O animal capturado pesa 6,1 kg e da cabeça até o final do rabo mede 1,4 metro. A captura foi comemorada por Jean Carlos Ramos da Silva e seus orientandos. O animal foi tatuado e ganhou um chip para sua identificação, caso seja novamente capturado ou seja encontrado morto. A fêmea foi solta no mesmo lugar onde ficou aprisionada em uma armadilha, no dia 5 de maio.
O Parque Dois Irmãos tem 384,42 hectares, abriga um zoológico, protege uma nascente de água e fica dentro do Recife, fazendo sendo limitado ao leste por uma BR. Encontrar um predador que ocupa o topo da cadeia alimentar reflete a qualidade da reserva ambiental, comemora o pesquisador. “A presença da jaguatirica significa que as condições de sobrevivência da mata. Se há alimento para ela, há também para os animais que ela come”, explica Jean Carlos. A jaguatirica na Mata Atlântica nordestina se alimenta de roedores, pequenas aves, répteis.
A captura se deu em uma das armadilhas do “estudo epidemiológico das zoonoses em carnívoros silvestres e domésticos e suas implicações para a saúde pública em Pernambuco”. O trabalho é coordenado por Jean Carlos e começou em 2009. Abrange áreas de Mata Atlântica e Caatinga pernambucana e procura estabelecer relações entre as zoonoses de animais silvestres com a dos animais domésticos. O trabalho é uma parceria do departamento de medicina veterinária da Universidade Federal Rural de Pernambuco com o Instituto Brasileiro para Medicina da Conservação e tem apoio da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco e do CNPq.
{iarelatednews articleid=”25008,23713″}
Leia também

Sociedade civil protesta contra PL que quer acabar com o licenciamento
Mobilização ocorre em ao menos 12 capitais. Protestos estão marcados para ocorrer neste domingo e marcam o início da semana do meio ambiente →

Chance de aquecimento da Terra ultrapassar 1,5°C aumentou, mostra estudo
Países caminham para que a principal meta do Acordo de Paris seja descumprida. Chance de que o aquecimento fique entre 1,5ºC e 1,9ºC em pelo menos um dos próximo cinco anos é de 86%, diz ONU →

Como comunidades de fecho de pasto conservam o Cerrado no oeste baiano
Há 300 anos vivendo no bioma, modo de vida fecheiro envolve a criação de gado para subsistência e a proteção da vegetação nativa →