Durante todas as expedições que realizamos, o líder foi um sujeito engraçado e experiente chamado Don Santee. Don já passou dos cinqüenta e, há mais de trinta anos, roda o mundo em busca de aventuras e mergulhos. Ele foi um dos mergulhadores na expedição da década de oitenta, e é uma espécie de velha geração de exploradores que ainda mantêm o espírito incansável de buscar o desconhecido.
Don adora contar os causos que passou ao lado de Jacques Cousteau, com quem começou a viajar e mergulhar ainda bem jovem. Ele era uma espécie de assistente de mergulho na expedição da década de oitenta. Segundo ele, o que mais mudou na Amazônia nesses últimos 25 anos foi a questão da regularidade e controle das áreas. Quando me disse isso, estava bastante influenciado pelos dias que passamos em Mamirauá, ou melhor, Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá.
Para chegar em Mamirauá é preciso ir ao município de Tefé. Toda a equipe se encontrava em Manaus. No dia da partida acordei cedo. Era a primeira vez que iria navegar pelas águas marrons do rio Solimões. O plano era zarpar do píer do hotel Tropical em Manaus às sete da manhã. No entanto, durante o abastecimento da noite anterior, a tripulação notou um problema na sala de motor do barco, e quando solucionado já passava das três da tarde.

Foi por conta de estudos sobre esses primatas realizados pelo falecido pesquisador Márcio Ayres que começou o movimento que acabou resultando na criação da Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá. A impressão de Don fazia jus aos dias que passamos naquela reserva, e Mamirauá é sem dúvida um exemplo a ser seguido.
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