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Cruz credo
Os dois últimos relatórios da Comissão Presidencial de Bioética dos Estados Unidos – órgão que regula qualquer pesquisa com células tronco no país – parecem um filme de horror. Tecnicamente, a Comissão, dominada por conservadores apontados por George Bush, tem que achar uma maneira permitir pesquisa com células tronco e ao mesmo tempo agradar a ala mais à direita dos republicanos. Um dos textos, propõe que a solução é definir o momento em que um embrião morre. Evita-se o preceito religioso de que o direito à vida é sagrado e usa-se a doação de órgãos como exemplo a ser seguido. Depois da morte, não há nenhum mal em fazer a colheita para salvar vidas. Foi o que a Slate, onde está publicada esta reportagem, definiu como a idéia mais convencional. A segunda, é muito mais sofisticada, e aterrorizante. Baseia-se na tese de São Tomás de Aquino de que a vida está no todo. Ela defende que o gene de formação de um embrião seja desligado a uma certa altura de seu desenvolvimento, para que ele não seja mais do que isso, um amontoado de células-tronco. A técnica pode ser usada para clonar órgãos e membros, nos quais por sua vez poderão ser clonados outros órgãos e membros, não necessariamente onde crescem em seres humanos. O repórter viu uma fotografia de um tronco em cujas costas cresciam dentes.