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A foto mostra a parte preservada do Rio Itaunas. Na realidade trata-se da Zona de Amortecimento do Parque Estadual de Itaunas, extremo norte do Espírito Santo, que só está com sua biodiversidade relativamente equilibrada graças ao nível de percepção ambiental do proprietário, que preserva (com muita dificuldade)aproximadamente 30 hectares de Restinga, que pertence ao Bioma da Mata atlântica. Mesmo assim na área existe um “passivo”, um antigo lixão, que foi “engolido”, pela natureza que se regenerou, quando a área deixou de ser utilizada para se colocar o lixo da Vila de Itaunas.
A Vila de Itaunas é uma comunidade de pescadores, que ficava do outro lado do rio. No entanto com o desmatamento da vegetação de Restinga, as dunas soterraram no final da década de 1960 a antiga vila, que foi transferida para a outra margem do Rio Itaunas. A região é rica em folclore tendo agora seu ponto alto com a Festa de São Sebastião e São Benedito, onde no coreto da praça acontecem apresentações de Ticumbi, Folia de Reis entre outras manifestações, que resistem como a natureza do lugar, que se encontra a 16 KM da divisa com a Bahia onde se localiza a paradisíaca Praia de Riacho Doce.
Ao fundo da vila fica situado o Parque Estadual de Itaunas, que se encontra cercado dos eucalipitais da Fibria (antiga Aracruz Celulose) sem zona de amortecimento. Acaba o parque começa o “Deserto Verde” quem não conhece pode até se perder devido a monotonia da monocultura.
O Município de Conceição da Barra, onde fica a Vila de Itaunas tem 60% de seu território coberto por eucaliptos, além de 20% com cana de açucar. Nos outros 20% do território ficam as áreas urbanas e o que restou da natureza cuja a foto fala por si.
Nesta outra imagem, as dunas de Itaúnas e o Parque Estadual de mesmo nome ao fundo.
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