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Ministério Público investiga esquema de propina em órgão ambiental da Bahia

Servidores, ex-funcionários e outros investigados teriam recebido até R$ 16,5 milhões de fazendeiros para facilitar concessão de licenças ambientais

Cristiane Prizibisczki ·
22 de julho de 2024

O Ministério Público da Bahia, em conjunto com a Promotoria de Justiça e Polícia Militar do estado, investigam a participação de servidores e ex-funcionários do Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) em um esquema de propina para concessão de licenças ambientais. Sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos na última sexta-feira (19), durante a “Operação Ceres”.

Segundo o MP-BA, seis pessoas foram alvos da ação. Durante a execução da operação, foram apreendidos documentos, celulares, computadores e jóias. Os investigados são acusados de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Eles estariam envolvidos em esquema de pagamento de propinas, no total de R$ 16,5 milhões, cobradas para viabilizar ilegalmente a concessão de licenças ambientais e autorizações de supressão de vegetação, entre os anos de 2019 e 2023.

Segundo o Ministério Público, o pagamento de propinas foi realizado, na maior parte, por fazendeiros ou empresas relacionadas a empreendimentos rurais do oeste do estado. 

Os materiais apreendidos serão analisados pela Promotoria de Justiça do estado e encaminhados para os órgãos competentes para a determinação das medidas cabíveis.

((o))eco entrou em contato com o Inema e com a ouvidoria do Governo do Estado da Bahia para saber quais seriam as medidas tomadas pelo poder público, mas até o fechamento do texto não recebeu resposta. O espaço permanece aberto.

  • Cristiane Prizibisczki

    Jornalista com quase 20 anos de experiência na cobertura de temas como conservação, biodiversidade, política ambiental e mudanças climáticas. Já escreveu para UOL, Editora Abril, Editora Globo e Ecosystem Marketplace e desde 2006 colabora com ((o))eco. Adora ser a voz dos bichos e das plantas.

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