Reportagens

O que pensam os candidatos a prefeito da capital da sustentabilidade?

Novas unidades de conservação urbanas, adaptação climática e cidade esponja. O que prometem os principais candidatos à prefeitura de Curitiba

Neise Marçal ·
11 de setembro de 2024

Graças às mudanças promovidas pela gestão de Jaime Lerner, urbanista que governou a capital do Paraná em três mandatos (1971/75, 1979/83 e 1989/92), Curitiba ainda hoje carrega o epíteto de capital mais sustentável da América Latina e referência em mobilidade urbana. O ex-prefeito viabilizou a abertura de vias exclusivas para ônibus urbanos, além da criação de pontos turísticos importantíssimos para a cidade, como o Jardim Botânico de Curitiba, os Parques São Lourenço e Barigui. Mas há quem conteste esses rótulos. 

“Curitiba sempre foi muito boa de marketing”, provoca Clóvis Borges, diretor executivo da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS). 

Atualmente, mais de 1 milhão e 800 mil pessoas moram em Curitiba, segundo o IBGE, o que torna a cidade a oitava capital mais populosa do país. A água consumida pelos moradores vem da região metropolitana, deixando a capital dependente dos cuidados que os municípios desta região têm com seus mananciais. 

Embora a pecha de capital ecológica se mantenha, Curitiba foi a sétima cidade que mais emitiu gases de efeito estufa na atmosfera em 2021, segundo o Observatório do Clima. 

“A destruição sistemática de áreas naturais em função da expansão territorial para a construção de condomínios e empresas acontece todo dia. O grande movimento que gostaríamos de ver é a capital abrindo diálogo com a região metropolitana. A sociedade ainda é alheia à conservação da natureza”, comenta Clóvis Borges, que destaca que o crescimento das cidades e seu entorno comprometem o avanço das melhorias ambientais necessárias ao município. 

Marketing e comprometimento ambiental

Para o diretor executivo da SPVS, Curitiba sempre foi muito boa de marketing. “A grande notícia é quantas mudas a cidade plantou, mas o que o plantio resolve na proteção de demandas naturais? É um equívoco e uma visão “malandra” que consegue convencer as pessoas. Estamos escondendo o sol com a peneira. Proteger áreas remanescentes é prioridade. O desafio é fazer a narrativa que mude cenários emergenciais de curto e médio prazo. Desconsiderar a conservação é o fundo do poço. A população precisa refletir sobre o que ganha com a produção de natureza para que a ideia pegue e produza comprometimento”, analisa Clóvis Borges. 

Borges destaca como aspecto positivo no meio ambiente do município o crescimento de reservas privadas (RPPNs – Reserva Particular do Patrimônio Natural) dentro da cidade e diz que a ampliação delas para a região metropolitana traria um avanço importante na conservação ambiental da capital paranaense. 

Sem contestar os rótulos, os quatro principais candidatos à prefeitura da capital responderam a ((o))eco o que pretendem fazer na área ambiental caso sejam eleitos [veja abaixo].

Proposta dos candidatos

Curitiba tem 10 candidatos concorrendo ao cargo de prefeito para a próxima gestão – concorrem Cristina Graeml (PMB); Eduardo Pimentel (PSD); Felipe Bombardelli (PCO); Luciano Ducci (PSB); Luizão Goulart (Solidariedade), Maria Victoria (PP); Ney Leprevost (União Brasil); Professora Andrea Caldas (PSOL); Roberto Requião (Mobiliza) e Samuel de Mattos (PSTU). ((o))eco ouviu os quatro candidatos com as melhores colocações nas pesquisas eleitorais sobre as principais promessas de campanhas para o meio ambiente. Veja:

O Vice-Prefeito de Curitiba disputa a eleição com apoio do atual prefeito, Rafael Greca (PSD), do governador Ratinho Júnior (PSD), e de uma coligação com 7 partidos políticos. 

((o))eco: Quais as propostas para a proteção de áreas naturais existentes? 

Darei continuidade à implantação da Reserva Hídrica do Futuro de Curitiba, ao longo do rio Iguaçu. Serão 2 quilômetros (corredor ambiental) entre o rio Barigui e o rio Atuba e [a obra] prevê, além da implantação de novas unidades de conservação para sua formação, entre as regiões norte e sul de Curitiba, a mitigação de cheias e a reserva de água para o abastecimento emergencial, na ocorrência de eventos climáticos extremos. 

