Há 16 dias, o fogo consome grandes porções de floresta do sul do Pará, divisa com Mato Grosso. No Refúgio de Vida Silvestre Rios São Benedito e Azul, bacia do Rio Teles Pires, as chamas já consumiram cerca de 5 mil hectares.
Com a estiagem na região e ventos fortes, as labaredas estão ainda fortes e o fogo, incontrolável. As chamas já invadiram a área da aeronáutica da Serra do Cachimbo, colocando 2 milhões de hectares de vegetação nativa sob risco.
Em algumas áreas, como é possível ver nas imagens e vídeos da galeria abaixo, quase nada sobrou. Os animais lutam para fugir das chamas e das cinzas da devastação. O fogo também já chega perto de pousadas e casas. Hóspedes foram evacuados.
“A chance de não sobrar nada na região é muito grande”, diz a diretora-executiva da Rede Pró-UC, Angela Kuczach. A organização, junto com outras locais, como o Observatório Socioambiental de Mato Grosso (Observa-MT), tem monitorado a área desde o início do incêndio.
A queimada de grandes proporções na região sul do Pará teve início logo após o fogo consumir cerca de 4 mil dos 118 mil hectares do Parque Estadual Cristalino II, localizado ao norte de Mato Grosso e a cerca de 100 km do local que agora está queimando. Segundo a Rede Pró-UC e parceiros, vários focos ainda estão ativos na região.
Imagens aéreas da região do Rio São Benedito. Imagens mostram fogo ativo consumindo a mata e o resultado da passagem das chamas Fotos: Pousada São Benedito.
Um grupo de queixadas (Tayassu pecari) tenta encontrar um novo local para viver, depois da área em que habitava ser destruída pelo fogo. Fotos: Pousada São Benedito.
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