No verão de 1963, quando a expressão “aquecimento global” era ainda insípida, dois jovens caçadores esquimós perceberam que, do alto de uma das grandes geleiras da Groenlândia, vertia um rio formado pelo degelo. Era o “Big Ice”, então com 7,5 quilômetros de extensão e 1,5 quilômetros de altura, que começava a derreter.
Segundo eles, ninguém mais pode parar o degelo. “Teríamos, por exemplo, que parar de guiar por muitos anos, e isso não vai acontecer”, diz Angaangag. Para as comunidades de esquimós, é tarde demais. O que resta fazer é rezar, pedindo para que o coração dos homens também se “derreta”, e o resto do planeta não fique tão comprometido quanto a Groenlândia.Leia também
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