Desde maio, o aumento nos alertas de desmatamento na região Sul do estado do Amazonas tem chamado a atenção. O Ibama intensificou a fiscalização nos dois municípios mais problemáticos: Lábrea e Boca do Acre. Os resultados parciais da operação Arãtareimo impressionam pelo montante apreendido.
Apenas no mês de outubro, foram aplicados cerca de R$14 milhões em multas e 2.658 hectares foram embargados, por destruição de floresta nativa sem autorização do órgão competente. As áreas embargadas não podem manter qualquer tipo de atividade produtiva que impeça a regeneração natural do terreno, sob pena de multa e apreensão de recursos, como o gado, por exemplo.
De acordo com o Imazon, em outubro, o Amazonas foi responsável por desmatar 24 km² de floresta, ficando em segundo lugar no ranking de campeões de desmatamento no período. O sul do estado é uma área de expansão agropecuária. O escoamento da produção se dá através da Transamazônica, que corta uma pequena parte da região e liga o Amazonas ao Pará.
A operação do Ibama é feita em conjunto com o apoio do Exército e do Batalhão Ambiental da Polícia Militar do estado.
Leia Também
Matupi torna-se o principal pólo de devastação do Amazonas
Rio Amazonas digere árvores arrastadas
Aranhas, escorpiões e insetos da Amazônia em fotos
Leia também
Amazônia tem 6,5 mil km² sob risco de desmatamento em 2025, mostra análise do Imazon
Sede da COP30, Pará é o estado com maior área sob risco de desmatamento, mostra Instituto. Análise é feita por meio de inteligência artificial →
União Europeia decide futuro de sua lei anti desmatamento
Órgão que reúne Comissão europeia, Parlamento e Conselho Europeu se reúne para debater mudanças na norma. Vazamento de commodities ligadas ao desmatamento preocupa →
Liminar federal barra ocupações de indígenas no Parque Nacional do Iguaçu
Reparação histórica de direitos dos Avá-Guarani não pode ser realizada às custas da unidade de conservação, diz o ICMBio →