A professora Rejane Ferreira fotografou a ação dos profissionais da motosserra e não compreendeu a poda. “Foi um choque. Só faltei ter um troço”, disse. O procurador da República Edivaldo Oliveira, que se juntou ao coro dos cidadãos indignados, descobriu também que o preço pago para o serviço parece ser mais que o dobro do preço de mercado. Ele procurou o edital do pregão eletrônico do Ibama, leu o documento digital de 25 páginas em arquivo PDF e achou o preço dos serviços: R$ 44 mil.
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No lugar das árvores erradicadas, a Reciflora plantará 40 mudas, todas de mata nativa. Ipê, Pau Brasil, Mescla de cheiro serão algumas das espécies plantadas. Foram retiradas totalmente um ipê roxo, uma mangueira, uma tamarineira, um tamboril, uma tulipeira e um sábia. O serviço deverá estar concluído em 15 dias, estima Luiza Gomes.
A superintendente Ana Paula Pontes esclareceu que as sete árvores erradicadas estavam comprometidas, de acordo com laudo fitossanitário. Ana Paula também disse que a licitação foi feita obedecendo os trâmites legais. Questionada por e-mail se o valor do serviço, R$ 44 mil, não era alto demais e desproporcional ao preço obtido em licitações para serviços semelhantes, Ana Paula não respondeu.
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