No ano internacional da Biodiversidade, uma das demandas da comunidade científica era o estudo amplo de quais as espécies vegetais do país. Agora, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) superou a lacunas com o lançamento da Lista de Espécies de Flora do Brasil. O objetivo do trabalho é aumentar o conhecimento impulsionar a conservação das plantas nativas . Até onde se sabe, a flora do Brasil é composta por cerca de 41 mil espécies, menos, portanto, do que as 50 mil estimadas anteriormente.
“Em agosto de 2008, tivemos uma reunião para definir quem seriam os organizadores (quando o Jardim Botânico foi convidado pelo Ministério do Meio Ambiente) e os coordenadores dos grandes grupos de análise. No ano seguinte, em maio, abrimos o sistema online com as listas que já existiam. Deste modo, os especialistas convidados de todo o Brasil mudaram o que estava errado e inseriram outros dados, para que chegássemos aos números finais, em fevereiro de 2010. Mas o trabalho continua e será sempre atualizado”, diz Paula Leitman, assistente de coordenação geral do projeto.
As espécies oficialmente catalogadas se distribuem entre: 3.633 fungos, 2.509 algas, 1.521 briófitas, 1.177 pteridófitas, 23 gimnospermas e 31.257 angiospermas. Com isto, é possível saber qual a localização geográfica de cada uma. O próximo passo, segundo Leitman, é identificar o nível de ameaça de extinção que elas sofrem, com base em associações. A próxima edição da revista Rodriguésia, publicação do JBRJ, será especial e vai abrir espaço para o reconhecimento científico das plantas recém-descobertas e que já estão na lista.
Para acessar a lista de espécies da Flora do Brasil, clique aqui.
Leia também
A divulgação é o remédio
Na década de 1940, a farmacêutica Roche editou as Coleções Artísticas Roche, 210 prospectos com gravuras e textos de divulgação científica que acompanhavam os informes publicitários da marca →
Entrevista: ‘É do interesse da China apoiar os planos ambientais do Brasil’
Brasil pode ampliar a cooperação com a China para impulsionar sustentabilidade na diplomacia global, afirma Maiara Folly, da Plataforma CIPÓ →
Área de infraestrutura quer em janeiro a licença para explodir Pedral do Lourenço
Indígenas, quilombolas, ribeirinhos, peixes endêmicos e ameaçados de extinção serão afetadas pela obra, ligada à hidrovia exportadora →