A presidente do país, Michelle Bachelet, anunciou a criação de dois grandes parques marinhos, nesta segunda-feira (05), durante a abertura da conferência internacional Our Ocean (Nosso Oceano), que ocorre em Vinã del Mar, município costeiro localizado a 117 km da capital, Santiago. Com isso, o Chile vai proteger uma porção de oceano com um área de superfície que ultrapassa um milhão de quilômetros quadrados.
A famosa Ilha de Páscoa ficará cercada por um parque de 631,3 mil quilômetros quadrados: uma área maior do que o estado brasileiro de Minas Gerais (586.519,727 km²). A criação do parque deverá ser formalizada em 2016.
A proposta partiu da própria comunidade indígena residente na Ilha de Páscoa, os Rapanuis, que se queixam da pesca industrial nas áreas de entorno do ilha, responsável pela diminuição drástica dos estoques de atum da região. A criação da área marinha irá proteger o território da pesca ilegal e manter a pesca de subsistência. Os moradores poderão pescar numa zona de até 50 milhas náuticas (92,6 km) da ilha. O restante será zona proibida para qualquer tipo de pesca.
“A criação do parque nas águas da Ilha de Páscoa protege um dos últimos lugares quase virgens na terra, um espaço que é de enorme importância cultural, religiosa e econômica para o povo Rapanui. Esta notícia é uma vitória para ambos, povo rapanui para o governo do presidente Bachelet”, disse Joshua S Reichert, liderança em iniciativas sobre meio ambiente na Pew (The Pew Charitable Trusts), uma organização que participou da elaboração da proposta junto aos Rapanuis.
Mais proteção
Bachelet também anunciou a criação do Parque Marinho Nazca-Desventuradas, com 297,5 mil km². O parque foi criado a partir de uma solicitação da Oceana Chile e da National Geographic, após uma expedição realizada no local, em 2013, identificar a riqueza da biodiversidade do local.
“O novo Parque Marinho Nazca-Desventuradas é um presente do Chile para o mundo. A área contém ecossistemas subaquáticos imaculadas como nenhum outro no oceano, incluindo os montes submarinos, com espécies desconhecidas para a ciência, abundância de lagostas gigantes e remanescentes de populações lobos finos Juan Fernandez, uma espécie que se acreditava extinta”, afirma Enric Sala, explorador da National Geographic.
Com o anúncio da criação dessas duas áreas protegidas, o Chile passa a proteger 12% de sua superfície marinha e antecipa o cumprimento da meta assumida perante a Comissão de Biodiversidade Biológica de proteger 10% de seu território marinho até 2020.
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OBA! Notícia boa, enquanto que por aqui só cortam as verbas do ICMBio e dizem que o momento não é propício à criação de novas!!!!
Ô país sem futuro!!!
Parabéns ao Chile!!! E o Brasil na mesma… vazando dinheiro! Aprenda com o Chile Dona "Tilma".