No dia 27 de maio, o procurador da República Rodrigo Timóteo da Costa e Silva, em Altamira (PA), entrou com uma ação civil pública na justiça para suspender o processo de licenciamento da usina hidrelétrica de Belo Monte.
Nessa terça (2), o juiz federal Antônio Carlos de Almeida Campelo, também em Altamira, aceitou parcialmente o pedido do Ministério Público Federal e mandou suspender o licenciamento da obra. Os estudos ambientais chegaram ao Ibama no último dia 25, embora a área técnica do órgão tenha antecipadamente apontado falhas no documento. Agora, o Ibama precisa explicar porque considerou o estudo válido.
O principal argumento do MPF é o de que os responsáveis pelo estudo, as empreiteiras Camargo Corrêa, Norberto Odebrecht e Andrade Gutierrez, não apresentaram os levantamentos antropológicos necessários. Isso significa que os impactos sobre comunidades indígenas e ribeirinhas ainda não estão claros.
Além disso, o juiz também cancelou qualquer audiência pública sobre a construção da usina, no Pará ou em outra região do Brasil, enquanto dúvidas sobre a viabilidade da usina não forem esclarecidas.
Leia também
STF derruba Marco Temporal, mas abre nova disputa sobre o futuro das Terras Indígenas
Análise mostra que, apesar da maioria contra a tese, votos introduzem condicionantes que preocupam povos indígenas e especialistas →
Setor madeireiro do Amazonas cresce à sombra do desmatamento ilegal
Falhas na fiscalização, ausência de governança e brechas abrem caminho para que madeira de desmate entre na cadeia de produção →
Um novo sapinho aquece debates para criação de parque nacional
Nomeado com referência ao presidente Lula, o anfíbio é a 45ª espécie de um gênero exclusivo da Mata Atlântica brasileira →






