Reportagens

Ceará e a degradação à beira-mar

Até 1996, um passeio pelas dunas do Cumbe, vila no município de Aracati (CE), servia para admirar os manguezais da região. Hoje, o que se vê são fazendas de camarão abandonadas ao longo do litoral.

Redação ((o))eco ·
17 de setembro de 2008 · 17 anos atrás
Visão aérea de outra fazenda de camarão abandonada no Cumbe. Diferente das outras, ela foi aberta longe do mangue, o que exigiu uma drenagem das águas do rio Jaguaribe. (Foto: Felipe Lobo)
Visão aérea de outra fazenda de camarão abandonada no Cumbe. Diferente das outras, ela foi aberta longe do mangue, o que exigiu uma drenagem das águas do rio Jaguaribe. (Foto: Felipe Lobo)
Por mais que o impacto seja muito aparente, os empreendimentos também sabem ser invisíveis. Eles chegam, usam terrenos e recursos públicos e depois vão embora impunemente. Algumas de suas técnicas já são conhecidas, mas ainda não coibidas. “Desde 1997, os produtores fazem um esquema: bloqueiam o curso dos afluentes dos rios a partir do trecho que desejavam usar. Assim, sem a mistura de água salgada com doce, o mangue morria. Bastava eles dizerem que o ecossistema já estava acabado antes de eles chegarem e pronto, tinham o aval para colocar seus tanques”, finaliza João do Cumbe.

Leia também

Podcast
12 de maio de 2025

Entrando no Clima #46 – Bioeconomia e clima, uma discussão necessária em ano de COP30 

Salo Coslovsky, professor da Universidade de Nova York e pesquisador do projeto Amazônia 2030, explica como essas duas agendas se interligam

Notícias
12 de maio de 2025

Crise climática irá encolher o lar de anfíbios na América Latina

Estudo mostra que até 2050 quase metade das espécies de sapos e rãs deve perder áreas de habitat na região, algumas dela por completo, devido às mudanças do clima

Notícias
12 de maio de 2025

Desmatamento na Mata Atlântica reduziu, mas queda ainda é tímida, dizem especialistas

A área total desmatada caiu 14% em 2024, mas a perda das matas maduras teve redução de apenas 2%. Os dados são do SAD e do Atlas da Mata Atlântica

Mais de ((o))eco

Deixe uma resposta

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.