Notícias

Mais 15 ativistas do Greenpeace são indiciados por pirataria

Todas que estavam a bordo do navio Arctic Sunrise foram indiciados e podem pegar até 15 anos de prisão. O inquérito sai em 2 meses.

Redação ((o))eco ·
3 de outubro de 2013 · 12 anos atrás

Arctic Sunrise, navio do Greenpeace da qual faziam parte os manifestantes. Usado nos protestos contra exploração petrolífera no Ártico. Foto: Wikimedia Commons
Arctic Sunrise, navio do Greenpeace da qual faziam parte os manifestantes. Usado nos protestos contra exploração petrolífera no Ártico. Foto: Wikimedia Commons

A Rússia indiciou nesta quinta-feira (03) mais 15 ativistas do Greenpeace, além de um fotógrafo freelancer russo, por pirataria. O que significa que todos que estavam a bordo do navio Arctic Sunrise durante o protesto no Ártico contra a exploração de petróleo foram acusados formalmente e podem pegar até 15 anos de prisão.

De acordo com o Greenpeace, advogados da organização já entraram com apelação pedindo que o grupo aguarde a investigação em liberdade. São 30 ativistas de 18 nacionalidades diferentes, entre eles está a bióloga brasileira Ana Paula Alminhana Maciel, de 31 anos. Os 30 ficarão presos pelos próximos 2 meses, prazo máximo para que o inquérito seja concluído.

O Itamaray já se pronunciou a respeito da prisão da brasileira. Em nota, afirmou que a situação está sendo acompanhada de perto pela embaixada em Moscou, cujo embaixador, Fernando Mello Barreto, já havia assinado uma “carta de garantia”, pedindo que a brasileira responda ao processo em liberdade, com o compromisso de que ela continue em solo russo e compareça a todas as audiências solicitadas.

Uma corrente de apoio aos ativistas foi lançada. Segundo a ONG ambientalista, mais de 900 mil pessoas ao redor do mundo já enviaram e-mails para a embaixadas russas. Além disso, mais de 60 organizações não governamentais, como Anistia Internacional, WWF e Repórteres sem Fronteiras já repudiaram publicamente a prisão dos ativistas.

Ato contra as prisões

No próximo sábado (05), haverá uma mobilização em diversos países pela libertação do grupo. No Brasil, o ato acontece em São Paulo, a partir das 10h, no vão do MASP, na Avenida Paulista.

Uma página do Greenpeace foi criada para que internautas mandem e-mails e cartas para as embaixadas e consulados russos pedindo a liberação dos ativistas.

 

 

Leia Também
Rússia indicia ativistas do Greenpeace como piratas
Ativistas presos no Japão
Amigo da onça

 

 

 

Leia também

Caatinga arbórea na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Serra das Almas, em Crateús, no Ceará. Foto: Michael Esquer
Análises
9 de maio de 2025

Caatinga: o bioma quase esquecido que resiste com ciência, conservação e esperança

As iniciativas de conservação, a produção constante de pesquisas científicas e o envolvimento cada vez maior da sociedade oferecem novas perspectivas para a Caatinga

Notícias
9 de maio de 2025

Após pressão, Helder Barbalho pede fim dos embargos em Altamira

Governador do Pará leva comitiva a Brasilia para pedir que governo federal libere as 544 propriedades com ilícitos ambientais embargadas pelo MMA em Altamira

Notícias
9 de maio de 2025

Em carta, presidência da COP30 fala em “preparar-se para o imponderável”

Na segunda carta à comunidade internacional, André Corrêa do Lago fala de metas autodeterminadas. Sociedade civil critica ausência de menção ao fim dos fósseis

Mais de ((o))eco

Deixe uma resposta

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.