Depois de quase um mês sem chefia, o presidente do ICMBio, Homero Cerqueira, nomeou o novo chefe do Parque Nacional da Tijuca, o coronel da reserva do Corpo de Bombeiros, Carlos Eduardo de Castro Tavares. A nomeação saiu na edição desta sexta (05) no Diário Oficial da União (Portaria nº617/2020). O parque carioca, o mais visitado do país, estava desde o dia 11 de maio sendo gerido por um interino.
O coronel está na reserva dos Bombeiros desde setembro de 2018. Antes disso, seu último cargo foi como Diretor Geral de Comando e Controle Operacional no Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro. Entre as justificativas apresentadas para confirmar a compatibilidade do perfil profissional do coronel com a chefia de uma unidade de conservação está o fato dele ter sido Subcomandante do 2º Grupamento de Socorro Florestal e Meio Ambiente – 2º GSFMA do CBMERJ – no período de 2007 a 2009.
Este será o 3º nome a ocupar o cargo de chefia do Parque Nacional da Tijuca apenas este ano. No começo do ano, a posição era da analista ambiental do ICMBio, Sonia Maria Sfair Kinker, que ficou no cargo por um ano, de janeiro de 2019 a 20 de janeiro de 2020, quando foi dispensada. Apenas no dia 11 de março, o novo chefe foi anunciado, o também coronel da reserva do Corpo de Bombeiros, André Soares de Mello, que ficou apenas dois meses na posição, antes de ser transferido para a chefia da Gerência Regional do Sudeste (GR 04), publicada no dia 11 de maio no Diário Oficial.
“É preocupante isso, o esvaziamento de pessoas que foram treinadas e capacitadas pelo ICMBio e que tem o conhecimento pro cargo. Eu senti muito quando a Sônia saiu, porque era uma pessoa competente, uma servidora do ICMBio, capacitada tecnicamente e aberta ao diálogo , o que também é muito importante. Aí de repente ficamos sem ninguém. Depois veio o André, que foi apresentado ao Conselho numa reunião online, e agora temos esse novo chefe, também do Corpo de Bombeiros. Vamos ver como vai ser”, pondera a representante da Associação dos Moradores do Cosme Velho, membro do Conselho Consultivo do parque, Maria Lobo.
De portas fechadas desde 17 de março devido à pandemia do novo coronavírus, o Parque Nacional da Tijuca está com todas as suas atividades paralisadas, não apenas a visitação, mas também a pesquisa e as ações de manejo. Os únicos funcionários que permanecem atuantes no parque são uma telefonista e a equipe de vigilantes patrimoniais. Todos os outros servidores e funcionários estão em trabalho remoto.
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Um atraso de vida para qualquer setor do Brasil essas nomeações ideológicas.