Reportagens
15 de setembro de 2004

Lição de baleia

Rio ganha núcleo do Projeto Baleia Franca ao fim de um vôo de helicóptero que durante 4 dias monitorou a presença dessa espécie de mamífero na costa brasileira

Por Manoel Francisco Brito
15 de setembro de 2004
Análises
15 de setembro de 2004

Rio São Francisco

De Rodrigo NerySou leitor eventual do site e gostaria de ler um artigo, entrevista ou reportagem sobre o projeto de transposição de águas do Rio São Francisco (não me lembro de ter lido sobre isso no site, corrijam-me se estiver errado). Lula voltou a falar desse assunto hoje, com sua habitual falta de argumentos, com comentários do tipo "quem é contra esse projeto não bebeu água suja, como eu, quando era criança". Quer dizer, quem mora na bacia do São Francisco pode beber? Este rio não está seriamente ameaçado pelo assoreamento provocado pelo desmatamento de suas margens para a pecuária? O semi-árido não é, em grande parte, uma paisagem antropomorfizada, criada pelo desmatamento não apenas do interior, mas também do litoral? Sendo assim, não seria mais inteligente reflorestar as margens do rio São Francisco, o litoral do Nordeste e o próprio semi-árido, na medida do possível? Se puderem me esclarecer estas dúvidas, obrigado. De resto, parabéns pelo excelente site. Só falta usar mais fotografias, para ficar perfeito.

Por Lorenzo Aldé
15 de setembro de 2004
Análises
15 de setembro de 2004

Lixo e estética

De: Karin PeyParabenizo Silvia Pilz por sua coluna intitulada "O que vale é a estética". Sua análise sobre o lixo e a estética é perfeita. Nos dias de hoje, o que vale é o que se aparenta, e não o que se é. Nunca diga que não gosta do novo CD da desafinada, e ultra "deci-bélica", Banda Super X. Compre, do contrário descobrirá o que é viver numa ilha deserta. Sua identidade não é composta pelo que conclui, de tudo que leu, viu ou sentiu. Sua identidade é fabricada no marketing do lucro desenfreado. Tudo é válido para que você não seja você, mas apenas a lixeira dos inúmeros produtos inúteis, ignorantes e danosos que consome. O lixão que frequentamos nas praias, bate ponto em muitos outros locais. Conheço uma geladeira, que habitou uma rua de Copacabana por meses. Na cidade de São Paulo, distraía-me, nos engarrafamentos das marginais, adivinhando qual seria o próximo utilitário doméstico que encontraria alguns metros adiante. Muitas vezes, me surpreendia com o bom estado dos objetos. Quando penso que vivemos numa sociedade onde se é um completo "babaca" por não se consumir o novo, o super novo e o extra novo, sinto saudades da infância. Sou do tempo, não tão distante assim, onde ainda não havia "know-how" suficiente para transformar o indivíduo, através da chantagem, num ser ignorante que se endivida, até a alma, de modo a sentir-se consatantemente amado e respeitado pela sociedade. O lanche, embrulhado em guardanapo de pano, viajava até à escola em duráveis merendeiras de couro. Hoje, há todo tipo de saco brilhante contendo uma pseudo nutrição colorida e com sabor próximo ao do isopor. A estética da embalagem, é um fator importante para o consumo do conteúdo. A "estética" do estômago só é percebida, quando os pais, e não os super heróis estampados nestes produtos, levam a criança aos médicos. A embalagem, poderá até ser jogada na lixeira da escola por um feliz pequeno consumidor da moda, mas terá como destino final algum lixão da prefeitura. Viverá, por mais algumas centenas de anos, infernizando o meio ambiente com uma persistente gastrite incurável. Quanto ao guardanapo de pano, que volta da escola ainda cheirando a pão com queijo... Coisa mais careta, não merece respeito.

Por Redação ((o))eco
15 de setembro de 2004
Análises
15 de setembro de 2004

Empalhador

De Vladimir Martins Mendes      Geógrafo e Análista AmbientalPrezado Sérgio,Meu nome é Vladimir Martins, conversamos outro dia na casa do Fred (BH -Geógrafo). Entrei no site, achei muito legal e li uma entrevista sobre um empalhador húngaro que montou um museu em Goiânia. Gostaria de falar que no Vale do Jaquitinhonha, na cidade onde nasci, Itaobim, tem o Museu do Canjira, que é um taxidermista que abriga em seu museu várias espécies do Cerrado Brasileiro. O museu não é tombado, e não recebe nenhum incentivo financeiro. O Sr. Canjira ou mestre Canjira como ele gosta de ser chamado vive de serviços no campo (venda de queijo, leite, remédios naturais, etc.), e o museu vive de doações de estudantes que passam lá para conhecer. Existe uma caxinha para doações em dinheiro. Para vc ter idéia da importância parece que alunos da USP já andaram fazendo algumas pesquisas por aquelas bandas.Mais informações façam contato comigo e por favor me cadastrem para eu receber noticias do "OECO".Saudações.

Por Redação ((o))eco
15 de setembro de 2004
Notícias
15 de setembro de 2004

Será que vai?

