O crescimento do desmatamento na Amazônia preocupa ambientalistas colombianos. Nos últimos dois anos, foram devastados 162.462 hectares no país (ou 1.642,62 km², mais do que a área do município de São Paulo, que é de 1.523 km²). O ritmo de derrubada da floresta aumentou. Enquanto em 2011 foram desmatados 72.531 hectares, em 2012 o número foi de 89.931 hectares, um aumento de 24%. Os dados são parte de um levantamento feito com base em dados do satélite Terra-I em parceria com a plataforma Infoamazonia, divulgado pelo jornal El Espectador em agosto.
O georeferenciamento dos pontos de desmatamento, conforme monitoramento via satélite, permite apontar que o problema agravou-se na última década principalmente no entorno das principais cidades da Amazônia colombiana. As cinco capitais mais populosas da Amazônia colombiana têm servido de ponto de apoio para a extração de madeira e derrubada da floresta. Nos mapas abaixo, é possível observar, respectivamente, onde a devastação acontece e onde estão os principais centros urbanos (clique nas imagens para interagir e ver detalhes nos mapas). No terceiro, está visível o impacto no entorno de San Vicente del Caguán, uma das regiões mais afetadas.
O desmatamento coloca em risco uma zona rica em biodiversidade. Dados do Sistema de Informações sobre Biodiversidade do país indicam que já foram identificadas na Amazônia colombiana 74 aves aquáticas, 158 anfíbios, 195 repteis, 11.500 plantas, 27 espécies de aves e 15 de orquídeas. Levantamentos com dados do período entre 2002 e 2007 já indicam que a área ao redor das grandes cidades da Amazônia colombiana era a que estava mais sujeita a pressões socioambientais, conforme o mapa abaixo (clique para ver detalhes).
Os dados que embasaram esta datareportagem e outras informações sobre a Amazônia estão disponíveis no banco de dados do Infoamazonia.
Leia também
Novos municípios são os que mais evoluíram na Amazônia Legal
Queimadas voltam a afetar municípios da Amazônia boliviana
Confira o ranking dos Estados com mais cidades do Brasil
Leia também
A divulgação é o remédio
Na década de 1940, a farmacêutica Roche editou as Coleções Artísticas Roche, 210 prospectos com gravuras e textos de divulgação científica que acompanhavam os informes publicitários da marca →
Entrevista: ‘É do interesse da China apoiar os planos ambientais do Brasil’
Brasil pode ampliar a cooperação com a China para impulsionar sustentabilidade na diplomacia global, afirma Maiara Folly, da Plataforma CIPÓ →
Área de infraestrutura quer em janeiro a licença para explodir Pedral do Lourenço
Indígenas, quilombolas, ribeirinhos, peixes endêmicos e ameaçados de extinção serão afetadas pela obra, ligada à hidrovia exportadora →