![]() |
Foi sem surpresas, para quem acompanha o Congresso, que o senador Blairo Maggi (PR-MT) assumiu nesta quarta-feira (27) a presidência da Comissão Permanente de Meio Ambiente, Fiscalização e Controle no Senado, ao lado do senador Eduardo Amorim (PSC-SE), que assumiu como vice. O nome do senador já estava cotado para o cargo desde antes da eleição que levou Renan Calheiros à presidência da casa.
A negociação pelos cargos de presidentes de comissões aconteceu em troca de votos para Renan Calheiros (PMDB-AL). Os cargos são ocupados proporcionalmente, de acordo com o tamanho da bancada e um acordo foi costurado. Antes, a Comissão era presidida pelo senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF).
Em discurso, ao tomar posse hoje, Maggi rebateu críticas de senadores ligados ao meio ambiente, afirmando que sua atuação como produtor rural e as medidas que adotou para preservação ambiental em seu estado, quando governador, o credenciaram para assumir a comissão.
“Muitos podem achar que esse não é um lugar para mim, mas posso dizer com toda tranquilidade, conheço bem, sei o que os ambientalistas querem, sei o que os setores produtivos querem e desejam e nós saberemos levar ao bom termo a discussão correta, tranquila e democrática. (…) Sei o desafio que tenho pela frente, mas também já trilhei, já fiz e sei como fazer as coisas acontecerem daqui pra frente”, discursou o novo presidente.
Conhecido como rei da soja e ganhador do troféu Motosserra de Ouro do Greenpeace, em 2005, Maggi foi governador de Mato Grosso e, durante seu mandato (2003-2010), foi considerado um inimigo dos ambientalistas, por quem foi apelidado de “estuprador de florestas”, mas conseguiu sair da posição destruidor de floresta ao adotar uma série de uma série de medidas para conter o desmatamento em Mato Grosso.
Uma dessas medidas foi a adoção da a moratória da soja, da carne e entre outras. As estratégias usadas para melhorar sua imagem, após inúmeros escândalos ambientais, foi tema de reportagem publicada aqui em ((o)) eco assinada pela repórter Andreia Fanzeres.
Além da Comissão de Meio Ambiente, foram definidos os presidentes de mais 5 comissões.
*Editada às 11h25, 28/02
Leia Também
Novo presidente do Senado carrega crime ambiental na ficha
O fim da era Maggi
Maggi arrependido
Leia também

Sociedade civil protesta contra PL que quer acabar com o licenciamento
Mobilização ocorre em ao menos 12 capitais. Protestos estão marcados para ocorrer neste domingo e marcam o início da semana do meio ambiente →

Chance de aquecimento da Terra ultrapassar 1,5°C aumentou, mostra estudo
Países caminham para que a principal meta do Acordo de Paris seja descumprida. Chance de que o aquecimento fique entre 1,5ºC e 1,9ºC em pelo menos um dos próximo cinco anos é de 86%, diz ONU →

Como comunidades de fecho de pasto conservam o Cerrado no oeste baiano
Há 300 anos vivendo no bioma, modo de vida fecheiro envolve a criação de gado para subsistência e a proteção da vegetação nativa →