Análises
6 de dezembro de 2005

Esculpindo em cadáveres

De Vera LeiteSilvia,A forma como o escultor decidiu expressar sua arte nos faz pensar em muitas coisas. Ele nos coloca na parede dizendo que devemos pensar na natureza e em como ela nos serve. Por que cortar arvores vivas para nos servir se podemos utilizar suas sobras de queimadas que muitas vezes nós mesmos provocamos.Esta história da natureza é muito vasta. Se realmente formos pensar nos detalhes do dia a dia somos todos assassinos. Mas o pior são aqueles assassinos que ainda levam o troféu para casa, como alces pendurados nas paredes.Pessoas como Hugo França nos fazem pensar no que podemos colaborar. Não havia pensado desta forma, que todos os dias nos sentamos em móveis de madeira e nunca paramos para pensar no número de árvores que foram cortadas para fabricar tantas mesas e cadeiras. Porem, teu texto sobre o escultor me despertou para uma realidade cotidiana nunca questionada.Não saber e não pensar em nada do que está a nossa volta deve ser mais simples que viver com um ponto de interrogação na consciência.Um abraço,

Por Redação ((o))eco
6 de dezembro de 2005
Notícias
6 de dezembro de 2005

Em cima do laço

O Ministério das Minas e Energia (MME) publicou nesta segunda-feira, dia 5, portaria ampliando o prazo para projetos de usinas hidrelétricas apresentarem licença ambiental, a tempo de participar do leilão da Aneel marcado para o dia 16. O prazo anterior era de 10 dias antes do leilão – ou seja, esgotava-se hoje. Agora as empresas podem aparecer com suas licenças até 2 dias antes do leilão.

Por Lorenzo Aldé
6 de dezembro de 2005
Notícias
5 de dezembro de 2005

Números da devastação

Saiu o número oficial do desmatamento na Amazônia deste ano. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a região perdeu 18,9 mil km2 de floresta entre agosto de 2004 e agosto de 2005. Representa uma queda de 30% em relação ao número registrado no período anterior, quando o desflorestamento atingiu 27,2 mil km2. A derrubada de árvores caiu sensivelmente na Terra do Meio e na região da BR-163 no Pará. Na primeira, a queda foi de 75%. Na BR-163, caiu em média 55%. Em compensação, o Inpe registrou um recrudescimento da derrubada de árvores no Sul do Amazonas. Ela cresceu cerca de 50% em relação ao ano anterior. É a primeira vez desde que o Inpe começou a contabilizar o desmatamento na região, há 17 anos, que o número é divulgado no mesmo ano em que foi coletado.

Por Carolina Elia
5 de dezembro de 2005
Colunas
5 de dezembro de 2005

Esculpindo em cadáveres

Escultor transforma troncos de árvores mortas em cadeiras e mesas que fazem o maior sucesso nas galerias de Paris. A matéria-prima são restos da Mata Atlântica.

Por Silvia Pilz
5 de dezembro de 2005
Análises
5 de dezembro de 2005

Paisagem um pouco mais florestal

De Helton P. F. LeiteMaria Tereza Jorge Pádua,Li hoje seu texto,Paisagem um pouco mais florestal, disponível no O Eco.Também sou agrônomo, também com vários anos de prática, também concordo que o plantio de eucalipto pode ser menos desastroso que muitos querem acreditar. Mas, especificamente com relação ao uso de água parece que não concordo com sua posição.Hoje já se adota, ou planeja adotar, o corte do eucalipto em mosaicos dentro de uma mesma bacia hidrográfica como forma de diversificar a intensidade de demanda por água. Assim haveria um mosaico com várias idades na mesma região e a consequente demanda por água menos intensa.O eucalipto tem grande capacidade de crescimento no centro-sul brasileiro, por isto também tem grande capacidade de consumo de água. É normal o abaixamento do lençol freático nos primeiros anos de crescimento da planta, isto é visível nos pequenos córregos que diminuem após o plantio. Ocorre que na prática ainda se corta toda a área quando atinge a idade de 6 a 7 anos. Assim a demanda por água novamente será alta durante a rebrota ou novo plantio. Por isto a tentativa de mitigar o impacto com o mosaico de idades.A diminuição do nível dos rios não é visível nas áreas de soja, ou milho, mas sim nas áreas abaixo dos novos reflorestamentos com eucalipto.Entendo que o eucalipto terá grande impacto positivo na preservação da madeira natural, na contenção das erosões nas encostas, no sequestro do carbono e até no ciclo de chuvas/microclima. Mas tenho visto que de fato os plantios comerciais diminuem a disponibilidade hídrica da região durante sua fase de alto crescimento incial (até os 3 ou 4 anos?).AtenciosamenteCaro colega Helton,Muito obrigada por suas sugestões e por ler o artigo. Com relação ao déficit hídrico do eucalipto, baseei-me em pesquisas científicas já publicadas. Se você quiser posso lhe enviar diretamente as fontes bibliográficas.Maria Tereza

Por Redação ((o))eco
5 de dezembro de 2005
Colunas
3 de dezembro de 2005

Crédito Polêmico

Empréstimo polêmico da IFC, do Banco Mundial, a projeto de soja de Blairo Maggi sofre auditoria e ajuda a mudar análise de risco sócio-ambiental da organização.

Por Sérgio Abranches
3 de dezembro de 2005
Reportagens
2 de dezembro de 2005

Nem um pouco selvagem

Onça que vivia como cão numa fazenda é encontrada junto com armas usadas em caçadas no Pantanal. Incapaz de voltar à natureza, tenta se acostumar ao novo lar.

Por Carolina Mourão
2 de dezembro de 2005
Notícias
2 de dezembro de 2005

Culpa de quem?

Claudio Langone, secretário-executivo de Marina Silva, deu um tiro no pé do governo. Ao anunciar esta semana que os ministérios do Meio Ambiente e da Integração pretendem investir 120 milhões na revitalização do rio São Francisco, disse que o futuro do Velho Chico ao Congresso pertence. O que só se explica pelo fato do governo ter renegado a necessidade de se revitalizar o rio quando planejou a bilionária transposição.

Por Redação ((o))eco
2 de dezembro de 2005
Notícias
2 de dezembro de 2005

Assim é fácil

Como já mostrou o colunista Sérgio Abranches, culpar o Congresso por se recusar a aprovar uma emenda constitucional que comprometerá 0,5% do orçamento com a revitalização do São Francisco pelos próximos 20 anos é fácil e, ao mesmo tempo, uma irresponsabilidade fiscal.

Por Redação ((o))eco
2 de dezembro de 2005
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