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Boom do e-waste nos emergentes

Relatório da ONU indica que produção de lixo eletrônico pode aumentar em até 500% em países em desenvolvimento na próxima década. Brasil tem maior produção per capita.

Redação ((o))eco ·
24 de fevereiro de 2010 · 15 anos atrás

Um novo relatório sobre lixo eletrônico, feito por especialistas da ONU e divulgado na última segunda-feira (22) pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), indica que a produção deste tipo de resíduo vai aumentar drasticamente nos países em desenvolvimento nos próximos 10 anos e que é bom começar a implementar medidas de coleta e reciclagem agora, ao custo de graves riscos ao meio ambiente e à saúde humana se nada for feito.

Na África do Sul e China, por exemplo, o relatório prevê que, em 2020, a quantidade de lixo eletrônico aumentará entre 200% e 400%, em comparação com níveis de 2007. Na Índia esse crescimento será de 500%. Daqui a 10 anos, o número de celulares descartados na China será sete vezes maior do que os níveis de 2007 e, na Índia, 18 vezes maior. Atualmente, a China já produz 2,3 milhões de toneladas de e-waste, perdendo apenas para os Estados Unidos, com cerca de 3 milhões de toneladas.

O relatório também alerta para o tratamento inadequado dos eletrônicos descartados. Ainda usando o exemplo da China: por lá, muitos dos e-waste são incinerados visando a recuperação de metais valiosos, como o ouro, o que produz uma grande quantidade de fumaça tóxica. No Brasil já existem algumas leis e ações sobre a coleta e destinação do lixo eletrônico, mas é preciso mais: o estudo aponta o país como o mercado emergente que gera maior volume de lixo eletrônico per capita a cada ano e adverte que ele não tem estratégias para lidar com o fenômeno. Atualmente, cada brasileiro produz meio quilo de lixo eletrônico por ano.

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