O desmatamento na Amazônia subiu 34% em dezembro de 2018, em comparação com o mesmo período do ano anterior, passando de 184 quilômetros quadrados perdidos para 246 km². Os dados são do Boletim do Boletim do Desmatamento (SAD), produzidos pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e divulgados na terça-feira (29). O estado do Pará segue a dianteira entre os que mais desmatam, contribuindo com 48% da perda de floresta registrada no período.
Sendo líder do ranking dos que mais desmatam, não é surpresa que a maior parte das terras indígenas mais desmatadas em dezembro se localizem no Pará.
A TI Cachoeira Seca do Iriri, localizada ao longo da Rodovia Transamazônica, perdeu 8 quilômetros quadrados e ocupa a 1ª posição do ranking, seguida da TI Ituna/Itatá, localizada no município de Senador José Porfírio, no Pará.
Entre as Unidades de Conservação mais desmatadas no último mês de 2018 aparece duas áreas protegidas localizadas em Rondônia, a Floresta Extrativista Rio Preto-Jacundá e a Reserva Extrativista Rio Preto-Jacundá.
Distribuição do desmatamento
Depois do Pará, Mato Grosso é o segundo estado com maior número de alertas (35%), seguido por Rondônia (7%), Amazonas (5%), Roraima (3%), Acre e Amapá (1%).
No acumulado do período, que soma todos os alertas de desmatamento detectados a partir de agosto até agora (agosto de 2018 a dezembro de 2018), foram detectados 1.706 quilômetros de cobertura florestal convertida em área desmatada, o que representa um aumento de 79% em relação ao mesmo período do ano anterior (agosto de 2017 a dezembro de 2017). Isso significa que a tendência de aumento de desmatamento na Amazônia continua ascendente.
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A única maneira de diminuir o desmatamento da Amazonia Legal é taxar as emissões de CO2e. A Suécia é o país mais limpo porque paga Euro 152,00 por tonelada de CO2. O Governo deveria criar o Programa Nacional do Carbono e nele a Secretaria da Receita Federal do Carbono.
Seria um Programa justo, onde todos pagarão pelas emissões.