Durou 36 horas o incêndio que tomou conta do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, localizado no município de Palhoça, em Santa Catarina. As chamas foram finalmente controladas, segundo informações divulgadas pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA). No entanto, o resultado preliminar da destruição causada pelo fogo conta com mais de mil hectares, além da morte de animais que se abrigavam dentro da unidade.
É como se pegasse fogo seis parques do Ibirapuera.
Para combater o incêndio foi montada uma força tarefa formada por equipes do Instituto do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina (IMA), Polícia Militar Ambiental e Corpo de Bombeiros. O combate aconteceu por duas frentes: uma por terra e outra por helicópteros.
Dois helicópteros foram usados na ação: Arcanjo, do Corpo de Bombeiros; e o Águia, da Polícia Militar.
Cronograma das chamas
O incêndio começou por volta das 10h de terça-feira (10), avançando para quarta-feira (11), quando foi aparentemente controlado. Mas, segundo o IMA, devido aos fortes ventos, as chamas retornaram de forma intensa, alastrando-se para a parte sul da unidade de conservação. Foi na tarde desta quinta-feira (12) que equipes de combate ao fogo conseguiram, finalmente, cessar as chamas.
Suspeita de incêndio criminoso
O governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL) afirmou que o Instituto Gerais de Perícias de Santa Catarina (IGP) irá investigar a origem do incêndio. As autoridades suspeitam que o incêndio tenha sido criminoso.
“Essa suspeita existe pela quantidade de focos e pela rapidez com que as chamas se espalharam. É possível que tenha sido utilizada alguma forma para alastrar a queimada, como uma técnica que usa mangueiras para espalhar as chamas ou mesmo combustível”, declarou Carlos Cassini, em entrevista ao jornal Diário Catarinense.
A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso.
As chamas deixaram um rastro de destruição pelo caminho. Segundo nota divulgada pelo IMA, répteis, anfíbios e insetos foram os primeiros a sucumbir em situações de incêndio. Mamíferos também sofrem e muitos não conseguem fugir a tempo. “Nesta época do ano nem mesmo as aves escapam, pois como é período de ninhos, as aves não abandonam os filhotes e também acabam morrendo”.
Leia Também
Incêndio criminoso em Veadeiros já atingiu mais de 62 mil hectares
Fogo e prevenção: lições a serem aprendidas com a APA do Tocantins que é campeã de incêndios
Brigadistas lutam para manter controlado incêndio na Chapada dos Veadeiros
Leia também
Brigadistas lutam para manter controlado incêndio na Chapada dos Veadeiros
Unidade de conservação vem sofrendo com focos desde quarta-feira passada. Apesar de controladas, as chamas na área de visitação têm reacendido →
Fogo e prevenção: lições a serem aprendidas com a APA do Tocantins que é campeã de incêndios
A APA Leandro, em Tocantins, é campeã de incêndios, mas seus problemas indicam medidas e ações para reduzir focos de fogo em UCs. →
Incêndio criminoso em Veadeiros já atingiu mais de 62 mil hectares
Queimada consumiu mais de 25% da área do parque nacional e, no rastro das chamas, estão ecossistemas sensíveis e habitats de espécies ameaçadas como o pato-mergulhão →
Nunca entendi porque existem Pinus sp no parque. Com certeza favorece incêndios. Erradicar esta espécie e' importante, pois não favorece a fauna e nem o reestabelecimento da flora nativa da região.
Quase todo ano é colocado fogo na baixada do maciambu (faz parte do PE da serra do tabuleiro).
O IMA deve aproveitar este momento e cortar os milhares da arvore do gênero Pínus sp, que existem na área. Com certeza que a palhada e a resina desta espécie favoreceu o volume das chamas.