O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) divulgou na manhã desta sexta-feira que 323 km2 de florestas foram degradadas ou completamente arrasadas na Amazônia Legal em julho. São dados do sistema de detecção de desmatamento em tempo real do governo (DETER), que enxergou 81% da região sem nuvens e indica uma tendência de queda, se os números forem comparados aos índices dos últimos três meses. A novidade é que em julho Mato Grosso teve uma participação tímida no desmatamento (32,7 km2), deixando os louros de campeão da devastação para o Pará, que destruiu 235,6 km2 de florestas naquele mês. Para evitar contestações, o INPE produziu um relatório com imagens Landsat e Cbers, com resolução melhor, e confirmou como desmatamento 97,3% das áreas identificadas pelo DETER. E para azar das estratégias do governo que tentam impedir o pior, 79,5% das ocorrências foram de corte raso da floresta. Ou seja, não sobrou nada.
Leia também
COP da Desertificação avança em financiamento, mas não consegue mecanismo contra secas
Reunião não teve acordo por arcabouço global e vinculante de medidas contra secas; participação de indígenas e financiamento bilionário a 80 países vulneráveis a secas foram aprovados →
Refinaria da Petrobras funciona há 40 dias sem licença para operação comercial
Inea diz que usina de processamento de gás natural (UPGN) no antigo Comperj ainda se encontra na fase de pré-operação, diferentemente do que anunciou a empresa →
Trilha que percorre os antigos caminhos dos Incas une história, conservação e arqueologia
Com 30 mil km que ligam seis países, a grande Rota dos Incas, ou Qapac Ñan, rememora um passado que ainda está presente na paisagem e cultura local →