O governo vai tentar aprovar amanhã o projeto de Lei de Biossegurança que está há mais de um ano atravancado no Senado. Ele libera e regula, entre outras coisas, o uso de sementes trangênicas no Brasil e, segundo a Folha de S. Paulo (só para assinantes), seu texto é uma derrota para os ministérios da Saúde e do Meio Ambiente. Os eventuais papéis que ambos poderiam ter em relação ao tema foram repassados à Comissão Tecnica Nacional de Biossegurança. Não há muito tempo mais para empurrar com a barrriga a aprovação do projeto. O Brasil vai começar a plantar soja para a próxima safra em outubro. Com ou sem lei, boa parte dela será transgênica. É pelo menos o que diz, com todas as letras, o presidente da Federação de Agricultura do Rio Grande do Sul à O Estado de S. Paulo (só para assinantes).

Por Manoel Francisco Brito
15 de setembro de 2004
Notícias
15 de setembro de 2004

Anti-revolucionário

A MIT Technology Review (gratuita, pede cadastro) publica entrevista com o cientista político Greg Conko, que acaba de lançar um livro, The Frankenfood Myth, no mínimo oportuno para a discussão sobre a modificação genética de sementes. O texto é a favor dos transgênicos e diz que a política de protestos contra eles está ameaçando a revolução pela biotecnologia.

Por Manoel Francisco Brito
15 de setembro de 2004
Notícias
15 de setembro de 2004

Negócio da China

A aproximação comercial entre Brasil e China, pela qual o presidente Lula tanto tem se esforçado, chegou ao agrobusiness: a Embrapa, diz o Valor (só para assinantes), vai pesquisar o genoma da soja em parceria com os chineses. O Brasil é o terceiro maior exportador de soja do mundo, atrás dos EUA e da Argentina, e o último a aderir à soja transgênica. A pesquisa da Empraba com a Academia Chinesa de Ciências Agrárias pode ser a chance de não precisar de o Brasil não precisar da Monsanto, grande produtora das sementes geneticamente modificadas.

Por Manoel Francisco Brito
15 de setembro de 2004
Notícias
15 de setembro de 2004

Exagero americano

Os paisagistas americanos estão incluindo nos jardins que desenham para clientes, um novo elemento: animais vivos. Alguns usam lhamas, outros vacas, faisões e até galinhas. Seus donos não estão nem aí para criá-los, conta reportagem do The Wall Street Journal (só para assinantes). Sua única função e servir de decoração – como as plantas.

Por Manoel Francisco Brito
15 de setembro de 2004
Notícias
15 de setembro de 2004

O novo anti-Bush

Tony Blair rompeu com George Bush por causa do clima. Já era coisa esperada. Blair precisava reconstruir um certo prestígio junto ao eleitorado inglês, que está cada vez mais preocupado com questões ambientais, em especial com o fenômeno do aquecimento do planeta. No parlamento, onde foi provocado pelos conservadores, Blair se disse chocado com as possíveis consequências do efeito estufa e prometeu que vai tornar o tema um dos principais do G-8, forum que reúne as nações mais ricas.

Por Manoel Francisco Brito
15 de setembro de 2004
Notícias
15 de setembro de 2004

Briga

Quando uma construtora resolveu construir dois prédios em terrenos muito próximos à sua fábrica em São Bernardo do Campo (SP), a Ford avisou: vai dar problema. A construtora não quis nem saber. Levantou sua obra e criou uma pendenga judicial que corre há 3 anos. Os moradores reclamam de vibrações insuportáveis em seus apartamentos. A Ford não fala, mas é evidente que ao sugeir que o condomínio fosse construido em outro lugar, tinha ciência de que era grande a possibilidade de confusão. A construtora foi avisada, mas alega que a empresa desrespeita as normas de ruídos e já foi autuada pela Cetesb. Alguém fez papel de bobo. Tudo indica que foram os compradores dos apartamentos. O Valor (só para assinantes) diz que o caso preocupa os sindicatos do ABC. Temem que estas disputas ambientais acabem levando as empresas para longe da cidade.

Por Manoel Francisco Brito
15 de setembro de 2004
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15 de setembro de 2004

Anti-sal

O Guardian (gratuito) faz um perfil da Cash – sigla em ingles da Ação Consensual sobre o Sal e a Saúde – grupo fundado há dez anos para lutar contra o excessivo consumo de sal. Acusa o produto de ser responsável por cerca de 120 mil mortes por ano na Inglaterra. Graças aos seus esforços, o governo está lançando uma campanha de 4 milhões de libras para persuadir a população a reduzir a presença do sal no que ela come. O problema é que a maior parte do sal que é consumido já vem adicionado aos alimentos. Sobre esta parte do sal, nenhum consumidor tem controle. A Cash acha que o governo deveria antes agir junto aos fabricantes de comida.

Por Manoel Francisco Brito
15 de setembro de 2004
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14 de setembro de 2004

O Pico da Bandeira não foi rebaixado

Atenção aficionados do Pico da Bandeira, ele não foi rebaixado pelo IBGE. O projeto Pontos Culminantes, que está utilizando alta tecnologia para medir com maior precisão as principais montanhas brasileiras, ainda não chegou ao hoje terceiro mais alto do país, primeiro totalmente em território nacional. As expedições já realizadas este ano é que revelaram mudanças nas altitudes de quatro picos brasileiros: Pico da Neblina, Pico 31 de Março, Pico das Agulhas Negras e Pico da Pedra da Mina. Mas ainda este ano, o projeto alcançará o Pico da Bandeira (cujo último valor de altitude é 2889,8m) e o Pico do Cristal (2780 m, na última medição), ambos na divisa entre Minas Gerais e Espírito Santo. Promessa do IBGE.

Por Carolina Elia
14 de setembro de 2004
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