Desde o começo do ano, apenas nos meses de maio e junho houve redução do número de queimadas em relação ao mesmo período de 2023. Em julho, foram registrados 11,4 mil focos de calor na região, segundo dados do INPE, o maior número para o mês desde 2005, quando 19 mil focos foram registrados.
Pouco mais da metade dos focos registrados em todo Brasil em julho ocorreu na Amazônia.
O aumento das queimadas foi puxado pelo estado do Amazonas, responsável por 4.241 registros. O estado proibiu o uso do fogo desde o início do mês. Pará e Rondônia aparecem em segundo e terceiro lugar, com 3265 e 1617 focos, respectivamente.
Apuí e Lábrea, no Amazonas, e Porto Velho, em Rondônia, aparecem como os municípios que mais queimaram no mês.
A situação preocupa porque a tendência é que o aumento ocorra agora no segundo semestre, junto com a estação seca na Amazônia. “Considerando que ainda temos mais três meses de verão amazônico, a situação do fogo e da seca, que já fez três estados decretarem estado de emergência, é de extrema preocupação na Amazônia. A floresta e seus povos ainda não se recuperaram da última grande seca e dos incêndios florestais do ano passado e outra grande seca se avizinha que com muito fogo, pode levar a floresta ainda mais perto do ponto de não retorno”, explica Rômulo Batista. especialista em campanhas do Greenpeace Brasil.
Leia também
Queimadas na Amazônia atingem número recorde em fevereiro
Puxado por Roraima, número de focos de calor registrados pelo INPE no mês é o maior em 25 anos de medições →
Amazônia em chamas – número de queimadas de janeiro a abril é 132% maior que 2023
Em todo o Brasil, número de queimadas computado nos quatro primeiros meses do ano é o maior da série histórica do INPE, iniciada em 1998 →
Após sobrevoar incêndios no Pantanal, Lula sanciona lei que disciplina uso do fogo
Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo prevê usos controlados, como na prevenção a incêndios, proíbe uso para desmatamento e incentiva soluções alternativas no meio rural →