Os impactos causados pela BR-101, que corta a Reserva Biológica de Sooretama, no Espírito Santo, são desastrosos para a fauna silvestre da região. A média é de três atropelamentos por dia.
Em vídeo publicado na página do Facebook Instituto Socioambiental Sooretama, o analista ambiental Valdir Martins, do Instituto Chico Mendes, fala sobre a importância dessa unidade de conservação e das mortes de animais silvestres no trecho de 5 km que divide ao meio a área protegida, alguns deles ameaçados de extinção, como é o caso da onça parda (Puma concolor), do Tatu-canastra (Priodontes maximus) e do Gavião-real (Harpia harpyja).
O vídeo foi feito durante a limpeza de um dos freezers da unidade, utilizado para armazenar os corpos dos animais mortos, vítimas de atropelamento.
“A necessidade de implantar medidas mitigatórias no trecho são apontadas por gestores da UC desde a confecção do seu plano de manejo em 1981. Desde essa época, pouco se fez para minimizar os impactos causados pela rodovia sobre a nossa biodiversidade, esperamos que a concessionária que atualmente cuida da rodovia e os órgãos competentes avaliem com rigor as obras que estão previstas para serem realizadas para ampliação da rodovia, criando alternativas para a fauna que precisa atravessar a via, levando em conta a vulnerabilidade e hábitos de cada grupo faunístico, além de contribuir para a segurança dos usuários” diz o texto que acompanha o vídeo.
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Realmente uma tragédia, ameaçada ou não, seja uma onça-parda ou uma capivara não importa… o prejuízo para o meio ambiente é enorme. Na região que eu moro, em 2 anos, cerca de 4 onças pardas foram atropeladas em um trecho de menos de 1km de uma estrada. Lastimável o descaso da sociedade e do poder público.
Que mania "O ECO" tem de dizer que a onça parda é ameaçada de extinção!
Caro Carlos, a espécie é classificada como espécie vulnerável pelo ICMBio (http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/biodiversidade/fauna-brasileira/avaliacao-do-risco/PORTARIA_N%C2%BA_444_DE_17_DE_DEZEMBRO_DE_2014.pdf). Abraços
Ação na justiça federal já.