Ciro Gomes, oficialmente pré-candidato à presidência da República pelo PDT, disse nesta sexta-feira (21) que a questão ambiental terá “uma atenção super especial e prioritária” em um eventual governo seu. A fala foi dita durante discurso no lançamento de sua pré-candidatura na Convenção Nacional do PDT, na sede do partido, em Brasília (DF).
Em uma fala de quase uma hora, Ciro falou (e criticou) de tudo um pouco, de Bolsonaro aos estoques de alimentos. Sobre meio ambiente, disse que a questão ambiental “tanto será um instrumento vigoroso de proteção dos nossos ecossistemas, como de oportunidade de investimento para o Brasil”.
“Isso [o investimento] através do desenvolvimento de novas fontes de energia, a reorientação do uso do petróleo, alterações na forma de produzir carnes e outros alimentos e, enfim, a implantação de uma moderna infraestrutura de baixo uso de carbono. Saberemos provar e convencer a todos os brasileiros, mas especialmente aos nossos irmãos da Amazônia, que são 40 milhões de irmãos e irmãs nossas, que a floresta em pé vale incomparavelmente mais que a floresta derrubada e que de nossa Amazônia sairão os novos remédios que irão revolucionar a farmacologia mundial”. Apesar de elencar suas propostas, não as especificou ou explicou como será feito.
Quem ouviu seu discurso foram seus colegas de partido, além de quem o acompanhava pela transmissão ao vivo, que pode ser acessada em seu canal do Youtube.
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De fato, precisam ser feitas diversas coisas que reconheçam a importância do meio ambiente, que só serão possíveis por meio de políticas, obviamente contando com o apoio de políticos dispostos. Diferente da Marina Silva, que conhecia muito bem os caminhos, é preciso lembrar que experiência e o conhecimento sobre o que pode dar certo e o que pode dar extremamente errado é fundamental. Então, se o Ciro está tão disposto assim a enxergar que a floresta em pé vale bem mais que a degradada (o que é ótimo), seria interessante construir uma base de apoio com parlamentares com conhecimento, como Rodrigo Agostinho, da Frente Parlamentar Ambientalista. Caso contrário, se ele buscar se apoiar em políticos de mentalidade “colonizadora” ou “empresarial”, ao meio ambiente, novamente um novo tchau!