Números atualizados pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE) nesta sexta-feira (6) mostram que os últimos dias da gestão de Jair Bolsonaro foram marcados por mais um recorde no desmatamento na Amazônia: 218 km² de floresta foram perdidos no mês, pior marca desde 2017. A área com alertas é equivalente à capital de Pernambuco, Recife.
Segundo o Observatório do Clima, mesmo que os resultados tenham sido influenciados pela alta cobertura de nuvens, os dados apresentados pelo INPE são alarmantes e confirmam a corrida pelo desmatamento que ocorreu no fim do mandato.
“Os alertas de destruição da Amazônia bateram recordes históricos nos últimos meses, deixando para o governo Lula uma espécie de desmatamento contratado, que vai influenciar negativamente os números de 2023. O governo Bolsonaro acabou, mas sua herança ambiental nefasta continua”, disse o secretário executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini.
O Pará aparece novamente no topo do ranking entre os estados da Amazônia Legal, com 105 km² de alertas registrados. Pela primeira vez, Roraima apareceu em segundo lugar, com 46 km² desmatados, seguido pelo Amazonas (20 km²), Mato Grosso (17 km²), Acre (13 km³), Rondônia (12 km²) e Maranhão (6 km²). Amapá e Tocantins não registraram desmatamento.
No acumulado de agosto a dezembro, período do governo Bolsonaro que será computado na conta de Lula, a área sob alertas chega a 4.793 km², número que representa um aumento de 54% em relação aos mesmos meses de 2021 e é recorde para o período na série histórica do INPE.
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