Belém – Bancos de desenvolvimento dos nove países que compõem a Bacia Amazônia lançaram, nesta segunda-feira (7), uma aliança internacional visando a promoção de iniciativas concertadas para o desenvolvimento sustentável na região amazônica.
O lançamento da iniciativa, chamada de “Coalizão Verde”, aconteceu em Belém-PA, onde os presidentes dos países amazônicos estarão reunidos nos próximos dias. A formação da Coalizão foi mobilizada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Segundo o banco de desenvolvimento brasileiro, BID e BNDES planejam investir US$ 900 milhões – R$ 4,4 bi – em pequenos negócios na Amazônia brasileira, por meio do programa Pró-Amazônia, cujo início está previsto para 2024.
Empresas e pequenos empreendedores de múltiplos setores serão beneficiados com financiamento para modernização, expansão, aquisição de bens e equipamentos e inovação, em atividades sustentáveis.
Do total a ser investido na região, US$ 750 milhões virão como empréstimo do BID e US$ 150 milhões pelo BNDES, que vai implementar o programa localmente por meio de agentes financeiros credenciados.
Segundo informações anunciadas em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (7) pelo BNDES, os empréstimos individuais deverão cumprir com as políticas de salvaguardas ambientais e sociais do BID.
“O Pró-Amazônia almeja gerar impactos positivos tanto no meio ambiente quanto nas comunidades locais, promovendo sinergia e um futuro próspero para os negócios da região.” disse o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
Coalizão Verde
Segundo carta assinada pelos bancos de desenvolvimento dos nove países que compõem a Coalizão Verde, as instituições se comprometem a promover soluções financeiras e condições propícias para fortalecer atividades produtivas locais e impulsionar projetos social, ambiental e economicamente sustentáveis, com respeito às características locais e regionais.
A Coalizão está baseada em três princípios:
- Apoiar financeiramente projetos públicos e privados que permitam alternativas econômicas sustentáveis, inclusivas e positivas para o clima, visando a criação de oportunidades de emprego, especialmente para famílias de baixa renda;
- Projetar soluções financeiras inovadoras combinando recursos públicos e privados para mitigar riscos, de modo a aumentar significativamente os investimentos do setor privado na região;
- Impulsionar a cooperação técnica para gerar um pipeline robusto de projetos, aumentar as capacidades locais e consolidar um novo modelo de desenvolvimento sustentável para a região amazônica.
Em outras palavras, as instituições se comprometem a financiar projetos que incluam melhorar a renda, o emprego, a segurança, o saneamento, a saúde e a educação; habilitar conectividade, infraestrutura verde e transição energética e promover a conservação e restauração do Bioma Amazônia.
“O BNDES define suas prioridades tendo em mente que não haverá futuro para a humanidade sem a preservação da Amazônia e de outros biomas. É um dia marcante para unir forças com o BID e os Bancos de Desenvolvimento da região amazônica, do Brasil e do exterior, para lançar esta tão esperada Coalizão Verde, cujo principal objetivo é ampliar o financiamento para promover o desenvolvimento sustentável da região. Por meio da troca de experiências, com uma perspectiva abrangente e multilateral, a iniciativa promoverá a parceria entre os setores público e privado para fomentar renda, geração de emprego e infraestrutura para a Amazônia”, disse Mercadante.
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