Notícias

Alerta de desmatamento na Amazônia cresce 34% em dezembro

Segundo dados da ONG Imazon, o estado do Pará é o que mais desmata. Acumulado do ano mantém perspectiva de alta no desmatamento

Sabrina Rodrigues ·
30 de janeiro de 2019 · 6 anos atrás
Desmatamento em Terra Indígena Pirititi, Roraima. Foto: Felipe Werneck/Ibama.

O desmatamento na Amazônia subiu 34% em dezembro de 2018, em comparação com o mesmo período do ano anterior, passando de 184 quilômetros quadrados perdidos para  246 km². Os dados são do Boletim do Boletim do Desmatamento (SAD), produzidos pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e divulgados na terça-feira (29). O estado do Pará segue a dianteira entre os que mais desmatam, contribuindo com 48% da perda de floresta registrada no período.

Sendo líder do ranking dos que mais desmatam, não é surpresa que a maior parte das terras indígenas mais desmatadas em dezembro se localizem no Pará.

A TI Cachoeira Seca do Iriri, localizada ao longo da Rodovia Transamazônica, perdeu 8 quilômetros quadrados e ocupa a 1ª posição do ranking, seguida da TI Ituna/Itatá, localizada no município de Senador José Porfírio, no Pará.  

Entre as Unidades de Conservação mais desmatadas no último mês de 2018 aparece duas áreas protegidas localizadas em Rondônia, a Floresta Extrativista Rio Preto-Jacundá e a Reserva Extrativista Rio Preto-Jacundá.

Distribuição do desmatamento

Depois do Pará, Mato Grosso é o segundo estado com maior número de alertas (35%), seguido por Rondônia (7%), Amazonas (5%), Roraima (3%), Acre e Amapá (1%).

No acumulado do período, que soma todos os alertas de desmatamento detectados a partir de agosto até agora (agosto de 2018 a dezembro de 2018), foram detectados 1.706 quilômetros de cobertura florestal convertida em área desmatada, o que representa um aumento de 79% em relação ao mesmo período do ano anterior (agosto de 2017 a dezembro de 2017). Isso significa que a tendência de aumento de desmatamento na Amazônia continua ascendente.

Saiba Mais

SAD – Dezembro de 2018

 

Leia Também

Desmatamento na Amazônia dispara em novembro

Monitoramento do Imazon demonstra avanço do desmatamento na Amazônia

Desmatamento aumenta 14% na Amazônia, maior taxa em 9 anos

 

  • Sabrina Rodrigues

    Repórter especializada na cobertura diária de política ambiental. Escreveu para o site ((o)) eco de 2015 a 2020.

Leia também

Notícias
23 de novembro de 2018

Desmatamento aumenta 14% na Amazônia, maior taxa em 9 anos

Foram derrubadas 7.900 km² de floresta entre agosto de 2017 e julho de 2018, aumento de 13,7% em relação ao período anterior, quando foram desmatadas 6947 km²

Notícias
21 de junho de 2018

Monitoramento do Imazon demonstra avanço do desmatamento na Amazônia

Desmatamento cresce e avança sobre unidades de conservação. Dados indicam que degradação da floresta também cresceu no mês passado. Pará foi o estado que mais desflorestou

Notícias
2 de janeiro de 2019

Desmatamento na Amazônia dispara em novembro

Corte de florestas detectado no mês de penúltimo mês de 2018 foi 4 vezes maior do que no mesmo mês do ano anterior. Pará lidera perda de floresta

Mais de ((o))eco

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Comentários 1

  1. Claudinei Andreoli diz:

    A única maneira de diminuir o desmatamento da Amazonia Legal é taxar as emissões de CO2e. A Suécia é o país mais limpo porque paga Euro 152,00 por tonelada de CO2. O Governo deveria criar o Programa Nacional do Carbono e nele a Secretaria da Receita Federal do Carbono.
    Seria um Programa justo, onde todos pagarão pelas emissões.