Também está no plano de governo a implantação de estruturas para mitigação de cheias, para combate aos eventos climáticos extremos, e recuperação ambiental do rio, na bacia do rio Belém, numa extensão de 7 km (trecho entre Linha Verde e rio Iguaçu), promovendo a sustentabilidade e a melhoria da qualidade de vida dos habitantes. 

Serão criadas, ainda, oito novas unidades de conservação buscando ampliar as áreas verdes do município, o percentual de área verde por habitante, promovendo a sustentabilidade ambiental e melhoria da qualidade de vida, além de ser uma estratégia eficaz na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. Outro compromisso é a implantação de três florestas urbanas buscando reduzir o efeito de “ilhas de calor urbano”, melhoria da qualidade do ar, controle de alagamentos, além de também ser uma estratégia na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. 

Qual a relação que pretende ter com as cidades da região metropolitana de onde vem a água que abastece Curitiba? 

Nosso plano de governo prevê a criação do Programa Metropolitano de Conservação da Natureza e Segurança Hídrica. O programa terá a finalidade de mapear remanescentes florestais presentes nas áreas contribuintes dos sistemas de abastecimento público do Piraquara 1 e 2 e do Iraí. Por meio de políticas públicas como pagamentos por serviços ambientais aos proprietários que conservam a natureza e a criação de reservas particulares do patrimônio natural (RPPNs) objetivando-se atuar evitando o desmatamento e garantindo a proteção dos principais mananciais de abastecimento público de Curitiba e Região Metropolitana, criando um comitê gestor e um fundo metropolitano para a conservação e segurança hídrica. 

Quais as propostas de adaptação climática do município? 

Estudos feitos dentro do Plano Municipal de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas de Curitiba (PlanClima) apontam as prováveis mudanças climáticas pelas quais Curitiba vai passar nas próximas décadas. Nosso plano de governo apresenta várias propostas para a área de sustentabilidade ambiental dentro do eixo Curitiba Inovadora e Sustentável. Entre elas está a continuidade da criação da Reserva Hídrica do Futuro de Curitiba, obra que já está em andamento pela Prefeitura de Curitiba. 

A Reserva Hídrica do Futuro, ao longo do rio Iguaçu, está sendo implantada numa extensão de 26 km (corredor ambiental) entre o rio Barigui e o rio Atuba e prevê além da implantação de novas unidades de conservação para a sua formação, entre as regiões norte e sul de Curitiba, a mitigação de cheias e a reserva de água para o abastecimento emergencial, na ocorrência de eventos climáticos extremos. 

A ação também prevê uma nova regulamentação dos parâmetros construtivos da região, no âmbito do zoneamento e do Plano Diretor, cujo objetivo é tornar a região mais atrativa considerando o desenvolvimento sustentável, as medidas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, e o desenvolvimento sócio econômico voltado a um plano urbanístico de transformação da região. Outra proposta é a de mitigação de cheias na bacia do rio Belém, que consiste na implantação de estruturas para mitigação de cheias para combate aos eventos climáticos extremos, e recuperação ambiental do rio, na bacia do rio Belém, numa extensão de 7 km (trecho entre a Linha Verde e Rio Iguaçu), promovendo a sustentabilidade e a melhoria na qualidade de vida dos habitantes. Ação vinculada ao Projeto de Requalificação Ecodistrito Belém, já em andamento e coordenado pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc). 

Também serão criados oito novos parques buscando ampliar áreas verdes do município, o percentual de área verde por habitante, promovendo a sustentabilidade ambiental e melhoria da qualidade de vida, além de ser uma estratégia eficaz na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. Além disso, serão implantadas três florestas urbanas para buscar reduzir o efeito de “ilhas de calor urbano “, melhoria da qualidade do ar, e controle de alagamentos, sendo mais uma estratégia de mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. Será ampliado o plantio das 100 mil árvores para 125 mil por ano em Curitiba. A contagem vai considerar a realização de doações de mudas e plantios comunitários em áreas e vias públicas e adensamento florestal nas áreas de proteção e conservação ambiental. A ação possibilitará a absorção de CO2 corresponderá a compensação (absorção de carbono) de mais de 10% das emissões produzidas pela cidade, reduzindo os efeitos das mudanças climáticas 

O deputado estadual disputa pela terceira vez o posto na capital paranaense. O candidato aposta na popularidade do ex-juiz para conquistar os votos dos curitibanos. 

