Ciência: Maternidade na Ciência | Fiocruz
Nesta edição, a entrevistada é a jornalista e divulgadora científica Fernanda Marques, que fala sobre o impacto da maternidade na carreira científica.
• Pra assistir •
Teto que esquenta na favela e ar-condicionado no bairro rico: desigualdade sob calor extremo | BBC News
O calor não é experimentado da mesma maneira por toda a população. Além da diferença entre a temperatura marcada pelos termômetros, a sensação térmica pode variar muito conforme as condições de moradia, áreas de sombra, número de prédios e arborização dos diferentes bairros, afirmam especialistas.
