Na Esplanada dos Ministérios, em frente ao Congresso Nacional, cerca de 100 pessoas estavam reunidas para protestar contra Belo Monte, no Rio Xingu. A mobilização juntou indígenas e defensores do meio ambiente, e fez parte de um conjunto de manifestações que ocorreram em outras cidades brasileiras no que foi chamado de Dia Internacional da Ação em Defesa da Amazônia.
O encontro durou cerca de duas horas. Entre os manifestantes, Olavo Wapichana, liderança indígena de Roraima, hoje estudante de engenharia florestal na Universidade de Brasília (UnB), ressaltou que “toda obra que afeta áreas protegidas, como as terras indígenas no caso de Belo Monte, é preocupante”.
Em Belém, o Grito em Defesa da Amazônia, como foi intitulada a manifestação, teve por objetivo chamar a atenção para a importância da luta pela preservação dos recursos ambientais e denunciar os projetos que destroem a região.
Nessa e em outras marchas pelo Brasil também circulou o abaixo-assinado em defesa das florestas, organizado pelo Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável. Lançado em 07 de junho de 2011, o Comitê é uma coalizão formada por 112 organizações da sociedade civil brasileira contrárias ao PLC 30/2011, aprovado pela Câmara dos Deputados em maio, mais conhecido como o “novo” Código Florestal.
O abaixo-assinado já contém mais de 10,5 mil assinaturas e ontem, somente em Brasília, foram coletadas mais algumas milhares.
Veja aqui a íntegra do documento.
Nota do editor: por imprecisão apontada nos comentários sobre o número de participantes, o título da matéria e o primeiro parágrafo foram editados em 11/09/2011. Não houve intenção, mas a mudança de URL da matéria, infelizmente, apagou os referidos comentários. Aqueles que assim desejarem poderão republicá-los abaixo.
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