((o))eco: Quais as propostas para a proteção de áreas naturais existentes? 

Nossa proposta para a proteção das áreas naturais foca na preservação e ampliação de áreas verdes e na implementação de soluções sustentáveis. Com o conceito de “Cidade Esponja”, planejamos tornar a cidade mais permeável, reduzindo o risco de enchentes e ajudando a recarregar os lençóis freáticos. Essa abordagem evita a degradação dos recursos hídricos e contribui para a preservação dos ecossistemas locais. Também incentivaremos o uso de tetos verdes e jardins de chuva, que além de controlar o escoamento da água, aumentam a biodiversidade e protegem as áreas naturais urbanas. 

Qual a relação que pretende ter com as cidades da região metropolitana de onde vem a água que abastece Curitiba? 

Pretendemos construir uma relação colaborativa e sustentável com as cidades da região metropolitana, especialmente aquelas que fornecem água para Curitiba. Vamos promover uma gestão integrada dos recursos hídricos, aplicando o conceito de “Cidade Esponja”em toda a região para garantir a absorção, retenção e reutilização da água da chuva, ajudando a preservar os mananciais. Além disso, incentivaremos projetos conjuntos de energia renovável, como usinas solares, para garantir que toda a região adote práticas sustentáveis, gerando benefícios para Curitiba e as cidades vizinhas. 

Quais as propostas de adaptação climática do município? 

Nossa proposta de adaptação climática envolve a implementação do conceito de “Cidade Esponja “, que criará superfícies permeáveis para capturar e reutilizar a água da chuva, evitando enchentes e melhorando a autossuficiência hídrica. Além disso, investiremos em usinas solares urbanas para reduzir o consumo de energia elétrica e incentivar o uso de energia limpa. A partir dessas iniciativas, pretendemos adaptar Curitiba às mudanças climáticas, reduzindo a sobrecarga nos sistemas de drenagem, melhorando a qualidade da água e criando uma infraestrutura mais resiliente e sustentável. 

O ex-senador e governador paranaense por três mandatos volta a concorrer à prefeitura que ocupou entre 1986 e 1989. 

((o))eco: Quais as propostas para a proteção de áreas naturais existentes? 

A prefeitura implementará um programa abrangente de mapeamento e monitoramento das áreas naturais, utilizando tecnologia de ponta para identificar zonas de risco e priorizar ações de conservação. 

Qual a relação que pretende ter com as cidades da região metropolitana de onde vem a água que abastece Curitiba? 

Será estabelecido um consórcio intermunicipal para gestão integrada dos recursos hídricos, com foco na proteção das nascentes e mananciais. Este consórcio desenvolverá um plano de ação conjunto para reflorestamento das áreas de captação, implementação de técnicas de agricultura sustentável e educação ambiental nas comunidades locais. 

Quais as propostas de adaptação climática do município? 

A prefeitura lançará um amplo programa de adaptação climática, focado na contenção de enchentes. Isso incluirá a construção de piscinões e bacias de contenção em pontos estratégicos da cidade, a implementação de sistemas de drenagem sustentável (como jardins de chuva e pavimentos permeáveis) e a revitalização de rios urbanos para aumentar sua capacidade de escoamento. Além disso, será criado um sistema de alerta precoce para eventos climáticos extremos, integrado com um plano de contingência e evacuação para áreas de risco.

Em 2010 Ducci assumiu a prefeitura de Curitiba onde permaneceu até 2012. Está no terceiro mandato como deputado federal. Sua candidatura tem o apoio do PT, PCdoB, PV e PDT. 

((o))eco: Quais as propostas para a proteção de áreas naturais existentes? 

