Nos rios e lagos de água doce ao sul do México, da América Central e do noroeste da América do Sul, o Jacaretinga (Caiman crocodilus) é abundante. No Brasil, habita a região Norte, vivendo nas bacias dos rios Amazonas e Orinoco e, no Centro-Oeste, nas bacias dos rios Araguaia e Tocantins. Quando se fala em jacaré, provavelmente se referem ao jacaretinga, não à toa, também conhecido como jacaré-comum. Outro apelido pelo qual é chamado nessas bandas é jacaré-de-óculos mas, diferente da música dos Paralamas do Sucesso, ele não só já nasceu de óculos, como também não é um cara legal para a sua extensa lista de presas: invertebrarados aquáticos (insetos, crustáceos e moluscos), peixes, anfíbios, répteis, aves aquáticas e pequenos mamíferos.
Os machos chegam a medir entre 1,8 e 2,5m de comprimento e as fêmeas 1,4m. Quando jovens são amarelados com manchas e faixas escuras no corpo e no rabo. À medida que crescem, perdem a coloração amarelada e as marcas ficam menos distintas. Os adultos são verde-oliva. Todos têm o dorso branco (daí o sufixo tinga, “branco” em tupi). As fêmeas atingem a maturidade sexual entre 4 e 7 anos de idade, em geral quando atingem 1,2 metros. A cada procriação, elas põem entre 14 e 40 ovos. Essa boa taxa de fertilidade explica o porquê da espécie ser a mais comum dentre os jacarés crocodilianos brasileiros.
Leia Também
Tietinga: o elegante cantor
Cuidado Frágil: o simpático macaco-barrigudo
Corujão-orelhudo: não é apenas sua orelha que é grande
Leia também
Museu da UFMT lança cartilha sobre aves em português e em xavante
A cartilha Aves do MuHna, do Museu de História Natural do Araguaia, retrata 10 aves de importância cultural para os xavante; lançamento foi em escola de Barra do Garças (MT) →
ICMBio abre consulta pública para criação de refúgio para sauim-de-coleira
Criação da unidade de conservação próxima a Manaus é considerada fundamental para assegurar o futuro da espécie, que vive apenas numa pequena porção do Amazonas →
Mais de 200 pistas de pouso são registradas dentro de Terras Indígenas na Amazônia
Maioria está próxima a áreas de garimpo, mostra MapBiomas. 77% da atividade garimpeira ilegal na floresta tropical está a menos de 500 metros da água →