
Rio de Janeiro – No último mês de maio, a Câmara dos Vereadores de Maricá (RJ) aprovou, na íntegra, o texto do projeto de lei que permite a urbanização de 12% da restinga da Área de Preservação Ambiental (APA) da cidade.
Ainda não existe nenhum pedido de licenciamento para empreendimentos no interior da unidade de conservação feito ao Instituto Nacional do Ambiente (Inea), mas há a suspeita de que um grupo europeu tenha adquirido a área. Leandro Gomes e Silva, chefe da APA, afirma que, justamente por não haver qualquer proposta formal de construção, o movimento ambientalista olha com desconfiança para a nova regulamentação, que deve ser sancionada pelo prefeito em breve.
“Existem muitos valores ambientais na área. Dentre eles, a ocorrência de uma espécie de “ Peixe das Nuvens”, o Leptolebias citrinipinnis, peixe ameaçado de extinção e endêmico das lagoas sazonais da APA Maricá, além do lagarto Liolaemos lutzae, existente apenas nas restingas do Rio de Janeiro e em perigo. Fora isso, há espécies raras de orquídeas e bromélias, mas também borboletas, besouros e libélulas.As falésias, formações raríssimas no litoral Fluminense e formações geológicas como os dois cordões arenosos de cinco e sete mil anos de idade são outros atrativos”, finaliza Leandro. (Felipe Lobo)
Leia também

Possibilidade de Salles no comando da Comissão de Meio Ambiente da Câmara gera revolta
Ex-ministro do governo Bolsonaro seria o indicado do PL para presidir o colegiado; Salles nega →

Governador de Mato Grosso quer apoio de Lula para estadualizar o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães
Mauro Mendes iniciou ofensiva junto ao Planalto por apoio político; estadualização enfraquece a gestão da unidade, diz deputado →

Ocupação ruralista na gestão ambiental gaúcha
Governador tucano chancela representante da Farsul na pasta de Meio Ambiente e Infraestrutura e fragiliza a proteção do Pampa →