Em nossa gestão trataremos os rios com a prioridade que eles merecem, isso porque o entorno dos rios devem ser áreas que melhoram nossa paisagem em qualidade de vida, não elementos de risco e de deterioração do ambiente como vemos hoje. O trato de Curitiba com os rios segue sendo o da canalização e do aterramento, que nos faz virar as costas para a água da cidade, uma visão ultrapassada que se arrasta desde 1950. É preciso ousar com uma nova visão e coragem para enfrentar a questão, de que os rios não podem ser vistos como problemas a serem aterrados, mas como recurso que precisamos valorizar. Pensando neste problema, estamos propondo o “Programa Curitiba Verde e Azul”, que integra ações de despoluição, preservação de nascentes e a implantação de corredores ecológicos e requalificação das margens. O programa contempla: 

a) Promover mapeamento e sinalização das nascentes de Curitiba como primeiro passo de um Plano de Proteção de Nascentes, que deverá prover projetos de qualificação urbana e ambiental do entorno de nascentes em áreas públicas ou nascentes estratégicas em terrenos privados, a exemplo do Parque Nascentes de Belém; 

b) Implantar Ecobarreiras em pontos estratégicos dos rios de Curitiba, em regime de cooperação com entidades e agentes da sociedade civil; c) Promover mecanismos não punitivos, com incentivos e subsídios para regularizar as ligações de esgoto e águas pluviais em todas as bacias hidrográficas; 

d) Implantação de Corredores Ecológicos com recomposição de APP e implantação de parques lineares, tendo como prioridades imediatas: – Implantar projeto piloto de renaturalização de trecho da bacia do Ribeirão dos Padilhas (a menor e menos desnaturalizada da 

cidade), com plano de despoluição e requalificação integral das margens, incluindo implantação de corredores ecológicos;

– Promover a requalificação integral do canal do rio Belém entre o Viaduto Colorado até sua foz, com projeto de paisagismo focado na arborização das margens e requalificação das vias, com garantia de passeios acessíveis, áreas de lazer e rede cicloviária como forma de melhoria da qualidade ambiental e da relação de fruição da comunidade com o rio; 

– Arborização e gestão das áreas verdes: política de corte zero. Árvores adultas não poderão ser suprimidas a não ser que representem risco ou outra necessidade demonstrada; 

– Projetos de engenharia como projetos viários podem e devem se adaptar para garantir a preservação; 

– Implementação de um plano de arborização na cidade, contemplando a cidade inteira e com priorização de ações em áreas de ilhas de calor; 

– Requalificação e ampliação de unidades de conservação em Curitiba com especial foco sobre a região da APA do Iguaçu (do cajuru ao caximba, que tem muitas unidades demarcadas mas sem projeto de paisagem e uso recreativo, que parecem áreas abandonadas (exemplo a Estação Ecológica Teresa Urban e todo entorno do zoológico) e sofrem pressão de ocupação; 

– Incentivar os proprietários de bosques nativos para a criação de novas RPPNM (Reservas Particulares do Patrimônio Natural Municipal); 

– Bosques de Conservação da Biodiversidade Urbana (BCBUs); – Priorizar áreas com cobertura florestal significativa de propriedade do município para transformação em BCBUs; 

– Interligar parques urbanos e outras áreas (RNPPMs) para apoiar a biodiversidade urbana, executar o plano de manejo das Unidades de Conservação; 

– Bosque Escola: estabelecer parceria com a SME para anexação de bosques contíguos às escolas municipais para conservação e desenvolvimento de práticas educativas ambientais para alunos de toda a rede; 

– Instalar novos parques ou áreas alagadas em nossa cidade; – Ampliar a capacidade de retenção de água por ocasião de fortes chuvas das áreas e parques já existentes; 

– Concluir o Parque Linear Atuba.

Qual a relação que pretende ter com as cidades da região metropolitana de onde vem a água que abastece Curitiba? 

Paralelamente ao fortalecimento das políticas ambientais e de combate às mudanças climáticas, precisamos fortalecer nossa defesa civil e as estruturas de gestão conjunta com a região metropolitana para evitar e lidar com eventuais crises, como a seca que enfrentamos em 2021. 

Criar o Comitê Executivo Municipal de Enfrentamento aos Efeitos dos Eventos Climáticos Extremos para acompanhamento e deliberações sobre pesquisa de possíveis impactos, planejamento, sistema de alerta, treinamentos, deslocamento de populações de áreas de risco, ligado diretamente ao gabinete do Prefeito. Construção de um Plano de Segurança Hídrica da RMC aprimorando os projetos e governança conjunta da Reserva Hídrica do Futuro. Promover ações de articulação integradas que envolvam a biodiversidade da região metropolitana, como a que existe na proposta de iniciativa Grande Reserva Mata Atlântica, com estímulo ao turismo de natureza, geração de emprego e renda, em áreas naturais conservadas. 

