O Eco+ | Edição #266 | novembro/2025
2 de novembro de 2025
Na fronteira entre Rondônia, Acre e Amazonas, o cupuaçu ganha novo significado com o trabalho da Cooperativa Reflorestamento Econômico Consorciado e Adensado (RECA), no distrito de Nova Califórnia, em Porto Velho (RO). A reportagem “Cupuaçu reinventado: RECA eleva produção do fruto amazônico com Sistemas Agroflorestais”, de Débora Pinto, mostra como a comunidade fortalece a economia da floresta em pé ao combinar tradição e inovação. Com 40 anos de atuação, a RECA tornou-se referência internacional em Sistemas Agroflorestais, envolvendo milhares de famílias e diversificando a produção com polpas, óleos, manteigas e derivados do cupuaçu. Um exemplo de como o conhecimento local pode sustentar economias mais justas e florestas vivas na Amazônia.
Nesta quinta, uma semana antes do início oficial da COP 30, o governo divulgou a taxa do PRODES/INPE, que mostra que o desmatamento na Amazônia caiu 11% entre agosto de 2024 e julho de 2025, atingindo 5,7 mil km², o menor valor em onze anos e o terceiro mais baixo desde 1988. A repórter Cristiane Prizibisczki destacou o papel da degradação ambiental na taxa, que responde por 38% da área afetada.
Na maior bacia hidrográfica do planeta, milhões de pessoas convivem com torneiras vazias ou água de má qualidade. Esta reportagem de Fred Santana, do Vocativo, em parceria com ((o))eco, mostra como falhas persistentes no abastecimento urbano e rural, somadas ao aquecimento global, impõem a contradição da sede em meio a rios gigantes — um alerta para o futuro da Amazônia e de quem nela vive.
Boa leitura!
Redação ((o))eco
· Destaques ·
Cupuaçu reinventado: RECA eleva produção do fruto amazônico com Sistemas Agroflorestais
Desmatamento na Amazônia cai 11% e atinge menor valor em onze anos
Crise hídrica no Amazonas: quando décadas de abandono encontram uma emergência climática
· Conservação no Mundo ·
Entre luz e sombras. A luz é vida para as plantas. Mas nem todas a recebem da mesma forma. Algumas crescem sob o sol direto, outras prosperam na sombra. Entre a sombra e a luz, cada planta desenvolve estratégias únicas para sobreviver, competir e florescer. [Wilder]
Ameaça de todos os lados. Único local de nidificação em Uganda para o abutre-de-rüppell, espécie criticamente ameaçada de extinção, está sob ameaça devido à caça, produção de carvão e agricultura. Duas colônias de nidificação foram construídas em paredões rochosos na Reserva Florestal Central de Luku, no distrito de Arua, noroeste de Uganda. O distrito abriga dezenas de milhares de pessoas deslocadas por conflitos violentos na vizinha República Democrática do Congo e no Sudão do Sul. [Mongabay]
· Dicas Culturais ·
• Para ler •
Paisagismo sustentável para o Brasil: integrando natureza e humanidade no século XXI | Ricardo Cardim
O livro de Ricardo Cardim discute o papel do paisagismo em um país de grande biodiversidade e urbanização intensa. Com base em ciência e prática, o autor apresenta formas de integrar estética, saúde pública e meio ambiente, buscando uma convivência equilibrada entre pessoas e natureza. Resultado de sete anos de trabalho, a obra aborda questões históricas e atuais do paisagismo brasileiro e suas implicações sobre o uso da água, do solo e das áreas verdes.
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Terra que Alimenta | TV Cultura
O documentário aborda um dos maiores desafios do século XXI: garantir alimento para uma população global crescente sem comprometer o meio ambiente. Com base em dados do Censo Agropecuário e de estudos da Universidade Federal de Goiás, o filme discute o potencial de recuperação de milhões de hectares de terras degradadas no Brasil e como essa restauração pode contribuir para uma produção agrícola mais sustentável.
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Entre céu e mar: a migração das aves nas praias de São Paulo | Edison Barbieri
Finalista do Jabuti Acadêmico de 2025, o livro do professor Edison Barbieri examina a migração das aves que percorrem o litoral paulista e suas relações com o ambiente costeiro. A obra combina rigor científico e linguagem acessível, abordando desde a história dos estudos sobre migração até o uso de tecnologias como o rastreamento por satélite. Ao analisar espécies como trinta-réis e gaivotas, Barbieri relaciona a dinâmica migratória a questões globais, como as mudanças climáticas e a perda de habitats. O livro destaca ainda o impacto das atividades humanas nas rotas das aves e reforça a importância da conservação. Disponível gratuitamente em formato digital. Editora: Centro Universitário São Camilo.