Quais as propostas de adaptação climática do município? 

O programa Curitiba Verde e Azul deve estar associado também a uma política de regularização fundiária e qualificação urbana e ambiental de áreas de vulnerabilidade social que sofrem com os alagamentos. As comunidades que se encontram em áreas de risco e com recorrência de alagamentos terão prioridade no investimento de obras públicas para regularização e melhoria das condições urbanísticas e ambientais. 

Construir moradias populares em áreas livres de riscos principalmente para aqueles que já ficam embaixo d’água quando chove. 

*A gestão de Luciano Ducci (2010/2012) entregou 12.000 moradias com metade em assentamentos de famílias de áreas de risco e regularizou 126 áreas com a entrega de 12.000 títulos de propriedades. 

Favorecer as capacidades de escoamento natural das águas das chuvas com obras que potencializam o livre fluxo da macrodrenagem da cidade, dos córregos e dos rios. 

Nossa gestão vai efetivar a implantação dos parques lineares da bacia do Barigui, por exemplo, que estavam sendo feitos aceleradamente e contavam com financiamento de 800 milhões de reais contratado junto ao Governo Federal há 12 anos. 

Transformar a cidade em uma esponja para que em grandes chuvas ela possa reter água de alagamentos. 

Vamos adotar medidas para ampliar a área permeável da cidade com tetos verdes, aumento da capacidade de nossos parques de alagamento, instalação de jardins de chuva em cada pátio e em cada pedacinho permeável das calçadas da cidade. 

Antecipar-se na prevenção às doenças e epidemias que emergem na ocorrência de eventos climáticos extremos. 

Nossa gestão mantinha 1200 Agentes Comunitários de Saúde e 400 e Prevenção à Dengue e não registrou nenhum caso autóctone da doença na cidade. Nova Governança: Comitê Intersetorial Executivo do Fórum Curitiba sobre Mudanças Climáticas diretamente ligado ao Prefeito. A estratégia do Comitê será associada à capacitação dos servidores do município, notadamente na Secretaria de Urbanismo , Meio Ambiente, Obras, para implantação e gestão de Soluções Baseadas na Natureza (SBN), que deverão ser priorizadas nas obras públicas, especialmente as de drenagem; 

Revisão, aprofundamento e detalhamento das ações, metas e prazos do Plano de Mitigação e adaptação às Mudanças Climáticas -PlanClima, em conjunto com o governo do Estado e Região metropolitana de Curitiba e alinhado ao PlanClima nacional, em revisão até 2025. 

Garantia de estudos acurados das vulnerabilidades socioambientais de Curitiba face às mudanças climáticas e aos eventos extremos mediante a utilização de modelos diagnósticos avançados. 

Eliminar todos os pontos viáveis de alagamentos recentes em Curitiba (exemplo do Parque São Lourenço); parcerias com universidades para estudar os impactos do aquecimento global e planejar a macrodrenagem da cidade a médio e longo prazo. 

Preparação e diagnósticos acurados e georreferenciados (considerar o alto risco hídrico em Curitiba (o risco hídrico é importante entre nós); utilizar a plataforma AdaptaBrasil MCTI (ou Sistema de Informações e Análise sobre Impactos das Mudanças Climáticas do governo federal) que visa consolidar , integrar e disseminar informações que possibilitem o avanço das análises dos impactos da mudança do clima. 

Redimensionamento da Defesa Civil, pessoal e treinamento;

Adesão ao aplicativo de alerta do governo federal (sistema tipo cell broadcast, de s de alerta para todos os celulares que se encontrem em qualquer âmbito geográfico sob risco, sem a necessidade de cadastramento prévio) Macrodrenagem, microdrenagem, desassoreamento de rios e lagos, identificação e preparação de áreas de alagamento urbanas e rurais (Curitiba e região metropolitana); 

Mitigação de danos, planos georreferenciados de socorro por zonas de risco, planos de fuga e evacuação de áreas por zonas de risco, plano de abrigamento por zona de risco, de logística de abastecimento por zona de risco, de segurança pública por zona de risco e plano de assistência e emergências de saúde em catástrofes.

  • Neise Marçal

    Jornalista, âncora de rádio, chefe de reportagem, apresentadora de tv e coordenadora de produção em diversos veículos do Rio de Janeiro. Formada em comunicação pela Universidade Gama Filho.

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